Christian...
Entro no nosso quarto ignorando completamente a discussão com Elliot. Ele é um invejoso do caralho que pode muito bem ir se foder e levar a Elena junto com ele.
Anastasia não repara na minha presença. Ela está mexendo na sua bolsa de artigos pessoais. Coloco a garrafa no balde de gelo e cruzo meus braços, me encostando na parede e observando seus movimentos.
O corpo curvilíneo está coberto pela fina e sensual seda do roupão, o cabelo preso no alto da cabeça num coque com alguns fios soltos são o meu convide a predicação.
Minha esposa.
Ana bufa, pegando as alças da bolsa e virando-a de cabeça para baixo, espalhando inúmeras tranqueiras na nossa cama. Ele remexe e sorri ao encontrar um papel cuidadosamente dobrado.
— Tudo bem ai? - Ana salta, levando as mãos para o peito.
— Puta que pariu, que susto. - sorrio da sua explosão e deixo meus braços caírem para baixo e caminho até ela, levantando o roupão que descobriu o ombro direito.
— Desculpe, querida. Estava tão concentrada mexendo na sua bolsa que ia perguntar se precisa de ajuda para seja lá o que está procurando.
Os lábios de Ana puxam em um sorriso e ela fica na ponta dos pés, beijando os meus lábios e passando as unhas na minha nuca.
— Você é um amor, mas já encontrei o que estava procurando. - ela dá de ombro e pisca para mim.
— Posso perguntar o que é? - ela assente.
— Claro, antes de nós irmos para Nova York eu pedi para a minha ginecologista prescrever uma injeção para mim e está na hora de renová-la. Vou numa farmácia qualquer amanhã e tomo.
Meu sorriso some na hora. Ana deve ter percebido, porque o dela também some.
— Christian, tudo bem? - ela larga o papel em cima da cama e volta para perto de mim outra vez. — Fala comigo, por favor.
— Tem mesmo que tomar essa coisa? - pergunto num sussurro, fitando o chão.
— Por que?
Suspiro e me afasto dela, me sentando na cama e pegando a receita médica. A letra da doutora Greene vai contra a da grande maioria dos outros médicos. Sua caligrafia é fina, bonita, elegante até. Ela e minha mãe são grandes amigas desde a época da faculdade.
Anastasia se aproxima novamente, afastando minhas pernas com seus joelhos e se enfiando entre elas. Meus olhos ficam na altura da sua barriga e mais um suspiro me escapa.— Christian, olha pra mim. - quando não o faço, seus dedos suspendem o meu queixo. — Quero que seja sincero comigo, tudo bem?
Balanço a cabeça, mesmo não dando muita importância. Sei o que ela vai dizer e eu sei que não vou gostar da resposta. Anastasia vai dizer que ainda somos jovens, recém-casados e que ainda teremos muito tempo para pensar em filhos. Eu daria razão a ela, mas a ideia de ver a prova do nosso amor correndo pela casa e me chamando de papai supera qualquer coisa.
— Eu estou falando sério. Não faça essa cara. - Ana chia, sorrindo. — Você quer ter um filho comigo, Christian? - desvio meus olhos dos seus. — Christian...
— Quero, Ana. Eu quero te engravidar. Sei que vai dizer que ainda é cedo e que nós temos muito tempo para isso mas eu quero...
— Pode levar um tempo, Christian. Está disposto a passar por isso? - arregalo meus olhos.
— Você está... concordando? - Ana me dá um sorriso lindo e acaricia meus cabelos.
— Claro, meu amor. Eu faço tudo por você, Christian e se você quer um filho nós vamos ter um filho, eu só te peço um pouco de paciência. Eu tomo anticoncepcional desde novinha e pode levar um tempo, mas eu vou te dar um filho.
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30 days of pleasure
RomanceChata, insuportável, metida, esnobe, gostosa... essa são as palavras que Christian achou para melhor definir a brilhante Anastasia Steele. Advogada de um renomado escritório de Seattle, é idolatrada por todos pelo simples fato de se...