Capítulo 2

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Leiam o livro de @levita_layla está incrível, amo os livros dela. Vai lá e confere!

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Estão prontos para o capítulo dois? Vamos lá.

Quero agradecer a
@yblenda
@levita_layla

Por terem votado em meu livro. Vocês são demais.

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A diretora sorria enquanto estávamos os três sentados um de frente para o outro em sua sala. Pelo jeito ela não percebeu o clima esquisito que se instalou logo após ela nos apresentar. Depois que isso aconteceu não trocamos mais nenhuma palavra, comecei a observar os ladrilhos no chão, eu não ousava olhar para ele, depois de tudo que eu disse sobre aquela menina, que para meu grande azar era sua filha, eu olhava para qualquer lugar menos em sua direção. Agora que parei para analisar, os olhos são da mesma cor e o cabelo também. E ela é tão linda quando o pai, nossa e que pai.

"Vamos lá, se concentra, a diretora está falando algo...?"

- Então o Augusto disse que como a mãe de Clarisse morreu...

Eita...

- Ah! A mãe da Clarisse morreu? Foi recente? Nossa sinto muito - Digo olhando rapidamente para Augusto que está com uma cara de poucos amigos, desvio o olhar me arrependendo de ter olhado para ele.

A diretora me olha sem graça.

- Senhorita Helena, não está me ouvindo? Acabei de dizer que há pouco mais de um mês atrás a mãe da pequena Clarisse infelizmente morreu ao bater o carro.

- Me desculpe dona Marlene, acho que perdi essa parte...

- Continuando, o pai alega que a menina está meio abalada ainda e que ela anda meio agitada, mas expliquei pra ele que ela é tranquila e que não tinha nada incomum pelo que eu vi, não é professora?

Eu corei, muito. Nesse momento devo estar igual um enorme tomate, como sair dessa?

- Ah bom. Sim ela é tranquila as vezes, mas em sua maioria ela fica meio agitada, mas acredito...

Augusto olha nervoso para mim.

- Não foi o que me disse agora a pouco - Me corta Augusto sem nenhum humor na voz.

- Então vocês já conversaram sobre Clarisse antes? -. Marlene abre um sorriso.

Que conversa mais constrangedora. Desejo que o chão se abra e me engula agora mesmo.

- Sim tivemos uma breve conversa! Onde ela me falou sobre Clarisse e disse que ela era uma criança terrível!

Como é que é?

- Eu não disse isso! Apenas disse que ela era difícil de lidar e...

- Disse que não educo bem minha filha, pensa só, provavelmente ela nem tem filho e já sai falando essas coisas, nem devia ser professora. Acho que ela não tem conduta pra tal.

Mas que homem abusado!

- Eu sou ótima em minha profissão!

Quem ele pensa que é?

- Realmente muito boa, que não sabe nem lidar com uma criança de 3 anos!

- Eu sei lidar bem com as crianças sim, o caso é que o Senhor, tem que ver que o comportamento dela anda bem difícil de lidar, deveria conversar com sua filha então e explicar que não pode agir assim.

- Está me ensinando como criar minha filha? Eu sou o pai dela e você não tem nada a ver com o jeito que ensino ela.

- Ah, bom. Pois eu sou a professora dela e o senhor não tem nada a ver com a forma que ensino ela, ou as outras crianças, sou uma boa profissional por isso fui contratada.

- Vocês dois mantenham a calma, não precisamos chegar neste ponto - Marlene diz já nervosa, me olhando com repreenda. Como ela não vê a forma que esse pai está me tratando?

- Quero mudar minha filha de sala, ela já passou por coisas demais para ainda ter uma pessoa que nem sei se posso chamar de profissional dando aula para ela! -.

- O que? Como o senhor fala assim de mim? Nem conhece meu trabalho, esta sendo muito mal educado comigo, se puder manter a calma!

- Manter a calma? VOCÊ NÃO MERECE CALMA!!

Ah agora já sei de onde sai aquele gênio difícil de Clarisse.

- Senhor Augusto peço que mantenha a calma, pode estar se precipitando. Helena é uma boa professora, está conosco a três meses, e ninguém reclamou até o momento, as vezes foi um mal entendido.

- Minha filha não estuda mais com ela, ou troca ela de sala ou minha filha sai da escola.

- Ah mas isso é um desaforo! - Não me aguento e respondo ele.

- Helena se acalme - Marlene me olha de lado.

Só era o que me faltava, agora eu que estou errada?

- Minha filha vai mudar de sala, não quero essa professora com ela, a menina já esta fragilizada com os acontecimentos recentes, merece uma professora mais sensível que entenda seu lado.

- Eu entendo muito bem o lado dos meus alunos, e cuido bem deles, sou sensível sim com os seus problemas, o fato é que não sabia do que se tratava o problema de Clarisse e o senhor nunca apareceu na escola antes de hoje para nos justificar o que houve, isso deveria ter sido nos informado no primeiro dia de aula, deveria acompanhar mais sua filha também, isso ajudaria ela e a nós também.

- Então agora está insinuando que a culpa é minha de você não saber lidar com uma aluna de três anos?

Eu vou bater na cara desse homem, Deus me segura.

- Já chega senhores, ninguém está culpando ninguém. Senhor Augusto só tem uma sala para a idade de sua filha e não vou tirar a professora, mas queremos sua filha na escola, vamos fazer um acordo? Se não acontecer nenhum incidente sua filha fica e a professora também, se algo acontecer sentamos e conversamos de novo e vemos seu ponto sobre a professora.

Como é? Vou ser vigiada agora?

- Ótimo, combinado. Apesar que duvido que não haverá incidentes -. Ele diz e me olha. Não sei porque, mas me pareceu um tom de ameaça.

E dizendo isso ele sai da sala e vai embora.

Uma pestinha me trouxe o amor (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora