Friends again?

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Anastasia...

Fiz merda? Sim. Estou mais que fodida? Com certeza. Me arrependo de ter aceitado? Absolutamente não. Não que eu morra de amores por Christian, mas passar trinta dias com ele não serão tão ruins assim. 

VAI NESSA GAROTA!

Depois que Christian saiu do meu escritório eu desabei na minha cadeira. Meus olhos vagando livremente por todo e qualquer ponto da imensa sala até que prenderam-se na fotografia na minha mesa. 

Ainda é doloroso lembrar desses momentos uma vez que todos eles me provocam felicidade por períodos muito curtos de tempo - coisa de segundos - até a minha mente me recordar que Christian me rejeitou naquela noite e me mandou embora. E é ainda pior pensar que ele é tão bom ator que por um prazo muito pequeno eu realmente achei que ele estava arrependido, mas só pensei mesmo. 

Sei que deveria me esquecer disso. Ficou no passado e para ser sincera é um tédio recordar dessas coisas, mas é inevitável. Me machuca a graus alarmantes e sangra o meu coração como nada ou ninguém jamais foi capaz de fazê-lo. 

Respiro fundo e jogo a cabeça contra o encosto da minha poltrona, fechando os olhos. 

Não sei o que me espera e tenho medo só de imaginar. 

Há uma possibilidade de coisas que Christian pode fazer comigo durante esses trinta dias e nenhuma delas são muito inocentes, pelo menos não para o meu subconsciente. Apesar da minha situação eu sinto que estou pronta para o sexo - afinal já tenho vinte e cinco anos - e eu sempre sonhei em perder a minha virgindade com ele. 

Mas e se não for isso? E se ele me rejeitar de novo? 

Eu tinha dezessete anos na época, pude facilmente falar que eram os hormônios ou coisa de adolescente, mas agora é completamente diferente. Não sou mais uma menininha, sou uma mulher - meio insegura as vezes - mas isso não vêm ao caso agora. 

Me coloco de pé e caminho para a minha parte favorita do escritório. 

A loucura de Seattle não é absolutamente nada comparada com a loucura interna de Anastasia Steele. Lá fora as pessoas correm contra o tempo. Trabalho, escola, família... família. 

Família.

Uma lágrima involuntária rola pelo meu rosto e molha o tecido da minha blusa. 

Eu costumava sonhar com essa coisa a algum tempo atrás, pouco tempo para ser sincera. Mesmo depois que comecei a namorar Jack eu ainda tinha o ideal de família perfeita que seria criada com muito amor entre Christian e eu - por isso não tive coragem de transar com ele - mas mais uma vez Christian foi o culpado por esse sonho ter morrido. 

Cada vez que marcávamos um encontro entre nossas famílias em um restaurante ou bar ele sempre dava uma desculpa qualquer para deixar a mesa e quando eu ia procurá-lo ele já estava atracado com uma vadia qualquer que conheceu a dois minutos e que com certeza levaria para a cama. 

Aquilo me doía, mas que porra de direito eu tinha? 

O ignorava o máximo possível, aos olhos dos outros nós eramos somente bons amigos, ele era solteiro, nunca havíamos nem sequer dormido juntos, eramos jovens... o quê eu pudia dizer? 

Mesmo nossos pais fazendo de tudo para ficarmos juntos - até trancar nós dois em casa numa noite quando foram jantar fora - não adiantou. 

Christian tinha bebido um pouco com os amigos antes de chegar na minha casa e assim que atravessou as portas da mansão ele foi praticamente correndo para o segundo andar e se trancou no quarto de hóspedes de onde saiu só na manhã seguinte. Já eu passei boa parte da madrugada na sala assistindo filme e comendo porcarias.   

30 days of pleasureOnde histórias criam vida. Descubra agora