Take it or leave it baby!

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Christian... 

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove... DEZ! DEZ COPOS DE UÍSQUE! Eu sou um ser deplorável, ainda mais que o motivo da minha embriaguez é uma mulher que mal olha na minha cara e que preferiria passar um ano no inferno do que um minuto ao meu lado. 

Depois de ter bebido a coragem venceu qualquer outro empecilho e eu fui para o escritório da Anastasia. Pensei bem antes de entrar, mas a raiva estava me matando aos poucos e eu preciso coloca-la para fora e também preciso colocar meu planinho maligno em prática. 

Ela estava tão bonita com as bochechas coradas e o cabelo ainda meio bagunçado - o que fez meu ódio multiplicar por mil. MALDITO SEJA! Ficamos um bom tempo em silêncio por que eu realmente não sabia o que dizer. 

Filho. Da. Puta. Desgraçado. Do. Caralho. 

Não foi minha intenção assustá-la, mas confesso que foi encantador vê-la pálida e com os olhos arregalados, principalmente agora que ela tem diante de seus próprios olhos a prova dos seus segredinhos obscuros. 

Seus olhos encaram a tela do celular e a mim como se fosse algo em repetição e a cada vez que o vídeo é reproduzido sua pele fica ainda mais branca e um tremor passa pelo atrativo seu corpo. 

Tiro as minhas mãos do seu pescoço e me levanto, bloqueando o aparelho celular e o guardando na segurança do meu bolso. Seus olhos estão presos ao mármore do piso e ela pisca incontáveis vezes. 

-- Como...? 

-- Isso não importa. - falei rapidamente para evitar suas perguntas. 

Tenho certeza que ela usaria o abridor de cartas para me matar se soubesse o que eu fiz. Tenho consciência que foi errado violar a sua privacidade, mas o meu instinto protetor e meu mais que aflorado lado possessivo falaram mais alto e foi impossível controlar. 

-- Acho que na sua atual situação é o que menos interessa agora. 

Ela morde o lábio inferior e aperta as coxas juntas. Isso tem efeito imediato no meu pau. Ela está assustada com a minha reação, e isso é excitante como o inferno. 

Ela respira fundo e se levanta, caminhando até as janelas do escritório onde a Seattle chuvosa está a mil por hora. Queria saber o que passa pela cabeça dela. No que será que ela está pensando? Ela respira fundo e olha de relance para mim, encarando a vista da cidade milésimos depois.

Anastasia Steele você é uma criatura enigmática... espero que na cama mantenha todo esse mistério. 

Balanço a minha cabeça para afastar os pensamentos lascivos e volto a minha atenção para ela. Sua expressão é impassível, mas seus olhos denunciam o seu nervosismo. 

Baby, não precisa ficar nervosa, não vou comê-la... pelo menos não agora. 

Sorrio com o rumo dos meus pensamentos e me afasto dela, me jogando na sua cadeira de couro. Meu subconsciente é engraçado quando tem a presença de algum teor alcoólico, deveria fazer isso mais vezes. 

Olhando para os detalhes na sua mesa vejo três porta-retratos expostos milimetricamente. Anastasia sempre foi bem perfeccionista em relação as coisas que fazem parte do seu cotidiano e vejo que a falta de um homem de verdade piorou essa situação. 

Dando uma olhada rápida pela ampla sala é perceptível que tudo é perfeitamente alinhado. Nada fora do lugar, nenhum quadro torto, até as pilhas de papéis são fodidamente ordenados. Reviro os olhos e volto a minha atenção ao trio de fotografias. 

A da esquerda é dela na nossa formatura da faculdade - sorridente e bonita como só ela é -; a da direita é dos seus pais sorridentes na viajem que fizemos para Cancún - um arrepio me percorre - não quero me lembrar dessa maldita viagem; e a do centro é uma fotografia... nossa. 

30 days of pleasureOnde histórias criam vida. Descubra agora