Una Noche De Diversion

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DIOGO

Treinar era uma das coisas que eu mais gostava de fazer. Era nesses momentos que eu conseguia pensar o extravasar a raiva que eu estava sentindo. Naquele momento eu não estava sentindo raiva e, sim pensando sobre o meu teste. Aos poucos os dias vão passando e ano vai acabando, então eu me pergunto se eu conseguirei passar nesse teste ou não.

Eu sei que ainda está muito cedo para pensar nisso, mas estou dando o meu máximo para que eu passe - mesmo sabendo que os meus dias nem sempre serão fáceis.

 Acabei ficando tanto pensando nisso, que só percebi que tinha alguém na academia quando ouvi o som sendo desligado. Ao me virar para trás, vi que era a srta. Santiago e logo percebi a onde os seus olhos estavam direcionados. Eu tive que me segurar para não sorrir naquele momento, pois era impossível não perceber que ela ficou desconcertada ao me ver daquele jeito.

Logo ela me avisou iria com Camile para o boliche e já que eu sou o seu segurança, eu sou obrigado a ir também. Então, enquanto a srta. Santiago me esperava na sala, eu fui para o meu quarto e tomei um banho. Não demorou muito eu já estava pronto, então logo depois entramos no carro e vamos buscar a amiga dela. Nenhum de nós falávamos durante o caminho, mas eu sabia porque daquele silêncio e logo um breve sorriso surgiu nos meus lábios.

Minutos minutos mais tarde, tínhamos chegado na casa da amiga da srta. Santiago. Ela já estava nos esperando na frente da sua casa e logo entrou no carro assim que nos viu. Logo o silêncio que estava antes tinha desaparecido, pois as duas começaram a conversar durante o caminho todo. 

Quando chegamos no boliche mais tarde, estacionei o carro e nós entramos lá dentro. As duas estavam bem animadas e pelo jeito ficaremos um bom tempo aqui.

_ Não quer jogar uma partida? - Camile perguntou para mim meia hora mais tarde.

_ Obrigada srta. Garcia, mas eu prefiro ficar aqui mesmo - respondi. - Aqui eu posso me concentrar melhor e vigiar tudo.

_ Tem certeza? - continuou ela. - Deve ser chato ficar aí parado o tempo todo, não é? 

_ Deixa ele, Camis - falou srta. Santiago. - Está claro que ele não sabe jogar.

Me deu vontade de retrucar, mas achei melhor ficar quieto. Eu sabia que a srta. Santiago estava agindo daquele jeito para fingir que não se sentia desconcertada perto de mim. Porém, toda a vez que eu a olhava, percebia que ela me lançava alguns olhares discretos, mas logo sacudia a cabeça, como se tentasse esquecer de algo. E eu sei muito bem o que era, pensei.

ALITA

Eu não sei quanto tempo tinha passado, mas eu estava adorando jogar boliche com a Camile. Ali não tinha essa história de quem fazia mais strike, pois o objetivo era se divertir e mais nada. Posso dizer que, durante esse tempo, acabei me esquecendo dos meus problemas, mas não me fez esquecer do corpo do Diogo, droga! Eu não sei o que deu em mim mais cedo, mas só de estar perto dele eu fico desconcertada e isso me incomoda.

  _ Parabéns, Lita - disse Camile assim que eu derrubei quase todos os pinos, deixando a penas um em pé. Sinceramente, eu não me lembro de ter feito aquela jogada. Eu estava tão distraída que fiz tudo no automático, pois minha cabeça estava longe.

Porém, depois de um tempo, decidi deixar esses pensamentos de lado e me concentrei no jogo. Quando chegou a hora de ir embora, pegamos as nossas bolsas e saímos de lá.

_ Ainda bem que a manhã é sábado e não precisamos acordar cedo - disse Camile assim que embarcando no banco de trás do carro.

_ É mesmo - concordei, sentando no banco do carona.

Logo depois Diogo entrou no carro e deu a partida no motor.

_ Estou pensando em tomar um banho de piscina a manhã - continuei o assunto. - Você não quer dar uma passada lá?

_ Bem que eu gostaria, mas eu vou ter que viajar com os meus até o outro lado da cidade a manhã - falou ela desanimada. - A minha tia está doente e ficaremos lá o final de semana inteiro.

_ Que mal - falei. - Bem então fica para a próxima.

Ela assentiu e começamos a falar sobre outros assuntos, até que ela tocou nesse:

_ Sabe, ainda não acredito que você fez aquilo na faculdade - disse Camile. - Com certeza foi uma das coisas mais legais que eu já vi.

Dei uma risada, mas não disse nada. Ainda era difícil saber que fui traída daquele jeito, mas não me arrependo daquilo que eu fiz - mesmo sabendo que lá no fundo eles mereciam mais que um copo de refrigerante na cabeça.

Logo mudamos de assunto, mas durante o caminho eu e a Camile começamos a cantar as músicas que tocavam na rádio. Posso dizer que essa noite foi uma das mais divertidas na minha vida e espero ter vários outras vezes.

Após ter deixado a Camile na casa dela, eu e o Diogo fomos para casa. Novamente fiquei em silêncio, pois ainda era difícil ficar perto dele e não me lembrar daquele corpo sem camisa. Qual é o meu problema?!

Não demorou muito tínhamos chegado em casa, então eu tirei o cinto de segurança e saí do carro. Ao pisar os meus pés lá dentro, fui direto para o meu quarto. Eu queria ficar o máximo possível longe do Diogo para ver se os meus pensamentos voltassem ao normal. Mesmo sabendo que moramos na mesma casa e ficamos quase vinte e quatro horas perto um do outro - literalmente -, eu tinha que manter a cabeça no lugar, antes que eu enlouqueça, pensei.

A Herdeira da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora