Escolheram o restaurante do próprio hotel onde estavam hospedados, hotel de luxo perto da praia. Alejandro, muito simpático, tentava disfarçar a emoção de estar diante da sobrinha que julgava morta, enquanto Sinueh se esforçava em deixá-la à vontade, uma vez que Lauren não falou uma só palavra durante todo o percurso, visivelmente abalada com o encontro. Camila também se preocupava em acalmar sua namorada, segurando sua mão gelada sob a toalha da mesa. Alejandro não se conteve e puxou assunto com sua sobrinha.
_Então, Lauren, diga-me, quais são seus planos quando concluir sua faculdade? Aliás, o que você faz em Prescott?
Muito tímida, como não era típico da morena, Lauren respondeu em voz baixa:
_Faço relações exteriores, mas também estudo música, a segunda é minha paixão, a primeira é um apelo interior que tenho.
_Apelo?
_Sim. Acho que é minha obrigação moral lutar contra a política de imigração desse país.
_De fato é um pouco rígida, mas às vezes rigidez é necessário para manter a ordem.
_Nesse caso, hipocrisia. Grande parte dos trabalhadores desse país é de imigrantes que são obrigados a viverem como criminosos para ter o direito de sobreviver do seu trabalho.
_Algum motivo especial para você defender assim os imigrantes?
_Sim, Sr. Cabello. Sou imigrante, mas felizmente meus pais eram americanos por isso tenho cidadania americana. Mas meus pais morreram, meu avô veio cuidar de mim e é ilegal no país.
_Mas isso é muito fácil de resolver, me diga o nome dele, que em um telefonema resolvo isso.
Alejandro Cabello disse isso retirando do seu terno um palm a fim de anotar o nome do avô de Lauren, o que a deixou indignada.
_Não quero resolver o meu problema pessoal burlando o sistema, quero lutar por um sistema mais justo, senhor.
Alejandro percebeu então o tamanho da gafe que cometera exibindo assim sua influência ultrapassando os conceitos de Lauren sobre justiça. Ficou profundamente desconcertado diante da lição de moral que recebera da sobrinha, percebendo isso Camila interferiu:
_Lolo, meu pai está oferecendo ajuda, não custa nada para ele...
_Camz, por favor... Já conversamos sobre isso.-Lauren falou fuzilando a latina com o olhar.
Com o objetivo de minimizar o constrangimento que se instalara Sinueh interveio.
_Lauren sabe o que faz, ela deve ter seus motivos para recusar a nossa oferta, mas sabe que se precisar pode contar conosco, não é Lauren?
A morena apenas balançou a cabeça positivamente, bebendo um gole de vinho. Durante o resto do jantar, Alejandro não desistiu de saber mais da sobrinha, fazendo-lhe perguntas sobre sua vida, suas preferências. Camila, apesar de estranhar o comportamento do pai, estava adorando a receptividade dele com sua namorada, acreditou que verdadeiramente Lauren agradava Alejandro, assim aceitaria o namoro delas. Sinueh, por sua vez, apesar de tentar disfarçar, estava tensa. Lauren parecia-se muito com Clara e assim era fácil notar que ela não estava nenhum pouco à vontade com a sabatina que Alejandro estava inocentemente submetendo a moça. Antes que o jantar chegasse, Lauren pediu licença e foi ao banheiro, sendo seguida por Sinueh. No banheiro, a iniciativa foi da mais nova.
_Preciso conversar com a senhora.
_Eu também preciso falar com você, Lauren.
_Encontre-me no barco Ñina, está ancorado no cais a poucos metros dessa praia, amanhã, às 9 horas.
_Estarei lá.
De volta à mansão Gama-Tau, Camila ainda estava empolgada com a visita dos pais, especialmente pela simpatia que seu pai demonstrara à Lauren. A morena, por sua vez, recuperada da emoção de conhecer seu tio, estava ansiosa pela conversa que teria com Sinueh. Camila subiu com a namorada para seu quarto, insistindo no assunto abordado no jantar.
_Meu amor, aceite a ajuda de meu pai, assim você fica livre dessa mulher que te atormenta...
_Não acredito! Isso de novo Camz? Você está parecendo um disco arranhado, voltando sempre pra esse mesmo assunto! Já disse que não quero nada de sua família, já tomei minhas providências. Rebeca vai me ajudar.
_Sabe o que não entendo? Você prefere continuar se submetendo a essa mulher a aceitar a ajuda de meu pai, você deve gostar de ir pra cama com ela...
_Madre de Dios! Não acredito que você está dizendo isso! Acaso acha que sou masoquista?
_O que você pensaria no meu lugar?
_Pensaria que não quero ter nada interferindo no nosso namoro, que eu poderia estar protegendo nosso namoro de novas chantagens, já que sua mãe não quer que fiquemos juntas ela pode usar isso para me afastar de você.
_Você está louca! Meus pais nunca fariam isso!
_Quer saber, Camz? Estou cansada desse assunto, quero descansar, se você vai ficar falando disso a noite toda, melhor você descer pro seu quarto.
_Você é uma grossa! Não merece a atenção que te dou, nem a que meu pai te deu.
_Ah ótimo... É isso que você acha? Que vocês são tão superiores a mim?
_Eu não disse isso, não deturpe minhas palavras!
_Camz... Boa noite!
Lauren entrou no banheiro e bateu a porta, Camila saiu do quarto, furiosa. Apesar da aparência meiga, tinha um gênio difícil quando contrariada. Na manhã seguinte, Camila esperava Lauren para seguir com ela e Normani para a universidade, como fora combinado. Foi surpreendida por Ally e Normani, chamando-a, avisando-lhe que Lauren não iria pela manhã para as aulas.
A primeira coisa que veio à cabeça da latina foi que sua namorada estava nas garras de Alexa, por isso faltaria aula. O pensamento foi suficiente para tornar seu humor o pior entre as meninas Gama. Normani até tentou convencê-la que Lauren estava tratando de assuntos da fraternidade, mas tal afirmação foi inútil, Camila tinha certeza do paradeiro de sua namorada.
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SOCIEDADE SECRETA DAS LESBOS
FanfictionEm Uma Universidade Americana, Uma Fraternidade Misteriosa Recruta Meninas Segundo Regras E Rituais Peculiares, Desencadeando Uma Sensual Rede De Intrigas, Paixões E Amizades, Regadas A Festas Calientes, Que Mudarão As Vidas Das Garotas Recrutadas...