I hate loving you

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Anastasia...

O tão famoso e indesejado pânico tomou conta de mim enquanto eu fitava Christian. Meus olhos ardiam por causa do rio de lágrimas que borravam a minha visão, mas eu não vou quebrar na frente dele, não daquele jeito. Nunca mais.

Refletindo o meu pânico e a mágoa, Christian abaixou a cabeça e passou os dedos de forma nervosa pelos cabelos, murmurando maldições a tal Elena. O aperto no meu peito se tornou maior, quase insuportável, e eu salto para fora da cama.

Eu envolvo meu corpo com o robe, jogando o celular no colchão enquanto caminho apressada em direção ao closet. Christian se engasga com o próprio ar e escuto seus passos rápidos atrás de mim. Ele para a alguns passos de mim com os olhos vermelhos e assustados.

Está uma noite quente, mas a temperatura entre nós caiu para alguma coisa abaixo de zero. A paixão de momentos atrás já não está mais aqui, mas a tensão chega a ser palpável.

Eu escolho um vestido longo e floral com uma fenda sensual, mas não muito profunda, na perna direita. Christian continua me encarando e um pequeno V se forma na sua testa ao notar as roupas que estou pegando.

Isso mesmo, não vou dormir.

Ana. - ele se move, se aproxima e eu recuo.

— Quem é Elena, Christian? - repito a pergunta de minutos atrás, sentindo minha voz falhar a cada maldita palavra.

Christian deixa um suspiro escapar e agarra o meu cotovelo, me puxando de volta para o quarto. Ele aponta para a cama, mas nego com a cabeça.

Eu sei, melhor que ninguém, o efeito que ele tem sobre mim e pela expressão assustada no seu rosto essa mulher não é alguém agradável para ele, mas alguma coisa me diz que ela é importante, só que de uma forma desnecessária.

— Anastasia, eu...

— Só me diga quem é essa mulher, Christian.

O telefone toca novamente, escandaloso, e um outro tremor me passa. Frio se espalha pelo meu corpo e eu tremo.

— Me diga se não quiser que eu atenda e tire as minhas próprias conclusões. - ele permaneceu calado, me fitando com olhos dolorosamente tristes.

Eu esperei e o maldito telefone se calou por alguns instantes antes de voltar a tocar. Christian permanecia calado e estático. Eu me coloquei de pé e caminhei até a cama, apanhando o aparelho e vendo que era o número e nome da cadela que ainda brilhavam na tela.

Eu o levantei, pronta para atender, mas Christian foi mais rápido, arrancando-o da minha mão. Ele desligou o aparelho e o jogou num canto qualquer, completamente nervoso.

— Por que fez isso? - gritei.

— Eu vou te contar quem é a Elena, mas com uma condição. - o encarei com sobrancelhas arqueadas.

— E qual seria?

— Não fuja de mim novamente. - Christian suplicou. — Não me deixe sem você outra vez, eu te imploro, Ana. Eu vou te contar tudo que quiser saber, mas não me deixe sozinho nesse quarto e nem junte as suas coisas e volte para a casa amanhã e estabeleça uma distância ainda maior do que a de antes. - suas mãos agarraram as laterais do meu rosto e seus lábios forçaram os meus.

Sua mão esquerda agarrou a minha nuca e a direita desceu até a base da minha coluna, me puxando para o seu corpo. Eu abri um pouco a minha boca e Christian avançou, chupando a minha língua e mordendo o meu lábio inferior com força. Gemi ao sentir o gosto de sangue na boca.

30 days of pleasureOnde histórias criam vida. Descubra agora