Capítulo 27

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Augusto

Ei está me olhando assim porque? Não ria desse jeito irônico! Já sei, você deve estar se perguntando porque eu simplesmente decidi dar em cima de Helena poucos dias depois que disse que ia me afastar dela. Não precisa me olhar desse jeito, tenha calma, vou explicar. Vamos por partes.

Estava eu na segunda feira logo após chegar em casa e colocar Clarisse para dormir, deitado em minha cama e pensando... Ah, bom advinha em quem? Sim você acertou, ela mesmo. A dona dos meus pensamentos no momento, a razão das minha últimas punhetas, a minha deusa proibida. A mulher que me fazia sentir desejo e culpa ao mesmo tempo. Aquela doce e linda mulher. Sim, você deve estar já quase vomitando com tanto doce, mas continue lendo, vou chegar lá.

Nesta noite como era de se esperar, pensar tanto nela fez meu juninho acordar como sempre, nada demais e eu tive que me aliviar novamente, nenhuma novidade até aqui.

Só que após acabar me veio a mente, porque será que eu já estava fissurado nela dessa forma, ela era linda, mas já fiquei com mulheres bem lindas também, ela era meiga e meio tímida, é isso era um ponto fraco meu, ela me lembrava Amanda em sua forma cuidadosa de ser, isso é verdade e por ela ser assim, ela parecia proibida para mim.

Foi aí que tive um clique na minha mente. Lembrei de quando Márcia reclamava que sua filha adolescente queria namorar e que se ela proibisse seria melhor, mais gostoso, mais emocionante, então ela deixava a filha namorar e logo ela perdia a graça no rapaz.

Mas é óbvio. Como sou burro! Era só eu não me proibir. Porque não me lembrei que proibir era sempre mais emocionante? Isso é até provado cientificamente em algum lugar pelos psicólogos por aí, que o ser humano tem mais desejo pelo proibido, tanto que o primeiro pecado da bíblia é justamente que Adão não aguentou e junto de Eva comeu da única árvore que não podia no jardim do Éden. Sim o proibido gera curiosidade é uma vontade louca de se aventurar que nem sou capaz de te mostrar em palavras.

Então tomei uma decisão meio que radical. Passaria a noite com ela, mataria a vontade até o último minuto e veria que ela não era nada demais além das outras. Veria que foi só uma loucura da minha cabeça imaginar que ela era diferente assim. Tiraria ela da mente rapidamente após este ato e eu não sentiria mais culpa e mataria minha vontade. Afinal minha esposa acabou de morrer e eu não estou pronto para substituir ela assim não é?

Ei não me olhe assim, está me julgando, achando que sou um homem muito vagabundo, mas não preciso disso. Deveria me julgar se antes do corpo de Amanda esfriar eu já estivesse esquentando o corpo de outra lá dentro de casa e colocando ela como mãe de Clarisse!

Tudo bem, peguei bem pesado com essa declaração. Mas não estarei usando Helena, do contrário do que você pensa, não vou obrigar ela a fazer nada do que ela não queira certo?

Ta bom, sei que essa frase também não me ajudou, mas você também sabe que ela conhece o campo minado que está pisando, que sou recém viúvo e que não sei se quero me envolver em relacionamento agora. Na verdade em memória de Amanda não pretendo ter relacionamento tão cedo ou me casar novamente assim, muito rápido. Então minha melhor alternativa para tirar Helena da cabeça é justamente provando o que me é proibido. Ser proibido está tornando tudo muito apetitoso e maior do que é. Eu vejo na Helena tudo que preciso agora e não posso ter por culpa da memória de minha recém perdida esposa.

Mas não quero enganar Helena nem nada, então darei em cima de um jeito bem safado, mostrar que quero uma noite de aventuras com ela, e... Ah Helena já é bem grandinha, se ela começar a pensar em relacionamento sério e outras coisas comigo, já não é culpa minha, afinal não estou prometendo nada.

Só vou provar do que sonho todas as noites, vou continuar vendo ela como se fôssemos conhecidos na escola e fim. Não vou tratar ela mal nem nada disso, afinal já disse a irmã dela que não sei se quero um relacionamento sério, não é mesmo? Aposto que assim que provar a fruta proibida ela irá perder a graça e de quebra ainda vou conseguir tirar Helena da cabeça e ela vai seguir sem mim também. Será dessa forma que irá acontecer. Perfeito!

Passo a semana repensando o plano. Será que se eu me entregar a minha vontade realmente vai é me fazer perder a graça do proibido ou me deixar mais angustiado? Quando vejo já é sexta feira e eu não disse nada a ela, não dei em cima, não decidi ainda o que fazer.

Chamo ela para conversar em particular e ela me leva até o quarto, assim que sento sinto o juninho levantando sua cabeça para ver o que está acontecendo, ele sente que ela está perto. Coloco uma almofada em cima do colo e pego a carteira. Junto as notas e entrego o dinheiro a ela, ela é claro não quer aceitar. Eu sabia que não aceitaria, na verdade queria que tivesse aceitado, só para eu pensar mal dela, e gostar menos do seu jeito, ela fica brava e vermelha, ela é muito gostosa brava também. Juninho da um salto aqui embaixo, mas que merda.

- Porra! Pega logo esse dinheiro!

Respondo nervoso. Será que ela não vê o quanto ela tem poder sobre mim e meu corpo? Porque ela tem que brigar sempre, enrolar sempre. Dizer sempre a coisa certa, cozinhar tão bem, ser tão linda.

Daí lembro do proibido. É porque é proibido. As outras são fáceis e não tem graça, se essa deixar de ser proibida vai perder a graça como as outras. Decido atacar então e ela ao contrário das outras não me diz sim de cara, fala que vai pensar e fica envergonhada. Caramba, porque ela só não facilita? Mas será que quero que ela facilite mesmo?

Saio da casa dela ansioso por sua resposta, confuso e com o Juninho tentando pular para fora.

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Continua....

Kkkkk sempre quis escrever isso.

Bom continua no próximo capítulo (é claro).

Beijos 😘😘😘😘😘😘😍😍

Obrigada pelos comentários tô adorando cada um deles. 😊😊😊😁😁

Uma pestinha me trouxe o amor (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora