Capítulo 1

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Essa é minha primeira história que tive coragem de publicar. No meio dela senti vontade de desistir e parei. Porque eu não me achava muito boa, pensava que isso não era pra mim, achava a história clichê e idiota, apesar de amar romances clichês. Então parei de escrever e abandonei a história. Sim abandonei, me sentia um fracasso. Mas sempre recebia notificação de votos, comentários, e até elogios no privado. Agora voltei e abri o wattpad e levei um susto. Depois de ver que alcancei tantos votos, comentários e leituras, decidi não desistir do meu grande sonho e se não sou muito boa, me dedicar a melhorar. Esses votos me fizeram acreditar em mim e voltar a escrever, por isso quero agradecer a quem votou em minha história e me desculpar por abandonar o wattpad durante tanto tempo. Vou reescrever as partes que preciso melhorar, terminar este livro e pela primeira vez acreditar em mim mesma.

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- Aaaaaaah!

Ela gritava e berrava, rolando pelo chão. Eu tentava acalma-la de todas as formas possíveis, mas ela não me ouvia. Como uma criança tão pequena podia causar tanta confusão? Estava com medo que os professores nas outras salas pensassem que eu estava matando minha aluna na sala de aula.

- Clarisse pare de gritar agora mesmo mocinha, vamos!

Estava tentando manter a paciência, mas isso já estava se tornando uma tarefa impossível.

- Eu queeeeerooo, agora!

Ela berrou em alto e bom som, batendo os pés no chão.

- Já disse que não. Agora levanta e senta com seus colegas lá no círculo.

Ela para e respira fundo, então olha para os outros alunos que estão sentados em círculo no centro da sala perto de suas mochilas, as crianças olham para ela com curiosidade. Ela me olha novamente.

- Nãaaaao, eu quero ir no parquinho agora!

- Se ela for eu também quero ir tia. - Analice se levanta perto da sua mochila e fala.

- Eu também tia, eu também. - as crianças começam a falar ao mesmo tempo.

Respiro fundo e digo.

- Silêncio meninos. Ninguém vai ao parquinho agora, vocês sabem que não está na hora do recreio. Sente-se Analice.

Ela me olha e olha Clarisse e se senta.

-Eu quero ir agora no parquinho, agoraaaa!

Juro que se ela continuar mais um pouco eu vou enlouquecer.

- Clarisse vou falar uma última vez, sente-se com seus colegas!

Digo e aponto para o circulo novamente, ela bate o de pé no chão de novo, e me olha com uma olhar de ressentimento e ira.

- Você não é minha mãe, NÃO MANDA EM MIM!

Quanto mais eu tentava, mais ela berrava. Ela devia estar fazendo isso pra me implicar, não é possível, o que havia de errado com essa menina? Como pode uma criança ser difícil de lidar assim.

Que Deus me perdoe, mas minha vontade naquele momento era pegar essa menina e jogar pela janela da sala. Chego visualizo pegando ela pelas pernas e jogando longe pela janela. Logo que penso isso, me arrependo. Gente do céu, eu sou um monstro! Como pensei isso? Ela é uma criança.

"Ok, Helena pense, você estudou muitos anos da sua vida naquela faculdade pra saber lidar com crianças, nada é impossível. Vamos lá, como posso lidar com uma criança assim? Respire e inspire, pense."

E então tudo ocorre muito rápido. Clarisse se vira para a porta, e sai disparada passando por ela, correndo em direção ao parque. Corro até a porta e vejo ela em suas perninhas curtas correndo a todo vapor pelo corredor em direção a porta que sai para o pátio. Vejo seu George passando e grito para que ele fique na sala um segundo olhando as crianças. E saio correndo atrás dela. Ela empurra a porta pesada e sai para o parque, já estou quase a alcançando, ela me escuta e olha para trás, me vendo ela desespera e corre mais. 

Uma pestinha me trouxe o amor (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora