Uma pestinha me trouxe o amor (Completo)

Capitulo 20

Esse capítulo foi postado na versão anterior, porém eu reescrevi ele e joguei ele pra frente. Então quem me segue desde o início do livro, vai lembrar um pouco desse capítulo, mas ele foi mudado em algumas partes e está colocado no lugar mais certo na história agora. 😊 Boa leitura.

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Helena

A semana passa como um borrão. Marlene não me chamou na sala por conta do vídeo, afinal acho que ela entende que isso não atrapalha os estudos das crianças, nem sei se ela viu o vídeo. Algumas mães me olham sem graça e outras me olham com deboche, até parece que são santas não é? Mesmo se eu tivesse ficando com o pai de uma aluna, elas não tinham o direito de se acharem as virgenzinhas...me poupem. Mas claro que penso isso só na mente, no rosto abro um sorriso e dou um olá animado todos os dias.

Essa semana começou os preparativos para o dia das mães, estamos planejando o que vamos realizar na escola. Pensamos em uma música animada com entrega de rosas com um bombom dentro, por cada criança para sua mãe no final da apresentação. Começamos essa semana a ensaiar as crianças para a festa que será daqui duas semanas. Sempre começamos antes, pois haja trabalho para ensaiar tantas crianças que vão dançar e cantar até o dia da apresentação.

Sobre o beijo, bom eu me lembro dele com muita clareza, mesmo que eu tente esquecer, parece que quanto mais tento não lembrar mas ele vem na minha mente. Eu não vi Augusto, depois do beijo, o que acho perfeito, tento me convencer disso.

Ellen não está falando comigo, desde segunda ela só faz pequenos sinais para mim, de resto finge que não existo, estou para voar no pescoço dela.

Nesses últimos dias Clarisse mudou seu comportamento. Agora ela está calada, quieta e triste. Não brinca mais, pouco sorri, não sei o que é pior, a sua birra, ou a nova Clarisse, triste e angustiada. Depois do que o Augusto me disse tento entender ela, mas quando chego perto e mando ela ir fazer a atividade ou brincar ela diz que não e fecha a cara.

Está na hora do recreio e levo as crianças para o parquinho onde elas se divertem e vejo Clarisse se sentar no banco próximo ao balanço sozinha, me aproximo dela aos poucos, penso em tudo que já tentei. Bom vou tentar uma abordagem diferente.

- Oi Clarisse. - digo chegando perto dela.

- Oi. - ela responde triste e cruza os braços.

Ela já deve estar preparada para que eu mande ela ir brincar e se enturmar, mas não farei isso hoje.

- Sabia que hoje eu estou muito triste? E gostaria da sua companhia. Posso me sentar com você?

Ela franze a testa e depois arregala os olhos bem grandes e azuis.

- A senhora está triste?

- Sim muito.

- Porque você está triste tia?

Sabia que ela era curiosa e que ia funcionar.

- É que hoje faz um ano que minha avó foi morar com papai do céu e ela brincava comigo, sinto falta.

Ela abaixa a cabeça triste.

- Eu também tinha alguém que brincava comigo. Mas papai do céu levou também. Acho que eu não era boa para ela e Ele tirou ela de mim.