SOCIEDADE SECRETA DAS LESBOS

C34: Conversa Amigável??

_Boa tarde Sra. Sinueh .

_Você? O que está fazendo aqui?

_Acho que temos assuntos a tratar... Posso entrar?

Ao ouvir a voz de Lauren, Ariana escondeu-se no banheiro da suíte deixando a porta entreaberta, uma vez que ouvir aquela conversa, era do interesse dela.

Lauren entrou no quarto, enquanto Sinueh a acompanhava com os olhos, avaliando-a em cada minúcia:

_Não posso imaginar o que você quer conversar comigo, menina!

_Notei que não aprovou a vinda de Camila aqui, e como conheço pessoas como a senhora, achei justo comunicar que não vou permitir que mesmo sendo sua mãe, estrague a felicidade dela.

_Mas que petulância! Você não pode se meter assim da vida de minha filha sua...

_O quê?

_Ora, menina... Você não tem nada o que fazer aqui... Por favor, retire-se!

_Sra. Cabello, não pense que a senhora pode pisar em mim como fez com minha mãe...

_Sua mãe? Do que você está falando?

-- Minha mãe, que a senhora conheceu tão bem: Clara Jauregui.

Sinueh Cabello pareceu ouvir um nome amaldiçoado. A cor sumiu de seu rosto, os olhos castanhos arregalaram-se numa expressão de espanto. Com a voz trêmula, Sinueh indagou:

_Mas... Não sabia que você ainda estava viva... Depois do acidente... As informações que tive é que não houve sobreviventes...

_Meu pai me tirou do carro, quando voltou para tentar salvar o tio Joseph, o carro explodiu e...

_Michael morreu...

_É... Assisti tudo... Não pude fazer nada... Caminhei pela estrada, fui resgatada por um padre de uma capela próxima, como não tinha mais ninguém para cuidar de mim, fiquei no orfanato que o mesmo padre administrava. Por muito tempo ninguém me procurou, só 5 anos depois meu avô Antonio me encontrou e me tirou do orfanato.

Sinueh Cabello sentou-se com os olhos marejados, chocada com o que estava ouvindo. Olhou para Lauren dessa vez com mais atenção e menos raiva, e comentou:

_Olhando bem pra você... Não há como negar... Lembra muito sua mãe, mas seus olhos são iguais aos de Michael... Mas, por que você não procurou nossa família... Você tem direitos...

_Não quero nada da sua família... Vocês já fizeram mal o suficiente para minha mãe e para mim também.

_Lauren... Eu... Não sei o que dizer, mas... Sua mãe também me fez muito mal... Apenas me defendi...

_Sra. Sinueh, não vai falar da minha mãe... Ela está morta! Agora sim não temos mais nada a dizer, já avisei, respeite as decisões de sua filha...

Lauren saiu segurando o choro, não permitiria que Sinueh Cabello a visse desabar. Esta, por sua vez, sentia suas carnes tremerem, tamanho o abalo por ter encontrado um pedaço do seu passado na filha de Clara Jauregui, filha a qual Sinueh julgava ter morrido no acidente de carro no qual Michael e Joseph Jauregui morreram há mais de dez anos.

Ariana ainda digeria o que acabara de ouvir, maquinando como aquela informação seria útil para seus planos. Saiu do banheiro encontrando Sinueh atônita, trouxe-lhe um copo de água e perguntou:

_A senhora está bem?

-- Sim... Só um pouco surpresa... Ariana, peço que espere um pouco para colocar em ação esse seu plano... Entrarei em contato, agora, por favor, me deixe sozinha.

Na mansão Gama-Tau, Camila subiu as escadas às pressas à procura de Lauren, frustrou-se ao não encontrar sua amada em seu quarto. As outras irmãs de fraternidade foram as primeiras a ver seu presente, vibraram junto com Camila, que se impacientava por Lauren não chegar logo. Passada quase uma hora, o coração de Camila acelerou ao ouvir o ronco da motocicleta de Lauren se aproximar, e correu em direção a morena tão logo ela estacionou:

_Minha linda, olha o que eu ganhei!

Lauren sorriu amarelo sem conseguir disfarçar seu abalo, mas não podia contar o motivo para Camila, respondeu desanimada:

_Que bom, linda, você merece...

_Ah, vamos lá, estava te esperando pra dar uma volta comigo... Estrear meu carro novo, vamos?

_Camz, desculpe-me, não estou me sentindo muito bem, vamos deixar pra outro dia?

_Mas, Lolo, estava só esperando você...

_Desculpa, Camz...

A morena entrou na mansão sem olhar para trás, subiu direto para o seu estúdio, sentou em frente ao piano e uma canção triste, conhecida das veteranas soou pela casa.

Normani reconhecia de longe aquela música, era uma composição de Lauren para seus pais, logo deduziu que algo despertara as lembranças do seu passado trágico.

Camila perdeu toda empolgação com a frieza de Lauren, já estava nas escadas, quando Ally a chamou:

_Mila... Quero estrear o seu presente, vamos lá...

_Ah, Allycat... Fica pra outro dia, vou ver o que Lauren tem, ela estava estranha.

_Uma dica: está ouvindo essa música?

_Sim... Vem do estúdio, deve ser Lauren tocando... Vou subir.

_Mila, a Lauren sempre toca quando quer ficar sozinha; essa música, ela fez para seus pais.

_E o que tem de triste nisso?

_Mila... Você não sabe? Lauren perdeu os pais ainda criança, primeiro a mãe, de um câncer, depois seu pai em um acidente.

_Bom... Sabia que ela havia perdido o pai, já que o barco é herança dele... Mas não sabia que havia sido tragicamente assim... Nossa, não sei quase nada dela... E estou assim, tão apaixonada...

O rosto de Ally parecia encher-se de tristeza ao ouvir isso da latina, e retrucou:

_Apaixonada? Mas... Pensei que fosse tudo apenas uma provocação...

_No começo sim, Ally... Mas agora... Até enfrentei minha mãe, e revelei que estou apaixonada por Lauren.

A loira tentou disfarçar, mas a decepção no seu rosto era evidente. Pediu licença a Camila reiterando o conselho de deixar Lauren sozinha, e saiu da mansão caminhando sem destino pelas ruas das fraternidades. Uma cena chamou-lhe a atenção: Ariana conversando intimamente com uma das meninas da fraternidade, uma das muitas que Lauren já teve caso... A cena era incomum uma vez que para ambas estarem conversando fora da mansão, deveria ser mesmo algo muito secreto que nem as irmãs de fraternidade poderiam desconfiar.

-X-

Hey negões e negonas... quem achou que a Lauren ia pegar a Sinueh e a Ariana, tramando aquela putaria comenta EUUUU

Gente Lolo deu um chega pra lá na Camz, sera que esse é o fim de camren?? Comentem muitooo