Regina se negava a aceitar o que estava acontecendo. Como Daniel poderia saber exatamente onde ela estava? Sua respiração tornou-se falha e descompensada, sabia que nada bom poderia sair ali. Henry agarrou-se a ela como se não quisesse mais soltar. Emma levantou-se ficando na retaguarda no instante em que aquele homem começou a gritar e perder a razão, estava cheio de mágoa e seu olhar não negava.
- Não faça nada, pai! Eu a procurei, estava com saudades e consegui achá-la… Ela é a minha mãe! Não me tire isso, por favor! - disse Henry nervoso sem desprender-se de Regina.
- Você sabe muito bem que ela o deixou, ela que escolheu assim! - indagou Daniel com um olhar possesso fitando o garoto e Regina respectivamente.
Regina só conseguia odiá-lo por ter tirado o seu filho de seus braços, por ter sido tão desprezível e dito coisas absurdas sobre a sua índole. Sua voz não saía, seus olhos estavam marejados e agarrou-se a Henry na mesma intensidade que ele a agarrava.
- Eu nunca abandonaria o meu filho! Eu posso ter deixado de ser a sua mulher, mas jamais deixaria de ser a mãe dele! - respondeu com certa dificuldade na voz.
- Henry, vá para o meu carro imediatamente! - disse Daniel nervoso encarando-o.
O garoto estremeceu ao ver a maneira que o pai o olhava, despediu-se de Regina e não teve outra a saída a não ser fazer o que Daniel ordenou, temia que ele fizesse algo contra a sua mãe. A morena estava desolada e Emma o encarava com uma expressão séria.
- Quem foi que te disse que estávamos aqui? - perguntou Regina tentando entender o que havia dado errado.
- Você acha que exista algo que eu não saiba? – indagou com presunção. - Alguém me avisou e eu pressionei Ashley a me dizer onde Henry estava. - respondeu Daniel ainda alterado. - Ah, ela vai me pagar por ter traído a minha confiança! - bravejou.
- Foi muito cruel da sua parte ter afastado Henry de mim, ter me tirado o direito de estar perto do MEU FILHO! - gritou Regina como num protesto.
- E não foi cruel de sua parte me abandonar daquela maneira? Nem sequer parou para conversar, nem sequer quis saber como eu me sentia… Você só está tendo o que merece! - disse Daniel com propriedade.
Emma só conseguia sentir asco do que ele estava falando, era nojento e intragável aquela justificativa. Segurava no ombro de Regina como se a estivesse protegendo.
- E só importa os seus sentimentos? E as vezes que tentei conversar e você sempre estava ocupado demais para me ouvir? Eu cansei. Tudo que eu senti por você algum dia foi morrendo aos poucos. - explicou Regina.
- Você não imagina o quanto eu fui louco por você, eu sempre quis agradá-la em tudo! – Daniel a encarou esperando por alguma reação. - Carro, roupas, joias, festas com as pessoas mais ricas e famosas imagináveis… Eu depositei toda a minha confiança em você, Regina! – andou de um lado para o outro. - Tentei fazê-la a pessoa mais feliz do mundo, mas você me deu as costas como resposta. - a encarou com um olhar intenso e mergulhado em dor.
Emma revirou os olhos para o drama que Daniel estava fazendo e supôs que ele só poderia ser canceriano. Seu estômago revirava a cada palavra que saía daquela boca. Estava prestes a tirar Regina dali, mas achou melhor respeitar aquele momento.
- Você está se ouvindo? Você só falou de coisas materiais! Eu não precisava de nada disso e sim que você olhasse para mim pelo que eu sou e não como o seu enfeite que usava para desfilar e esfregar na cara dos seus amigos. Você é fútil, Daniel! – respondeu Regina sendo segurada por Emma para não fazer nenhuma besteira.
Daniel sentiu o seu sangue ferver, odiava ser chamado de fútil porque no fundo sabia que era verdade, porém não aceitava. Segurou no braço de Regina e a encarou.
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O sabor do pecado
FanficO destino muita vezes nos prega peças. Um simples fato do acaso pode nos unir a alguém que pode mudar as nossas vidas completamente. Emma Swan conhece Regina em uma situação incomum e nesse encontro inesperado acaba recebendo uma proposta de emprego...