La Única Manera De Olvidar Sus Problemas

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Ola Personas! Esse era o quarto da Lena antigamente, mas foi redecorado pela Alita, que está dormindo lá agora ;)

ALITA

Quando eu acordei no outro dia estava me sentindo melhor, mas ainda podia sentir uma dor no meu corpo por causa daquela cadeira. Uma pouco grogue, olhei para o relógio em cima do meu criado-mudo e vi que era 6:45 da manhã. A minha aula na faculdade começava às oito, então eu só tinha uma hora e quinze minutos para me arrumar. 

Devem estar se perguntando, como eu consigo pensar em ir para faculdade um dia depois de eu ter sido sequestrada. Bem, eu não podei deixar que essas coisas me tirem o único modo de me faz esquecer de todos os meus problemas. Quando eu escolhi fazer faculdade, decidi vir pra cá, pois era a único jeito que eu poderia viver longe dos negócios da minha família, sem ninguém saber quem eu sou.

Sim, ninguém sabe que eu sou filha dos chefes da máfia da Espanha e espero que ninguém saiba por um bom tempo. O sobrenome Santiago é suspeito por aqui antigamente, mas depois de anos acabou de tornando comum. Então, quando eu falo o meu sobrenome, ninguém fica tirando conclusões precipitadas ao meu respeito - mesmo que estivessem certos em pensar. 

  Ao terminar de me arrumar, olhei para o relógio novamente que era 7:15 da manhã. Até que eu me arrumei rápido, pensei, então, peguei a minha bolsa e sai do quarto. Ainda não estava acostumada em ver um monte de pessoas naquela casa, pois meses atrás só era eu e mais alguns empregados que moravam aqui. Mas, enquanto os meus pais estivessem aqui, eu sabia que seria assim.

_ Bom dia, srta. Santiago - falou dona Benta. - Fiz aquele bolo que você tanto adora.

_ Obrigada, dona Benta - falei sorrindo. - Eu estou morrendo de fome.

Me sentei na cadeira e comecei a me servir do bolo de café que a dona Benta tinha feito.

_ Está preparada? - perguntou ela. - Hoje que volta as suas aulas na faculdade.

_ Sim, nem dá para acreditar que eu já estou segundo semestre do meu curso de fisioterapia - eu disse me lembrando de quanto eu era caloura meses atrás.

No início, eu não sabia qual curso eu iria fazer. Mas, quando eu escolhi fazer fisioterapia, eu logo me apaixonei pelo assunto. 

_ Bom dia - disse minha mãe ao se sentar a mesa.

_ Bom dia - falei.

_ Bom dia, sra. Leone - logo depois dona Benta se retirou, sem falar mais nada.

Que estranho, pensei.

_ Como você está, minha filha? - minha mãe me olhou preocupada. - Dormiu bem?

_ Feito um pedra - eu disse dando um gole no meu suco. - Melhor do que ela aquela cadeira que fiquei amarrada.

_ Sinceramente, eu estou surpresa em ver você conseguir agir com essa tranquilidade, depois do que aconteceu - falou a minha mãe. - Quando eu fui sequestrada pela primeira vez, eu tive pesadelos depois.

_ Acredite, eu não estou tão tranquila assim - falei. - Mas eu não posso ficar trancada no meu quarto, com medo de ser sequestrada outra vez, não é mesmo.

_ Sim, é verdade - concordou ela. - Bem, mudando de assunto de assunto, quando você terminar o seu café é para ir ao escritório. Seu pai quer conversar com você.

Eu não gostei de ouvir aquilo, pois algo me dizia que era uma coisa bem séria que ele queria conversar comigo. Então, ao terminar o meu café minutos depois, saí da mesa e fui até o escritório. 

Porém, na hora que eu ia bater na porta, acabei hesitando um pouco. Eu sentia como se estivesse na Espanha novamente, onde o meu pai só chamava em seu escritório quando eu fazia alguma coisa errada. E, nesse momento, eu não faço a mínima ideia do que se tratava o assunto que ele queria falar comigo.

_ Pode entrar - disse o meu pai assim que eu bati na porta.

_ A mãe falou que você queria conversar comigo - falei me sentando na cadeira em frente a sua mesa.

_ Sim - ele respirou fundo. - Eu vou direto ao ponto, você não poderá ir mais para a faculdade.

_ Como é? - perguntei exaltada.

_ Calma, é só por um tempo - falou meu pai. - Infelizmente, um dos homens que te sequestraram ontem conseguiu fugir e até encontrarmos ele, você não poderá sair de casa.

_ Você não pode   estar falando sério! - falei indignada. - Hoje começa o segundo semestre do meu curso e batalhei muito para isso. Não vou parar de estudar por causa de um...

_ Você não entende! - meu pai aumentou a voz, mas isso não me intimidou. - Esse homem te sequestrou e não se importará em te sequestrar de novo. 

_ Ele será um burro se fizer isso de novo - me levantei. - Agora, se você me dar licença eu vou para a faculdade e você não me impedirá!

Eu não iria permitir que o meu pai me proibisse de ir para a faculdade, pois era um dos pontos que me fazia esquecer de todos os problemas relacionado aos negócios da minha família. 

_ Espera - disse ele antes que eu saísse do escritório. - Tudo bem, você pode ir - ele se levantou -, mas só com uma condição.

_ Qual? - perguntei preocupada com o que ele iria dizer.

Ele passou por mim e saiu do escritório. Sem entender, o segui até lá fora e vi ele conversando com o Carlos, um dos capangas mais antigos do meu pai.

_ O que vocês estão conversando? - perguntei chegando até eles.

_ Carlos será seu segurança hoje - disse o meu pai. - Ele vai garantir a sua segurança enquanto estiver na faculdade.

_ Não pode estar falando sério - falei nervosa.

_ Você sabe que eu não brinco em situações como essa - disse o meu pai em tom sério. - Está combinado, ele será o seu segurança.

_ Mas...

_ Isso ou você não irá para a faculdade - interrompeu ele. - Você que escolhe.

Respirei fundo, antes que falasse algo que ma arrependesse depois. Eu não queria ir para faculdade com um segurança na minha cola, mas se eu não aceitasse o meu pai não deixaria ir. Entendendo que ele só está querendo me proteger, mas naquele momento, estava me sentindo como se eu estivesse na quarta série novamente, onde o meu pai sismou de contratar seguranças para mim. Naquela época eu não gostei disso e ainda não gosto.

_ Tudo bem - eu disse sem nenhum pingo de ânimo. - Então é melhor nós irmos agora porque eu estou quase atrasada.

Sem falar mais nada saí de casa e esperei o Carlos lá fora. Não demorou muito, ele tinha aparecido, então entramos numa BMW que estava estacionando logo em frente.

_ Eu sei o que você está pensando - disse Carlos durante a viagem.

_ Sabe é? - falei com o mesmo tom de antes.

_ Eu te conheço desde que você era um bebê e percebi que você sempre faz a mesma cara quando está chateada - observou Carlos. - Mas quero que você pense que o seu pai só está fazendo isso para te proteger.

_ Eu sei - falei sem desviar os olhos da janela. - Eu estou ciente disso desde que eu nasci.

Depois disso não falamos mais nada.

A Herdeira da MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora