I want to do it again

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Anastasia...

— Onde quer ir? - Christian me pergunta assim que adentramos o elevador. 

Nossos dedos estão entrelaçados e eu nunca me senti mais feliz, confortável. É como se tudo estivesse certo quando estamos assim, juntos. 

O nosso dia juntos foi fantástico - para não dizer perfeito - e isso só me faz confirmar as suspeitas de que eu o quero do meu lado acima de qualquer coisa. 

E com isso também vêm aquilo que eu mais temia. Eu estou apaixonada por Christian, mais do que já fui em qualquer outro dia da minha vida.

Ele está mais homem, mais responsável. Ele me trata como uma rainha, se preocupa comigo, quer sempre saber se as coisas estão boas para mim. Ele parece aquele garoto de dezesseis anos que sempre surtava quando um outro menino me jogavam uma cantada no colégio. 

Christian é o dono das minhas fantasia mais eróticas e isso eu não posso negar, caso contrário estaria mentindo para mim mesma. 

Eu nunca teria aceitado tão rapidamente e de tão bom grado a sua chantagem se ela estivesse partindo de outro homem. Eu nunca autorizei que ninguém chegasse onde Christian está. Eu nunca deixei que ninguém invadisse o meu espaço pessoal como ele invade. Eu nunca permiti que alguém ficasse sob a minha pele da maneira que Christian fica. 

Ele é o único homem que eu já quis sexo. Ele é o único que pode me fazer embarcar nessa loucura, ir com ele até no inferno se ele quiser. Me entregar se corpo e alma, fazer o que ele quiser, quando quiser e onde quiser. Christian é o único homem ao qual eu aceitaria abraçar num shopping de Nova York em plena manhã de sábado. 

Ele é dono do meu corpo e nem sabe. 

Meu coração acelera na sua presença, mesmo que eu tente negar isso. 

Um dos motivos que pesaram em mim para que eu me afastasse de Christian era justo esse sentimento. Eu era covarde demais para enfrentá-lo cara a cara e dizer um sonoro 'eu te amo'. Em vez disso eu preferi ser covarde e me afastar. Eu preferi ficar chorando pelos cantos ao invés de correr para os seus braços e beijar a sua boca. 

Meu corpo reage ao dele de forma alarmante e é uma das melhores sensações que eu já senti. Christian é tudo para mim, mesmo que a rainha do gelo aqui bata o pé e diga o contrário. 

Meu subconsciente todavia sussurrava para mim que eu deveria recuar todas as vezes que ele se aproximava ou eu considerava a ideia de procurá-lo. E eu, idiota, sempre o escutei. 

Mas agora é diferente. A partir de hoje eu vou escutar os sinais do meu corpo, alma e coração, não do meu subconsciente filho da puta que me ferra na maior parte das vezes. 

— Ana, algum problema? - ele aperta a minha mão e me fita preocupado. 

Só agora que percebi que ainda não lhe respondi. Mas no momento isso é o que menos importa. Cheguei a cogitar ir jantar em outro lugar, mas voltei atrás quase que imediatamente. Quanto mais perto nos comermos, mais rápido eu poderei pedir a minha sobremesa. 

— Podemos ficar com o restaurante do hotel. 

— Pensei que quisesse ir em algum outro lugar. 

— Por aqui está ótimo. Só se você quiser ir em outro lugar, é claro. 

— Vamos onde você quiser, tudo por você. - ele se aproxima para me dar um beijo na testa, mas jogo meus braços nos seus ombros e grudo os meus dedos na pele do seu pescoço. Puxo sua cabeça para mais perto da minha e avanço nos seus lábios. 

Christian não me corresponde imediatamente, ele não está me rejeitando. Ele está assustado pelo meu ataque repentino. Forço meus lábios contra os seus, minha língua pedindo passagem. 

30 days of pleasureOnde histórias criam vida. Descubra agora