Capítulo 23

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Helena

Passamos a tarde juntas. Ela adorou saber que eu morava no mesmo condomínio que seu pai, fomos até a piscina, onde ela disse que tinha ido só uma vez desde que se mudou. Depois disso fomos ao parquinho. Lá ela conheceu uma coleguinha chamada Suzana e as duas passaram um bom tempo se divertindo enquanto eu conversava a toa com a mãe da sua amiga.

Ao final da tarde voltei para o apartamento e dei um banho na Clarisse ela deitou no sofá e fomos assistir filme, em poucos minutos ela caiu no sono. Cobri ela bem quentinha e fui fazer a janta.

Umas 19h escutei a campainha. Corri para atender antes que Clarisse acordasse. Abri a porta e vi Augusto parado do outro lado. Fechei a cara.

- Oi Augusto, precisamos conversar. - eu sussurro.

Ele suspira.

- Também preciso falar com você. - ele diz baixinho.

Pego a mão dele e fecho a porta. O puxo pelo corredor o levando para o quarto. Sento na cama e aponto uma poltrona para que ele se sente. Ele senta na poltrona e me olha.

- Bom eu vou começar primeiro. Sua filha tem só três anos precisa de você, ela percebeu que você não buscou ela na escola e se sentiu abandonada. Ela só tem três anos, se a babá não está você devia ter arrumado outra babá. E se eu não pudesse ficar com ela? Ia abandonar ela na escola? Ela me contou do final de semana de vocês dois, não pode dar só bobagem para uma criança comer, nem deixar ela sem tomar banho.

- Você fala como se soubesse como é ter filho não é?

- Não é porque não tenho filhos, que não sei cuidar de uma criança!

- Quem garante?

- Te garanto que cuido dela melhor do que você, pelo menos comigo ela não vai correr o risco de ter obesidade infantil ou feder.

- Olha como fala da minha filha!

- Psiu! Ela tá dormindo, fala baixo. - disse o repreendendo.

Respirei fundo e continuei.

- E se não confiasse que eu sei cuidar bem, não teria deixado ela comigo. Bom pelo menos assim espero, que tenha essa preocupação com sua filha.

- É claro que eu tenho! - ele levanta os braços.

- Psiu! - faço sinal de silêncio com o dedo na boca.

Ele revira os olhos.

- Helena, o caso é que, a Márcia viajou e eu não lembrei que era nessa semana que ela iria. Estou de cabeça cheia a dias e acabei esquecendo disso. Não tenho com quem deixar ela, tenho trabalho a semana toda.

- E deixou ela hoje de manhã na escola e esperou que um milagre acontecesse para que ela não ficasse sozinha? Você tem que planejar as coisas.

- Pare de me acusar! Estou tentando conversar e você só apontando o dedo. Será possível! - ele me repreende sussurrando.

Fecho a cara e cruzo os braços. Ele fica calado por um tempo me observando.

- Você emburrada é pior que minha filha!

- Vai se lascar Augusto! - falo alto.

- Psiu, Helena fala baixo. - ele aponta para a sala.

- Olha está na hora de vocês irem, pode pegar ela e levar.

Ele não se meche, mas me olha com cara de cachorro sem dono.

- O que foi?

- Márcia só volta na sexta.

Uma pestinha me trouxe o amor (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora