A Herdeira da Máfia

Es Bueno Estar Enterado De Las Personas Que Están Cerca De Nosotros

Minha mãe se virou na minha direção e percebi que ela não conseguiu esconder a sua surpresa ao saber que eu estava ali o tempo todo. Mas... ainda bem que eu estava, para ouvir a loucura que ela mandou seu capanga fazer.

_ Então...? - perguntei cruzando os braços. - Por que você não perguntou diretamente para mim sobre o meu namorado?  

_ Filha, desculpa, mas...- ela respirou fundo -...nem sempre as pessoas dizem o que são. Você sabe que não podemos confiar em todo mundo.

Respirei fundo.

_ Sim, eu sei - falei. - Mas investigar o histórico do meu namorado já é exagero.

_ Alita...

_ Você quer mesmo saber quem é o meu namorado - falei tentando não aumentar a voz -, ele é um cara que recém descobriu que foi adotado e veio para cidade para ficar um pouco longe dos seus pais adotivos e colocar a cabeça no lugar. 

Fiz uma pausa, mas logo continuei a falar:

_ Ele é um cara muito legal e que foi uma das únicas que pessoas que não se levou por aquele boato sobre a nossa família. Ele mostrou o quanto gosta de mim e isso o que acabei de contar já não é o bastante?

_ Quer que eu seja sincera? - minha mãe me olhou seriamente.

Respirei fundo.

_ Quer saber, chega desse assunto - de onde eu estava vi o Diogo saindo da cozinha. - Vamos, eu já estou pronta.

Ele assentiu e me acompanhou até a porta. A última coisa que eu ouvi antes de sair de casa, foi ouvir a minha mãe me chamando, mas não dei atenção. Eu estava muito chateada com ela, pois foi capaz de mandar investigar o meu namorado sem falar comigo primeiro. 

Entendo que ela não o conhece direito, pois eu nem o tinha apresentado ele ainda - culpa minha -, mas ela não deveria ter feito aquilo. A manhã tanto a minha mãe, quanto meu pai, irão conhecê-lo e espero que isso tudo passe e a minha mãe não faça nada parecido como isso, novamente. 

Pode ter certeza de que não esquecerei da atitude da minha mãe tão cedo, pensei irritada.

Não demorou muito, eu tinha chegado na casa do Liam e ao sair do carro, decidi esquecer completamente da discussão que eu tive com a minha mãe, pois isso só me distrairia. Ao bater na porta, fui atendida pelo o amigo dele Breno e logo ele deu passagem para eu e o Diogo passarmos.

_ O Liam está no quarto dele - informou.

_ Obrigado - agradeci.

_ Oi, Lita - disse Liam assim que eu cheguei no quarto dele.

_ Olá - dei um breve beijo nele. - Vamos fazer o trabalho?

_ Vamos - disse ele colocando os livros em cima da sua cama.

_ Diogo, você pode me esperar ali fora - falei me virando na sua direção.

Ele assentiu e saiu do quarto logo em seguida. Ao tirar os materiais da bolsa, começamos a fazer o trabalho e ficamos assim até o final da tarde. 

DIOGO

Como nas últimas vezes, fiquei ao lado de fora do quarto, enquanto os dois "estudavam" lá dentro. Contudo, estar ali de novo, me fez observar novamente a casa daquele sujeito. Ela não era muito grande e, por isso, nunca foi difícil ver o que tinha em cada canto daquele lugar, principalmente a porta dos fundos que tinha na cozinha.

Eu não sei o porquê, mas eu não gostava daquele lugar. Na verdade, eu não gosto de ninguém que mora naquele casa, inclusive o amigo daquele sujeito. Havia alguma coisa nesses dois caras que não cheirava bem e... Bem, em questão a isso, eu não podia fazer nada por enquanto. Mas, como o segurança da Srta. Santiago, manterei os meus olhos bem abertos.

BÔNUS: LENA

Eu estava sentada na espreguiçadeira da piscina, pensando sobre a discussão de mais cedo com a Alita. Eu não queria que ela tivesse visto mandando um dos meus capangas investigar sobre o namorado dela, mas eu precisava fazer isso. Nos dias atuais as pessoas raramente falam a verdade do que elas realmente são e só estou preocupada com a minha filha.

Na última vez que eu conheci o namorado dela, as coisas não terminaram boas no final. Foi uma mistura de decepção e ao mesmo tempo de preocupação, pois aquele cara poderia ser alguém que queria ferir a nossa família e não saberia já que nem o conhecia. 

Esse namorado agora, eu também não conheço e, por isso, eu tive que tomar a decisão de investigá-lo. Eu não me arrependo pela minha decisão e espero que ela entenda porque eu fiz aquilo.

_ Eu estava te procurando - falou Rafael, se sentando no meu lado. - Por que está sentada aqui fora sozinha?

_ Eu estava pensando.

_ Na nossa filha, eu suponho.

_ Sim, ela me viu mandando um dos nossos capangas investigar o namorado dela - falei, não escondendo a minha tensão.

_ É sério?

_ Sim - fiz uma pausa. - Ela não entende que só estou preocupada com ela e com sua segurança também.

Rafael segurou a minha mão.

_ Ela entende sim - disse ele. - Ela só não gosta de tantas desconfianças, mas somos da máfia. Então é claro que teremos desconfiança de todos que nos cercam.

Assenti. Porém, a Alita tem que perceber que, algumas vezes, temos que ficar de olho nas pessoas que estão a sua volta, porque enquanto menos nos esperarmos, aqueles que mais confiavamos é quem enfiará a faca nas nossas costas. Por isso, antes mesmo de isso acontecer, nós temos que estar cientes de quem está perto de nós. Não é mesmo?