Um pouco recuperada pela ajuda do sangue dos Vatores, consigo falar melhor.- Como sabe?
- Minha casa, está no meu nome, pra ele ter acesso a parte de dentro, um dos moradores precisa ceder e dar uma permissão, eu não lhe dei a permissão para entrar, então outro alguém lhe deu. - Ele me responde sem olhar para mim, ele continua encarando os Vatore, e estudando seus movimentos.
- Se me der o seu sangue... Eu o ajudarei a achar o Arthur. - Peço ainda com dificuldade mas uma gota de esperança veio dentro de mim, Arthur, ele pode estar vivo. Ryan olha pra mim relutante, como se brigasse consigo mesmo para saber qual a decisão a se tomar.
- Não posso confiar em você. - Ele resmunga.
- Sou uma mera humana... Ryan, se eu tentar algo... Pode facilmente me matar, eu já estou morrendo... - Passo a mão em seu rosto frio, então ele finalmente morde seu braço e o coloca em minha boca, me dando seu sangue, os Vatores se mantêm parados ao ver que ele está me ajudando, finalmente me sinto um pouco revigorada ao beber o sangue forte, apenas estou pegando de volta o que é meu. Após beber uma quantidade razoável, o Ryan me põe de pé, e pra minha felicidade eu consigo, apesar da dor.
- Ryan... Pode entrar. - Ordeno.
Os Vatores me olham surpresos e furiosos, eles parecem querer me matar, eu não os culpo, mas se houver uma chance do Arthur está vivo, e eles se reencontrarem, irá valer a pena, Ryan some em segundos, tão rápido como teletransporte, já deve ter adentrado a casa.
- No fim, você não liga pra quem toma seu sangue, não é? - Zachary me fulmina com os olhos. - Nos traiu no final, humana imunda. Depois eu cuido de você! - Zachary me da as costas e vai atrás do Ryan, enquanto os outros dois fazem o mesmo. Não pensei que seu desprezo iria doer tanto, suas palavras doem mais do que qualquer outra dor que estou sentindo. Vou correndo para o casebre que a Lilith está, chego lá com dificuldades.
- Wendy, você voltou, Teddy achou que você tinha morrido, mas eu sabia que não. - Ela me abraça.
- Quase isso. - Vou mancando até a passagem a deixando um pouco de lado. - Desculpa Lilith, não posso ficar com você agora, eu preciso voltar pra mansão, fique aqui.
- Mas você mal chegou. - Ela aperta minha mão gentilmente.
- Prometo que volto. - Evito olhar nos seus olhinhos pidões, pressiono minhas mãos contra a estante que esconde a passagem, mas é tão pesado! Continuo empurrando sem sucesso, mas de repente ele se move facilmente, de início achei que estava emperrada, mas na verdade foram as mágicas mãozinhas da Lilith que o empurrou sem um mínimo de esforço, nenhuma gota de suor, para ela era como mover um pano.
- Obrigada gatinha. - Sorrio para ela. - Tranque de volta, fique aqui, eu prometo voltar e brincar com você. - Saio correndo lhe deixando pra trás, não sei o que está ocorrendo na casa.
Ao atravessar o subterrâneo finalmente chego na porta do porão da mansão, respiro ofegante antes de entrar, mas ao abrir tenho a surpresa, Arthur, totalmente ferido, com cortes por todo corpo, sinais de tortura recentes, e totalmente fraco, atrás de barras de aço, como uma prisão, isso não estava aqui antes.- Arthur! - Grito indo até ele, apoio as mãos nas grades, ele vem ao meu encontro fraco e cambaleando.
- Wendy! Finalmente. - Seu sorriso se desfaz ao me ver. - Você está bem? O que te fizeram? Está coberta de sangue. - Ele analisa minhas vestes enquanto passa a mão delicadamente pelo meu rosto.
- Meu Deus eu que pergunto, o que fizeram com você? - Questiono com espanto pela crueldade que o causaram mas sorrio aliviada por ele estar vivo.
- Eles queriam respostas...
- Pensei que tivesse morrido, estou tão aliviada! - Suspiro. - Eu vou dar um jeito de te tirar daqui, eu juro... Eu só preciso achar a chave, você sabe onde eles guardam?
- Está com eles, a chave para sair é seu sangue, se puder, por favor Wendy, me dê um pouco desse sangue, estou sedento e dissecando.
- Como vai sair com meu sangue? - Questiono.
- Força bruta, eu já teria entortado essas barras se eu tivesse forças pra isso. - Eu não penso duas vezes ao estender meu braço para ele, que crava suas presas na minha pele, estou me acostumando com a dor.
- Seu irmão, está te procurando, veio na intenção de matar todos, inclusive me ameaçar, por favor, quando sair... - Falo enquanto ele bebe. - Por favor, não os enfrente, não os mate. - Imploro.
- Tenho mil e um motivos para arrancar os corações deles. - Ele para de beber e começa a tentar entortar as barras, no início foi difícil, mas em alguns segundos elas começam a se mover devagar. - Mas, eu não irei fazer, não dessa vez porque está me pedindo, e porque meu irmão a colocou em perigo, é uma forma de perdão, então ficamos quites. - Ele finalmente consegue abrir o espaço suficiente para passar, eu o abraço, nunca pensei que o veria novamente, ele retribui o gesto e beija minha testa.
- Vamos para-los. - Ele me põe em seu colo e subimos as escadas rapidamente, de encontro a todos, que estão todos acabados e exaustos, a casa em pedaços, móveis jogados e paredes destruídas, mas Ryan para ensanguentado como os outros e volta sua visão para o Arthur que me põe no chão no mesmo tempo. Ryan abraça o Arthur como se nunca o tivessem visto, os Vatores devem estar me matando com a mente agora, estão arrancando minha cabeça nos próprios pensamentos, principalmente o Zachary que me olha furioso. - Ryan, vamos para casa. - Arthur diz o abraçando.
- E deixar de lado o que fizeram com você? Não mesmo. - Ryan retorna seu olhar para os Vatores, olhar predador de quem quer os destruir, ao notar isso eu vou até sua frente.
- Ryan, os deixe em paz, já tem o Arthur de volta.
- Não mesmo. - Ele quase rosna como um cachorro.
- Eu tenho uma proposta... - Sugere Arthur adentrando no meio da confusão.
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Os Segredos dos Vatores ✔️
VampireWendy Humphrey é uma jovem de 18 anos que acaba de receber sua aprovação para ir a faculdade de Oxford, ela escolhe uma família para morar e cuidar da filha mais nova dos Vatore's. A casa qual ela acredita que será muito bem acolhedora a surpreende...