O sabor do pecado

Forte atração.

- Por que não bateu? – perguntou Regina sentindo um leve desconforto com a interrupção de August, desprendendo-se de Emma.

- Estava aberta. – disse August estranhando aquela aproximação.

- Regina, a culpa foi minha, eu me esqueci de encostar... – disse Emma a olhando nos olhos com certo receio.

- O que está acontecendo? – perguntou August incomodado com a aproximação de Emma e Regina.

- O que você quer, August? – perguntou Regina soltando o ar dos pulmões, perdendo a paciência.

- Eu queria falar sobre as minhas férias, mas parece que a minha presença está sendo totalmente desnecessária aqui. Volto outra hora! – disse August frustrado.

- Não sei o que você viu demais para estar tão nervoso e além do mais, eu não devo explicação nenhuma a você! – disse Emma cruzando os braços.

- Claro que não. Eu não teria pensado absolutamente nada se vocês não estivessem agindo assim... – disse August ainda parado na porta.

- E o que está pensando, Augusto? A partir de agora vou te chamar de Augusto, pode ser? – perguntou Regina debochando.

- Por mim tanto faz... Mas depois do que Zelena me disse, hoje eu fiquei com um pé atrás. – disse August sem pensar antes de falar.

- Como assim? – perguntou Emma esperando por alguma explicação.

- O que Zelena te disse, Augusto? – perguntou Regina.

- Não. Nada! – disse August.

- Agora eu quero saber o que estão falando de mim e de Emma. – disse Regina em tom ameaçador.

- Ela só disse que vocês estão muito... Próximas. – tentou explicar August.

- E o que tem demais nisso, Augusto? Uma mulher não pode ter uma amiga próxima? – perguntou Regina cruzando os braços.

- É que essa amizade está afetuosa demais pro meu gosto... – disse August insinuando algo.

- Por um abraço, Augusto? Você está se ouvindo? – perguntou Regina sendo sarcástica.

- Quanta idiotice! Não sabia que você era assim... – disse Emma indignada.

- Por que fechar a porta se estavam tendo uma conversa amigável? – perguntou August fazendo aspas com os dedos.

- Eu sou a gerente, as coisas que acontecem nesta sala são sigilosas e é para isso que serve uma porta, não acha? – perguntou Regina sendo irônica.

Emma riu da total falta de paciência de Regina.

- Não está mais aqui quem falou. – disse August tocando no trinco da porta para fechá-la ao sair.

- Espere. Suas férias vencem quando? – perguntou Regina.

- Mês que vem, eu só queria pedir. Não queria atrapalhar nada... – disse August.

- Você é canceriano, Augusto? Não faça tanto drama. Você está com ciúmes? – perguntou Regina com um sorriso de lado.

- August, não procure chifres em cavalo. Um abraço é algo comum , sabia? Aliás, não te devo explicações de nada, só pra reforçar. – reafirmou Emma.

O rapaz respirou fundo e levou as mãos sobre os olhos, soltando o ar dos pulmões.

- Você ainda dá ouvidos á Zelena? Achei que você fosse um ser evoluído, Augusto. – disse Regina.

- Tá, tá bom! Isso tudo está ridículo. Eu só fiquei nervoso... Me desculpem e não entrarei mais em sua sala sem antes bater. – disse August sem jeito.