I don't need anyone if I have you.

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Anastasia...

— E uma garrafa de Sancerre, por favor. - Christian diz ao garçom que não tira os olhos de mim. Seu tom de voz é frio, mas seus olhos estão como que em chamas. Raiva e ciúme exalando de todos os seus poros e eu sorrio interiormente. É excitante saber que provoco esses sentimentos nele, porque comigo é a mesma coisa. 

— Como quiser, senhor. Com licença. - o rapaz murmura, ainda olhando para mim e eu reviro os olhos. Minha mão esquerda aperta a de Christian em cima da mesa e o brilho do sol bate no meu diamante, colocando no rosto do homem um tom pálido. 

Christian olha para a minha mão sobre a sua e depois para os meus olhos, sorrindo pela primeira vez desde que chegamos ao restaurante. No barco ele estava feliz e relaxado, mas foi só colocarmos os pés aqui que seu humor azedou e seu jeito possessivo aflorou, me deixando quente e incomodada. E vê-lo se controlando ao máximo para não voar no pescoço do garçom piora ainda mais a minha situação. Reprimo a vontade de me contorcer e também lhe direciono um sorriso. 

— O quê está achando? - ele pergunta, mais calmo agora. Corpo mais relaxado e tom de voz mais moderado. 

— Tirando o fato de ter passado pela minha cabeça que eu teria que te tirar da cadeia, está tudo bem. - dou de ombro, sorrindo. 

— Por quê disso? - arqueio uma sobrancelha e fito seu rosto perfeito. O ar me falta e me sinto corar um pouco. Ainda é estranho olhá-lo e não lembrar de todas as coisas que fizemos e falamos um para o outro ontem a noite. 

— Ana, o quê foi? - sua mão direita acaricia o meu queixo e eu fecho os olhos, sentindo. O toque suave dos seus dedos envia uma onda de calor até o meio das minhas pernas e eu suspiro, esfregando-as por baixo da mesa. Christian sorri ao ver a toalha se mexendo. — Com calor, princesa? - balanço a cabeça e respiro fundo. 

— Não. Eu quis dizer que pelo jeito que olhava para o garçom eu pensei que iria voar no pescoço dele a qualquer momento. - Christian levanta a cabeça e lança um olhar mortal para as costas do garçom que está atendendo um outro casal a três mesas de distância da nossa. Acompanho o processo rindo e gargalho quando olho para a sua expressão de raiva mal contida. 

— Ele é um otário desgraçado do caralho que não sabe respeitar a mulher do outro. - sinto meu coração dar uma guinada e eu suspiro de novo, mais alto dessa vez. Christian olha para mim com sobrancelhas arqueadas e um sorriso sutil nos lábios. Seu polegar faz círculos suaves na pele da minha mão esquerda e sinto um arrepio passar pelo meu braço e alcançar a minha coluna. 

Abro a boca para dizer que não significou nada os olhares lançados para mim, mas sou interrompida pelo toque do celular de Christian. Ele olha para mim com um leve rubor nas bochechas, mas não tira as mãos de mim para apanhar o aparelho no bolso da calça. 

— Atenda, pode ser importante. 

— Não quero estragar o momento, quem quer que for pode esperar. - sua mão direita deixa o meu queixo e vai para a minha bochecha. Me inclino ao seu toque como um gatinho e ele sorri. Christian se inclina um pouco mais sobre a pequena mesa e me dá um beijinho na ponta do nariz. 

— É sério, atenda essa porcaria. - sussurro próxima dos seus lábios e roubo um selinho. — Antes que toda New Jersey escute o seu celular chamando. - ele revira os olhos e sorri, se sentando novamente. 

Seus dedos cavam no seu bolço e ele puxa o celular. Um sorriso brilhante surge nos seus lábios. 

— É a minha mãe. Provavelmente para perguntar como estamos indo. 

— Diga a ela que saímos de barco essa manhã e eu quase te joguei no Rio Hudson por ser um cara muito chato. 

— Têm certeza que são essas as coisas que quer fazer comigo? - meu sorriso morre e eu sinto que não fiquei vermelha, mas sim roxa, tipo uma beterraba gigante com pernas. Arregalo meus olhos e fito as flores bordadas na renda da toalha de mesa. 

30 days of pleasureOnde histórias criam vida. Descubra agora