O que significa isso?

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- Então você é minha avó? - Henry provocou pois sabia de todo histórico de Mary.

- Avó? E eu lá tenho neto bastardo?! - Mary soluçou, sentia suas pernas bambas.

- Respeita o meu filho! Ele não é nenhum bastardo! - Regina a repreendeu irritando-se.

O desconforto de Emma era quase palpável, sua expressão era desconsertada, esfregava o rosto como se tentasse encontrar uma saída para aquela situação. Mary estava extremamente bêbada e mal vestida, como poderiam ter deixado aquela mulher entrar ali? Estava acima do peso e parecia ter olheiras profundas denunciando muitas noites mal dormidas.

Mary jogou o peso do corpo em cima da mesa e gargalhou de si mesma ao desequilibrar-se, fazendo com que Emma levantasse imediatamente para segurá-la.

- É melhor sentar-se. - a loira pegou a mãe pelo braço e tentou fazer com que repousasse no banco ao lado de Henry.

Mary estava cerrando os olhos como se quisesse dormir, mas tentava permanecer acordada.

- O que está acontecendo com você, mãe? - Emma negava-se a acreditar no que os próprios olhos viam. - Está descuidada... Gorda, mal vestida e mal consegue manter-se de pé!

- Ic! - Mary soluçou e levou uma das mãos sobre a cabeça e em seguida olhou para a filha. - Eu que me pergunto o que aconteceu com você, Emma Swan... Não é a menina que criei. Continua com essa mulher e até foi presa... Ic! - a sua voz enrolava-se.

- Não sou mesmo. Mudei pra melhor! - Emma encheu o peito. - Se dependesse de você, eu estaria casada com um homem machista e com a casa lotada com dez filhos sem ter condições de criá-los! - sentiu um desconforto só de imaginar.

Regina e Henry entreolharam-se e riram da expressão de Emma.

- Você é mulher, Emma Swan! - Mary bateu a mão direita com força sobre a mesa assustando a todos. - É pra isso que viemos ao mundo! E não pra essa abominação que você comete todos os dias! - bravejou.

Regina sentiu o seu sangue ferver ao ouvir tamanha besteira.

- Ah, me poupe né, Maria Margarete! Abominação é eu ver essa sua cara de bolacha trakinas bêbada deturpando a minha visão, e pior... - levantou-se e a encarou . - Estragando a paz que estávamos tendo antes de você vir com essa sua presença desagradável! - Emma puxou Regina para que se sentasse.

- Vamos conversar lá fora? Chega de escândalos aqui! - a loira pediu.

- Se acalmem! - Henry pediu tentando impedir uma briga.

- Me dá nojo só de imaginá-la na cama com essa mulherzinha! - Mary não media as consequências de seus atos. - Que estado deplorável!

- Não fale assim da minha mãe! - Henry a encarou.

- Sua mãe é uma sem vergonha! E Emma pior ainda!

- Chega! - Emma pediu sentindo uma coisa ruim tomar conta de seu corpo.

Regina sentia a veia de sua testa saltar de tanta raiva e não conseguia controlar-se sem dizer nada a aquela mulher.

- Sua filha está muito melhor do que você! Tem uma família que a ama, se formou... Melhor, agora é uma terapeuta que começará atender semana que vem e não anda bêbada e imunda igual a certas pessoas! - Regina sentiu uma gota de suor cair de seu rosto e falava com desdém. - Você adora falar de mim, mas eu que estive ao lado dela todos estes momentos! Eu estava na primeira fileira para aplaudi-la quando defendeu a sua tese! Eu estava ao lado dela quando foi presa injustamente, quando você a deixou sozinha! - apontou o dedo na cara de Mary. - O que estava fazendo? Aposto que caindo de tão bêbada!

O sabor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora