SOCIEDADE SECRETA DAS LESBOS

C37: O CAPÍTULO MAIS FODA

O dia se passou nem Camila ou Lauren saíram do quarto, sequer para comer. O início da noite de domingo fora marcado pela visita à mansão Gama-Tau da Sra. Cabello que dessa vez não foi à procura da filha, mas sim, de Lauren.

Ally achou mais sensato avisar a Normani sobre a solicitação da Sra. Cabello, a veterana então, pediu que Sinueh aguardasse na biblioteca, enquanto ela chamaria Lauren. A morena logicamente estranhou a presença da mãe de Camila ali à sua procura, vestiu-se rapidamente, e desceu ao encontro de Sinueh Cabello

_Não esperava revê-la tão cedo, Sra. Cabello, depois de nossa conversa de ontem...

Nossa conversa de ontem me trouxe muitas recordações, Lauren, e levantou uma série de dúvidas, as quais, preciso esclarecer com você. Na verdade, não voltei ontem para New York porque não podia ir sem antes conversar com você.

_Não sei se sou a pessoa certa a esclarecer suas dúvidas... Mas confesso que estou curiosa.

_Lauren, notei uma grande mágoa nos seus olhos quando você se referiu a mim, fazendo alusão ao meu passado com sua mãe...

_Eu era criança, Sra. Cabello, mas me lembro perfeitamente das conversas que ouvi entre meu avô e minha mãe... Via o sofrimento nos olhos dela quando falava de Sinueh... Testemunhei minha mãe definhar, e ainda assim, chamava seu nome, pra revolta de meu avô, que não entendia como ela ainda poderia chamar alguém que tanto a fez sofrer.

Nesse momento, toda altivez aparente de Sinueh Cabello caiu por terra, seus olhos encheram-se de lágrimas, a expressão de seu rosto era de uma dor profunda, enquanto Lauren continuou falando:

_Prometi a minha mãe, momentos antes de sua morte, que me vingaria dessa mulher que provocou tamanho sofrimento a ela. Nem sabia ao certo o que era vingança, mas conheci desde cedo o sentimento de ódio... Fui crescendo acompanhando sua vida pelas colunas sociais, o pouco tempo que convivi com meu pai, serviu para que colhesse mais informações a seu respeito...

Os olhos marejados de Lauren estavam carregados de uma raiva que feria Sinueh, o alvo de sua vingança construída ao longo de sua vida estava ali, à sua frente, fragilizada, e isso só motivava mais a morena a descarregar tudo que estava guardado há tanto tempo.

Entretanto, Sinueh constatou que tinha mesmo muito que esclarecer com a filha de Clara Jauregui, e precisava fazê-lo para evitar que aquela situação tomasse proporções inimagináveis até então para ela.

_Lauren, acho que tenho ao menos o direito de me defender. Seu jeito justiceiro não permite ao menos ouvir minha versão dos fatos?

_Nada vai mudar minha opinião e meus planos contra você... Mas realmente estou curiosa, fale, estou escutando.

A morena então se sentou em uma poltrona a certa distância de Sinueh Cabello, e a encarou sem qualquer timidez. Sinueh, por sua vez, enxugou suas lágrimas, e num tom calmo e triste iniciou a narrativa dos fatos:

_Amava sua mãe, Lauren... Clara era a mulher mais linda que já vi em toda minha vida... Você lembra muito ela, chego a me emocionar quando olho para você... Nos conhecemos nessa mesma universidade, eu já era veterana quando Clara entrou, e nessas tarefas loucas de recrutamento da Gama-Tau, ela teria que me seduzir e me atrair a um ritual secreto na noite de iniciação... Ela era astuta, e muito sensual, também... Dominava como ninguém essa arte... Você imagina pra aquela época o que era uma mulher seduzir outra... Nunca havia tido qualquer experiência com mulheres, era noiva de seu pai na época, mesmo assim, não fiquei imune à presença de Clara quando a vi pela primeira vez, entrando no bar que havia aqui perto de Prescott.