Marcas.

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- É o suco do Teddy.

- Suco do Teddy? - Questiono, mas ela desvia o assunto.

- Vamos, eu quero brincar na banheira, as minhas bonecas vão ao clube de piscina.

Eu deixo suas roupas sobre a cama e a sigo até o banheiro que é ainda mais bonito que o meu, como pode uma criança ser tão beneficiada na infância.
Ela entra na banheira com as bonecas e fica brincando com elas.

- Lilith? Você gosta dos seus irmãos? - Pergunto com a boneca em mãos.

- Eu amo meus irmãos, eles fazem tudo que eu quero, compram todos os brinquedos que eu quero, e alimentam o Teddy, para que o Teddy possa me proteger.

- Como eles alimentam o Teddy? - Ela estende as mãos e sorri.

- É segredo. - Ela torna sua atenção para as Barbies nas bóias pequenas.

Com certeza há algo errado com esse urso macabro da Lilith, mas ela nunca me permitiria tocá-lo.

- Você quer que eu pegue o Teddy? - Questiono na intenção de achar algo aproveitando que ela está na banheira.

- Não, ele está dormindo e o Teddy não gosta de banhos.

- Quem sabe ele não acordou?

- O Teddy não gosta de você. - Ela fala em um alto tom que mesmo sabendo que isso venha de um urso inanimado, me põe pra baixo.

- Mas eu gosto, ele ficou chateado comigo por isso, mas tento convencer ele que você é legal.

- Obrigada Lili. - Forço um sorriso. Porque me preocupo, é uma criança que acha que o urso está vivo.

Depois do banho, nos brincamos até o anoitecer, e ela caiu no sono, claro que abraçada com o maldito urso, não tinha como tirar ele de lá, estou falhando miseravelmente.
Vou para o meu quarto, a casa esta vazia e escura, mas isso me deixa aliviada, quanto menos contato eu tiver com eles, melhor.
Vou até meu notebook, talvez se eu pesquisar na internet.

Depois de algumas horas, me sinto frustrada, pois nenhum resultado decente sobre os Vatore's me rende alguma informação, o único é o Dionísio, o fundador, mas nada além disso, eu preciso de fontes daqui da casa, da biblioteca, preciso esperar um dia que eles saiam para explorar os livros da biblioteca, com certeza deve ter algo.
Meu celular vibra na cama me despertando dos meus pensamentos.

- "Oi, é o Luke, tudo certo pra amanhã ?"

- "Sim, te encontro onde? :p"

- "Creio que um restaurante é muito formal, então pensei em dar uma volta no parque, ir em algum bar, coisas assim."

- "Seria ótimo, mas não posso voltar tarde para casa, não questione."

- "Não vou hehe, mas pode deixar, eu te busco em casa."

- "Ok, te espero as 16:00, preciso voltar as 22:00."

- "Beleza, até lá então, um beijo."

- "Outro."

Estou animada, não vejo a hora de me distrair um pouco, e talvez eu tenha um pouco de sorte, Luke é um atleta, cobiçado por muitas garotas na universidade, pelo menos foi o que Eliza me contou. Seja quem for, ele não é pior que os garotos dessa casa.
Fecho meu notebook, e me deito na cama, estou tão cansada, não demora muito até que eu pegue no sono.

Acordo ao som do despertador, o desligo ainda com sono, mas me surpreendo ao me virar e ver o Zachary deitado na minha cama.
Tento me afastar as pressas mas ele pega meu pulso e me segura na cama.

- Até que você é bonitinha dormindo.

- O que está fazendo aqui? Como entrou, o quarto estava trancado.

- Estava? Não percebi. - Ele debocha.

- O que você quer? - Pergunto fitando seu olhar azul e frio.

- Já que você vai sair hoje com o Luke, pensei em te dar um presente pela sua conquista.

- Presente, você? - Sorrio com desdém.

- Sim, um presente, ele prende os meus pulsos contra o colchão, e sobe em cima de mim, seus lábios estão próximos do meu, eu posso sentir sua respiração no meu rosto. Não preciso encarar meu reflexo no espelho para saber que estou corada, ele não está bruto e me atacando como da outra vez, seus movimentos são mais sutis.
Ele solta um dos meus pulsos devagar e desce a mão ao meu ombro, deslizando a alça do meu vestido, deixando a região da clavícula a mostra, mas de qualquer forma, não posso permitir ele me usar assim.

- Vá embora Zachary, eu não quero nada de você. - Ordeno.

- Eu insisto. - Ele gruda os lábios perto do meu pescoço e suga minha pele me deixando toda arrepiada.

- Zachary me larga! - Tento lutar, mas é em vão, ele suga cada vez mais forte, sinto a circulação do meu pulso parar de tão forte que ele aperta, minha mão começa a formigar. - Zachary, sai! - Ele larga minha pele e depois repete a mesma coisa do outro lado. Ele me deixa totalmente imóvel, não da pra sair das garras dele, mas tento ao máximo o atrapalhar com minha mão livre, eu tento o empurrar para longe, mas nada muda.

- Eu jamais conseguiria fazer isso em você se eu não estivesse de barriga cheia, eu bebi muito pra te dar esse presente, então agradeça. - Ele fala com aquele sorriso predador puxa mais meu vestido mostrando a borda da frente do meu sutiã de renda preto.
Ele meche com meu sentimentos, como sempre, eu o odeio e depois uma atração me joga para ele como um imã para o metal. Ele continua descendo seus lábios para perto do meu seio e repete o que fez no meu pescoço, cada vez mais forte. Ao terminar ele me larga, e sai de cima de mim, me olhando com satisfação, como se acabasse de fazer uma obra de arte.

- Agora sim você pode sair com o seu coleguinha. - Ele sorri. Ao olhar para baixo vejo a marca que ele deixou perto do meu seio, está completamente roxo. Saio correndo tirando as cobertas de cima de mim, vou até o banheiro e encaro meu reflexo no espelho. Ele me deixou cheia de marcas, como eu irei ver o Luke com isso?

- Porque fez isso? - Volto ao quarto, mas o Zachary não está mais lá, vou até o corredor um pouco perdida achando que eu ainda iria o encontrar, mas nem sinal dele, eles são sempre tão rápidos. - Droga! - Soco a parede ao meu lado.
Como eu vou cobrir isso agora?

Os Segredos dos Vatores ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora