Elliot...
A melhor coisa que poderia ter me acontecido era ser filho único. O centro do mundo, o único dono do amor dos meus pais, mas isso mudou justo no dia em que eu completei seis anos.
Lembro da minha mãe vir toda feliz e sorridente, me puxando para o seu colo. Ela acariciou os meus cabelos e disse que me amava, mesmo com o meu comportamento não muito bom ultimamente.
— Mamãe tem uma coisa para te contar, meu bem. — ela disse, sorrindo para o meu pai que se aproximou e sentou-se junto de nós no sofá. Ele também sorria. — Você vai ter um irmãozinho.
E meu mundo acabou bem ali.
Eu podia ser pequeno, mas sabia muito bem o que aquilo significava.
Eu não seria mais o centro de tudo. O amor não seria só para mim.
Eu também recordo de ter forçado um sorriso nos meus lábios, concordando quando mamãe me perguntou se eu estava feliz.
A medida que o tempo passava, o atenção para o bebê só crescia, coisa que me enfureceu.
Até que ele nasceu.
Tia Carla e tio Ray vieram nos visitar, eles também esperando um bebê. Alguns meses depois, Anastasia nasceu, e como Christian já estava com quase três meses - e me dando mais vontade de matá-lo a cada dia — nós fomos juntos visitar a pequena Ana.
Carla nos recebeu com um sorriso enorme no rosto, se desculpando por Ray não estar, mas que ele já estava chegando. Meus pais não deram importância, afinal ele estava com um cliente, pelo menos segundo meu pai. Ela nos conduziu pelo enorme corredor do segundo andar até a última porta do corredor.
O quarto era todo rosa, cheio de bonecas, ursos de pelúcia e sofás. A sacada era repleta de rosas e as cortinas eram brancas. Borboletas, fadas e princesas estavam pregadas nas paredes e um berço branco estava no meio do quarto.
Carla pegou a bebê nos braços e a estendeu para minha mãe, que sorriu e acariciou o rostinho dela da forma que deu já que ela estava com Christian nos braços. Eu fiquei na ponta dos pés, tentando ver também é Carla sorriu, descendo em um joelho e me mostrando a neném.
— Ela não é linda, Elliot? — Carla perguntou com a voz doce de sempre e eu sorri, balançando a cabeça freneticamente.
E eu realmente quis dizer aquilo.
Anastasia era a menina mais bonita que eu já tinha visto e eu jurei, naquele momento, que ela seria minha.
Seus olhos tremularam e se abriram, o mais bonito tom de azul voltado para mim e eu me apaixonei por ela logo ali, mesmo ela sendo um bebê. Meu pai entrou no quarto logo em seguida, junto com Ray e caminhou até Carla, olhando para a pequena Ana da mesma forma que ele olhava para Christian, com adoração.
Ele bagunçou meu cabelo rapidamente antes de pegar Ana nos braços e chegar perto da minha mãe que ainda estava segurando Christian. Meu irmão estava olhando atentamente para ela, assim como ela para ele, até que ela sorriu.
Eu pedi para segurá-la, coisa que impressionou minha mãe. Eu nunca tinha pedido para segurar Christian, pelo contrário. Eu evitava o meu irmão o máximo possível, mas com Anastasia seria diferente. Ela já era minha.
Mamãe me colocou sentado na poltrona e colocou Ana nos meus braços. Eu sorri e acariciei seu rosto, mas ela se contorceu no meu colo e começou a chorar. Mamãe a tomou dos meus braços e a colocou ao lado de Christian novamente e ela parou, olhando para ele com curiosidade. Meu irmão também não era diferente.
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30 days of pleasure
RomanceChata, insuportável, metida, esnobe, gostosa... essa são as palavras que Christian achou para melhor definir a brilhante Anastasia Steele. Advogada de um renomado escritório de Seattle, é idolatrada por todos pelo simples fato de se...