Não é fácil nos despedirmos de quem amamos.

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Henry chegou de viagem e levou suas mães até a casa de Elena, essa seria a primeira vez que conversariam decentemente sem visões desagradáveis. Tanto Emma e Regina quanto Henry e Elena, queriam esquecer o ocorrido na sala de sua casa, além de constrangedor, fora um erro grande de sua parte.

Tocaram a campainha e adivinhem só? Granny atendeu a porta e se apresentou como avó de Elena. Emma tentou segurar o ar para não gargalhar na cara da idosa, pois a primeira coisa que veio em sua mente, fora a imagem da velha comprando a picona do negão em seu primeiro dia de trabalho na Sex Shop.

- O que foi, Emma? Por que está com essa cara de quem vai ter um AVC? - Regina questionou assim que estavam acomodados na mesa.

Emma tapou a boca e prendeu o ar.

- Mãe? Você está bem? - Henry questionou percebendo que a loira estava vermelha.

- Eu conheço você. - Granny encarou Emma fazendo-a soltar um grunhido tentando segurar o riso.

- Emma? Você engasgou com a pimenta? - Regina bateu em suas costas e Emma explodiu o riso descontrolado.

- Do que está rindo, louca? - Regina arqueou uma sobrancelha.

- Tem alguma coisa na minha cara? - Elena questionou pois Emma tentava não olhar para Granny e direcionou o olhar para a moça.

- Tô achando que você recebeu a unção do riso na igreja. - Henry brincou.

Emma não conseguia parar de rir alto.

- Desculpa! - Tentou dizer, mas gargalhou novamente imaginando a velha sentando na picona do negão.

- Eu conheço você! - Granny repetiu puxando na memória.

- Você conhece quem, vó? - Elena perguntou confusa.

- Essa moça que fica rinchando! - Granny falou com desdém, pois acabara de se lembrar de onde conhecia a loira.

- Rinchando? - Henry gargalhou com aquela palavra que não tinha costume de ouvir.

- Rinchar é ficar com os dentes de fora igual a uma égua! - Granny lembrou-se de Emma na sex shop e aquilo a fez rir ainda mais até ficar sem ar.

- Oras! Então você é minha cliente? - Regina perguntou de forma nada discreta e Granny olhou de lado para a neta e pigarreou.

- Vovó? Você anda comprando coisas numa Sex Shop e nunca me chamou? - Elena surpreendeu a velha com uma mão na cintura e uma expressão de indignação.

- O quê? Você mal saiu das fraldas e já tá querendo essas coisas? - Granny a encarou colocando a mão na cintura também.

- E você está voltando pra elas! - Elena rebateu arrancando a risada de todos.

- MAS O QUE É ISSO, MENINA? - Granny exaltou-se.

- Eu estou rindo, mas com respeito! - Henry tentou amenizar a situação.

- Desculpe, vó, mas falei sem pensar. - Ela sentiu-se mal.

- Estou aqui pra conhecer o seu namorado e família dele e você me fala isso? Mas é muita falta de respeito mesmo! - Granny a repreendeu. - Essa geração de hoje está perdida.

- Senhora, não fique brava. É coisa de jovens! - Regina tentou acalmá-la.

- Jovens mal educados! - Granny resmungou.

- Mal educada por... - Elena abriu a boca, mas desistiu de completar aquela frase para não causar mais desentendimentos.

Emma pigarreou.

O sabor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora