consequências

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Emma e Regina pularam devido ao susto que o grito de Mary causou. A bolsa passou de raspão na cabeça da loira e por pouco não teve a orelha atingida. Emma cobriu-se com o lençol da cama e limpou a boca que ainda estava molhada deixando Mary mais furiosa do que já estava. Regina abaixou a cabeça como se tentasse processar o que estava acontecendo, levantou-se em seguida encarando Mary e pegou uma roupa qualquer da loira para vestir-se. A mulher estava absurdamente furiosa, correu em direção às duas e esbofeteou com toda força do braço o rosto de Regina e em seguida o de Emma.

Regina não acreditava que Mary Margaret havia sido capaz de tocá-las daquela maneira, estava possessa com tal atitude e sentia o gosto do sangue devido ao pequeno corte que foi feito em sua boca.

- Mã-e? Não é nada diss… - tentou dizer Emma desnorteada, mas Mary Margaret a interrompeu.

Regina olhou para a loira sem acreditar que ela queria negar algo, mas não quis entrar no meio para ver até onde iria com isso.

- CALE-SE! - gritou Mary.

- Não fale assim com ela! - pediu Regina vestindo a própria calça e uma blusa de Emma.

- O QUE SIGNIFICA ISSO? - gritou Mary histérica.

Emma estava fora de si, não sabia o que dizer e estava morrendo de vergonha de ter sido pega naquela situação.

- VOCÊ VEIO TRANSAR COM ESSA MULHERZINHA NA MINHA PRÓPRIA CASA! - gritou Mary cuspindo saliva de tanta raiva.

- REGINA NÃO É NENHUMA MULHERZINHA! - gritou Emma tentando vestir-se.

- Você me respeita, Maria Margarete! Pra você é senhora Regina Mills! - defendeu-se. - A sua filha me ama e você não pode fazer nada contra isso! - completou.

- EMMA, SUA VADIA! VOCÊ É UMA VAGABUNDA! VOCÊS DUAS! - vociferou Mary apontando o dedo para ambas.

- VAGABUNDA? VADIA? E POR QUÊ? SUA FILHA SACRIFICOU A PRÓPRIA FELICIDADE E PARA QUÊ? PRA VOCÊ CHAMÁ-LA DE VAGABUNDA? NÃO A TRATE ASSIM! - gritou Regina quase colocando o dedo indicador no rosto de Mary.

Emma estava com a cabeça baixa, suas lágrimas rolavam e não queria que tivesse sido daquela forma. Estava confusa, não sabia como resolver aquela situação e não estava pensando direito. Agiu por impulso, talvez aquele tenha sido o impulso mais inapropriado para o futuro de sua relação com Regina.

- REGINA, SAI! - gritou Emma nervosa.

- Mas…? - perguntou Regina sem entender a atitude da loira.

- SAIA AGORA! - gritou novamente.

A morena não podia acreditar naquilo. Emma a estava expulsando naquela atual circunstância e de uma maneira que a fez sentir-se para baixo. Chateou-se, estava a ponto de chorar de raiva ali mesmo, mas segurou.

- Eu achei que nós enfrentaríamos isso juntas, como um casal e não como se eu fosse qualquer uma pra você! - disse Regina com a voz embargada e retirando-se em seguida.

Emma estava tão transtornada que não raciocinou sobre o que a morena havia dito, mas sabia que teria que resolver aquilo depois. Limpava as lágrimas e tentava encontrar fôlego e coragem para olhar no rosto de Mary.

- EU ACHEI QUE PODERIA CONFIAR EM VOCÊ! - gritou Mary quebrando o abajur de Emma.

- Mãe, calma! Não é assim que vamos nos entender! - disse Emma tentando amenizar a situação.

- Eu não acredito que você está traindo a minha confiança e trazendo essa mulher pra minha casa, Emma! Desde quando você é lésbica? Eu sabia que essa mulher não prestava! - disse Mary tão nervosa que podia sentir o seu coração pulsar pela boca.

O sabor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora