Regina sentia-se como se fosse um sonho. Não esperava ser correspondida daquela forma, com sentimentos, desconfiava que talvez Emma teria somente uma certa atração devido ao ambiente que trabalhavam.
Se desprenderam do beijo e entreolharam-se com sorrisos estampados em suas faces. Ambas sentiam seus corações pulsarem tão intensamente que lembrava um motor dee caminhão.
- Va-mos nos sentar ali? – perguntou Regina indicado o banco que estava logo atrás da loira.
Emma deu a mão à Regina entrelaçando os seus dedos, sem soltarem-se.
Regina a olhou não conseguindo conter o sorriso, passou o braço direito nos ombros da loira, puxando-a contra si.
- Estou tão feliz. – disse emocionada.
Emma sorria em reciprocidade.
- Por quê? – perguntou arqueando as duas sobrancelhas.
- Porque a minha crush me disse sim! – disse Regina empolgada com uma voz sensual.
Emma gargalhou.
- Não é todos os dias que alguém é crushado por Regina Mills! – disse Emma brincando e escondendo o rosto no ombro de Regina.
- Para, você é linda! – disse Regina abraçando Emma.
Beijou o seu rosto. Emma cerrou os olhos para sentir mais intensamente os carinhos de Regina que distribuía beijos em toda a sua face, deixando uma pequena marca de batom no canto de sua boca.
Emma estava com um sorriso involuntário, acariciava o braço de Regina enquanto desfrutava de seus beijos. A morena beijou novamente o canto de sua boca e logo aprofundou um beijo lento e apaixonado.
- Você acha que eu seria uma boa namorada? – perguntou Regina dando selinhos alternados na boca de Emma, que permanecia com os olhos fechados e mantendo um sorriso bobo.
- Você está me pedindo em namoro, Regi? – perguntou sussurrando em seu ouvido.
- Claro! Eu gosto de coisas sérias. E eu gosto tanto de você... Quero que seja minha namorada! – disse Regina sem medo algum.
Emma sorriu e admirou o seu rosto por alguns instantes, alternando o olhar entre os seus olhos e a sua boca.
- O que foi? Eu preciso fazer um pedido formal á sua mãe? – brincou Regina.
Emma gargalhou e roubou um beijo de Regina.
- Claro que eu quero ser sua namorada! – disse Emma acariciando o seu rosto , molhando os lábios.
Regina a abraçou forte, mantendo o sorriso no rosto.
-Isso é tão bom! – disse Regina acariciando as mechas douradas de Emma, ainda permanecendo no abraço.
- Vou te bater, Regina! – disse Emma.
- E por que? – perguntou Regina curiosa, ainda acariciando as mechas loiras.
- Acho que meus pensamentos não deixariam
- Porque me faz me sentir tão idiota! – disse Emma beijando o rosto de Regina devagar.
Regina riu, dando um selinho na loira.
- Será que estão nos vendo aqui? – perguntou observando o bar que ainda aberto.
Emma virou o rosto e o observou.
- Eu acho que não. – sussurrou.
- Ouça a música que está tocando. - disse Regina olhando nos olhos de Emma.
...Vem!
Quero amar seu corpo inteiro
Namorar, sentir seu cheiro
Sem ter pressa de acabar
Oh, ohhhhhhhhhh!
Vem!
Que eu estou aqui sozinho
Precisando de carinho
Com vontade de te amar... 🎵
Emma balançou o corpo como se dançasse e cantasse a música, fazendo Regina rir.
- Você gosta? - perguntou.
- Não sou fã, mas eu conheço. - respondeu Emma. – Acho que também estão apaixonados por ali.
- Igual a gente? - perguntou Regina movendo uma mecha dourada para trás da orelha da loira.
Emma assentiu com um sorriso bobo e deitou-se no ombro de Regina novamente. Ficaram ali por horas, trocaram carícias e sorrisos, até perceberem que estava ficando tarde e perigoso para permanecerem ali sozinhas. Despediram-se e Emma voltou para casa sentindo as famosas borboletas em seu estômago que ainda não haviam ido embora. Estava distraída e com um sorriso em seu rosto que não conseguia desmanchar. Os beijos, as carícias e o sorriso de Regina não saíam de sua mente, assim como aquele perfume que a embriagava.
Kristin percebeu o semblante de Emma que estava com os olhos brilhantes, olhou para Mary Margareth que também havia reparado na filha.
- Por que demorou tanto? - perguntou Mary com um olhar desconfiado.
- Estava com...Uma amiga. - Emma enrolou-se para encontrar a palavra.
- Amiga? Até essa hora? Com essa cara? - perguntou Mary desconfiada.
Emma arregalou os olhos.
- Que cara? - perguntou.
- Essa ai que você está fazendo de quando eu via o seu pai. - disse Mary sendo indiscreta.
- Está ficando louca! - disse Emma tentando disfarçar.
- Sente-se aqui um pouco. - disse Mary deixando um espaço no sofá para Emma.
- Onde está Lily? - perguntou Emma.
- Foi encontrar o noivo e Lucy já está dormindo. - disse Kristin comendo uma maça vermelha.
- Hum… - respondeu.
- Que perfume é esse, Emma? - perguntou Mary ao Emma sentar-se ao seu lado.
- Perfume? - Emma fez-se de desentendida.
- Sim… É novo? - perguntou Mary.
Emma não sabia o que responder.
- É da minha amiga, eu pedi para experimentar… - mentiu.
Kristin a olhava com certa desconfiança enquanto Mary a analisava.
- E esse batom? - perguntou Mary cruzando os braços.
Emma arqueou as duas sobrancelhas e passou a mão nos lábios.
- Era um que eu estava experimentando na loja. - mentiu.
Mary Margareth fez uma expressão de desdém.
- Você passa batom fora da boca agora?
Emma soltou o ar dos pulmões.
- O que é isso? Virou interrogatório da polícia? Cometi algum crime? Por favor, né! - disse Emma exaltando-se.
- Nada, é que você está estranha! - disse Mary. - Limpou esse Batom ás pressas?
Emma revirou os olhos.
Uma notícia de grande impacto estava sendo veiculada pelo Jornal da Globo naquele instante. Mary Margareth ficou atenta e aumentou o volume.
“No último dia 15, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, concedeu uma liminar que, na prática, torna legalmente possível que psicólogos ofereçam pseudoterapias de reversão sexual, popularmente chamadas de cura gay.”
Emma estava completamente desconfortável com aquela notícia, achava um absurdo aquela decisão. Tratar amor como doença? Só poderia ser mais um indício que a humanidade estava caminhando para o abismo do retrocesso.
- Tá vendo! Eu sempre soube que isso não era normal, não poderia ser! Finalmente alguém sensato e corajoso que tomou a iniciativa certa! - disse Mary empolgada.
- O quê? - perguntou Emma indignada com a mãe.
- Eu não acho que seja doença, isso é exagero. - disse Kristin discordando com a irmã.
- É claro que é. Não tem nada natural em homem com homem e mulher com mulher… - disse Mary.
- O que importa é o sentimento, não acha? - perguntou Emma a Mary.
- Que sentimento? Pra mim isso é bagunça! - disse Mary. - É um absurdo! Acho ridículo…
Emma não acreditara no que sua mãe estava falando, era um discurso de ódio que a estava preocupando. Como contaria que estava com Regina? Mary Margareth amaldiçoaria até a sua quarta geração e não estava pronta para isso. Levantou-se bufando e seguiu ao seu quarto para organizar a sua mente.
Algumas horas passaram-se. Fiona estava com o veneno engatado, adorava falar mal de Regina, não a suportava e qualquer coisa era motivo para plantar discórdia. Estava ao lado de August, comentando algo desnecessário.
- Nunca parou pra pensar o porquê de Gold ter deixado a loja exclusivamente nas mãos de Regina? - perguntou Fiona fazendo o rapaz pensar.
August fez bico e olhou para o lado.
- Eles eram amantes! – afirmou Fiona.
- Parece verídico! - disse August organizando uma fileira de produtos.
- Ele era muito prestativo com ela. Tudo que Regina falava, ele levava em consideração. É tão óbvio, eles eram amantes! - enfatizou Fiona.
- Você é tão falsa que é capaz de morrer engasgada com o próprio veneno durante o almoço. - sussurrou Killian no ouvido de Fiona, encostando-se atrás da mulher.
- Desencosta! - disse Fiona nervosa.
Regina recebia os produtos novos que havia encomendado, dentre eles um que estava em falta a algum tempo.
- Finalmente, heim! Há quanto tempo o estoque da loja não era renovado… Com o Gold aqui não era assim! - disse Fiona em voz alta para que Regina pudesse ouvir.
Regina a olhou torto.
- Algum problema? Quer sentar ali na minha cadeira e reclamar com o fornecedor por mim? - perguntou Regina irritando-se com Fiona.
- Eu só achei estranho… - resmungou.
- Dá próxima vez que tiver alguma dúvida em relação ao meu trabalho, fale comigo diretamente, não fique se rebaixando fazendo fofoquinha pelas minhas costas. Eu vejo tudo aqui! - disse Regina com olhar desafiador e em tom calmo somente para a mulher ouvir.
Fiona fez uma expressão de quem não se importava e saiu da presença de Regina. Logo em seguida, entrou uma cliente que não aparecia há bastante tempo. Era escandalosa e adorava comprar muitas coisas de uma só vez.
- Lá vem a Isah! - disse Regina a Zelena, cruzando os braços.
A mulher aproximou-se cumprimentando Zelena de forma engraçada.
- ZELENA, QUE SAUDADES! - disse Isah apertando os seios da ruiva.
- Saudades, heim! - respondeu Zelena apertando o bumbum de Isah.
- Quanto tempo! - disse Regina abraçando Isah.
- Quanto tempo mesmo, está até abraçando as pessoas! - disse Zelena estranhando.
- Eu abracei porque não te vejo há séculos, vai que ficou rica... - disse Isah brincando.
- Fiquei rica nada, continuo ganhando mil e quinhentos! - brincou Regina.
- Ah, então vem cá, desabraça! - disse Isah agarrando Regina novamente.
Emma as fitou.
- Posso ajudar? - perguntou Emma aproximando-se.
- Ih, quem é essa? - perguntou Isah olhando Emma de cima para baixo.
Regina tocou no ombro de Emma puxando-a carinhosamente.
- Emma Swan, nossa nova, não tão nova vendedora. - disse Regina.
Emma sorriu.
- Então ela que vai me atender. Tudo bem, linda? - perguntou Isah dando um beijo na bochecha de Emma.
- Ótima e você? - perguntou Emma sendo simpática.
- E aí, solteira? Porra, tu é linda! - disse Isah deixando Emma sem jeito.
- Não. - disse Emma entre os dentes, olhando para Regina.
- Ah, que pena. Eu já ia pedir o seu telefone. - disse Isah fitando-a. - Tem aquela vela maravilhosa de massagem?
Emma nem comentou sobre a primeira frase da mulher.
- Tem a aromática de cereja e a massageadora de chocolate belga. Qual vai querer? - perguntou Emma levando Isah até os produtos.
- Hum… Não sei, tô tão sem dinheiro. Qual a mais barata? - perguntou Isah.
- A de cereja, mas é apenas aromática. - disse Emma pegando a vela.
- Não sei... Quanto é? - perguntou Isah.
- Doze e noventa. - respondeu Emma.
- E a outra? - perguntou Isah ainda na dúvida.
- Quarenta e dois e noventa. - respondeu Emma organizando as mechas de seus cabelos.
Isah abriu a bolsa.
- Ih, acho que meu dinheiro não vai dar não. - disse fazendo bico.
- Passa no cartão. - sugeriu Emma.
- Me vê três dessas de chocolate, duas de cereja, quero umas duas bolinhas tailandesas e cinco calcinhas comestíveis de sabores variados. - disse Isah empolgada.
Emma a olhou com espanto.
- Como? - perguntou estranhando o fato de Isah ter dito que queria economizar e pediu uma série de coisas.
- Eu sei, eu disse que estava pobre, mas pensa comigo… Vale o investimento, não vale? - perguntou Isah dando uma piscadela para Emma.
- Claro. - respondeu rindo.
Isah fazia de tudo para tocar em Emma, Regina as fitava de longe.
- Vou pagar. - disse pegando os produtos da mão de Emma.
- Tchau, Regina. Passar bem! - disse Isah despedindo-se.
- Passar bem… abusada! - disse Regina arqueando uma sobrancelha e cruzando os braços.
Regina tinha algo para Emma e pediu para que ela subisse em sua sala na gerência, eram toucas de três cores diferentes que deixaram Emma encantada. Regina sabia como agradá-la e ganhou um beijinho como agradecimento.
- São lindas! - disse Emma guardando-as.
- Como você! - disse Regina sentindo o seu coração balançar com o sorriso de Emma, estendeu a sua mão para que a loira pudesse tocá-la.
A loira trocou um olhar intenso com Regina, segurando em sua mão, como se tivessem o dom de ler o que estavam sentindo, era um olhar apaixonado e envolvente que durou alguns segundos até alguém quebrou o silêncio.
- Vem cá, deixa eu te mostrar uma coisa… - disse Regina levando Emma na dispensa do sexy shop.
Emma olhou para os lados com um sorriso desconfiado.
- Na dispensa? O que quer me mostrar aqui? - perguntou aproximando-se de Regina.
- Esse produto que chegou hoje, strap on sem cinta. - disse Regira tirando-o da embalagem.
O produto era em formato de “V” e era bastante flexível, a ponta maior era ondulada e a menor, um pouco mais grossa. Emma não fazia a mínima ideia de como aquilo funcionava e estava curiosa.
- Como usa isso? – perguntou tocando no objeto.
Regina mordeu o lábio inferior e deu sorriso malicioso.
- Acho que não consigo explicar tão bem neste lugar… - respondeu.
Emma sentiu o seu corpo esquentar. Aproximou-se ainda mais de Regina e falou bem próxima a sua boca.
- Então é melhor me ensinar em outro lugar… - disse Emma segurando Regina pela cintura.
Regina a olhou nos olhos e a empurrou contra a parede, colando o seu corpo no da loira.
- Acha que é antiético eu beijá-la aqui? - perguntou Regina com os lábios quase colados nos de Emma.
- Me beija! Ninguém precisa saber, só nós duas… - respondeu Emma com o coração acelerado e sentindo a sua umidade aumentar.
Regina estava tão tensa quanto Emma, a loira a deixava extremamente excitada. A beijou com certa lascívia, movimentando a língua sensualmente na boca da loira, fazendo-a gemer. Emma segurou no cabelo de Regina, acariciando a sua nuca, deslizando as mãos em suas costas. Regina movimentava o seu corpo contra o de Emma, fazendo-a delirar.
- É muita maldade sua fazer isso comigo logo aqui! – disse Emma extremamente excitada.
- Desculpa, é que eu não consigo resistir!
Deslizou uma das mãos nos seios da loira e os apertou, deixando-a mais molhada do que já estava. Emma deslizou as mãos nas coxas de Regina, subindo-as até a sua virilha, fazendo-a soltar um gemido.
- Como você está quente... – disse Emma deslizando as mãos pelo bumbum de sua morena.
Regina tocou no queixo de Emma e encostou a sua cabeça, com cuidado, na parede, beijando o seu pescoço fazendo-a cerrar os olhos. Suas respirações estavam ofegantes e seus corações pareciam que iam explodir. Não conseguiam parar, queriam mais, precisavam aprofundar aquele contato, porém o celular de Regina tocava insistentemente e ela resolveu atender. Talvez pudesse tratar-se de assuntos da loja.
- Tenho que atender, desculpa. - sussurrou dando um selinho.
Emma soltou o ar dos pulmões e sentia o suor de sua testa escorrer, encostou-se na parede e cerrou os olhos tentando acalmar os ânimos. Regina percebeu que era um número do exterior e afastou-se para poder falar.
- Alô? - atendeu com as mãos trêmulas.
- Mãe? É você? - perguntou um garoto sussurrando ao telefone.
Regina emocionou-se e segurou o choro para que ninguém pudesse ouvir.
- Hen-ry? - gaguejou ainda desacreditada.

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O sabor do pecado
FanfictionO destino muita vezes nos prega peças. Um simples fato do acaso pode nos unir a alguém que pode mudar as nossas vidas completamente. Emma Swan conhece Regina em uma situação incomum e nesse encontro inesperado acaba recebendo uma proposta de emprego...