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        Tudo que aconteceu naquele dia me assusta até hoje saber que o miserável no Victor fez com Colombiano, minha vida mudou completamente depois daquele dia, tento me manter forte, mas as noites me acabo em lágrimas, por saber que o homem que eu escolhi para viver a minha vida está morto.

        Entro no hospital e todos ali já me conhecem até por que todos os dias eu apareço por aqui, vou te contar tudo que aconteceu naquele dia,  Victor iria atirar em Colombiano e eu já não tinha mas bala, eu iria ver o amor da minha vida morrer na minha frente e não conseguiria fazer praticamente nada,  quando ele mirrou no coração de Caio Hugo apareceu e atirou no braço de Victor, só que a merda já estava feita, Victor tinha atirado no meu homem, os meninos chegaram imobilizando Victor e corri até meu amor e o vi morrendo aos poucos, o brilho no olhar que tinha ali já tinha ido, levamos ele ou hospital e descobrimos que meu amor ainda não tinha ido completamente e que o tiro não pegou no coração, mas que por muito pouco ele iria nos deixar, ele entrou de coma e a polícia o prendeu mesmo em coma, pra falar a verdade ainda não desligaram os aparelhos por que eu ainda insisto muito nisso, todos ainda insistem. Meu coração ainda insiste que ele está ali e que vai voltar, hoje faz cinco meses  que o coração do nosso Guilherme bate dentro de mim, quando descobrir que nosso filho estava vindo chorei horrores, ele merecia saber que o herdeiro dele viria em poucos meses, Hugo fez questão de fazer um baile e dizer que tudo ali ainda era dele e que ele era e sempre iria ser o dono daquilo tudo.

    — Meu amor! - digo assim que entro no quarto e o vejo todo intubado e com uma algema no braço,  como se ele fosse simplismente levantar e ir embora!

   — O nosso Guilherme toda vez que entra aqui chuta muito forte, como se sentisse sua alma! - digo me sentando ao seu lado - sabe o que aconteceu? Essa semana uma das meninas deram em cima de Hugo e Catarina não gostou e raspou a cabeça dela! Já estou até vendo o dia em que isso acontecer comigo! Acredita que a menina do JP nasceu! Bem saudável graças a Deus! Eu até brinquei que o Guilherme iria namorar ela já que eles vão ter poucos meses de diferenças!

     — O meu amor! Por que você não acorda! - pego sua mão e coloco na minha barriga onde nosso bebê mexe descontroladamente.

    — Vou só tomar um café e já volto! - digo dando um beijo em sua boca e saiu do quarto vendo o delegado na minha frente.

    — Precisamos conversar Ana Gabriella!  - diz sério me olhando.

    — Podemos ir até a cantina! - digo já caminhando, chegando lá peço um café e algumas bolachas, nos sentamos e ele me encara.

     — Você sabe que seu marido está preso! Mas entramos na justiça e conseguimos uma liminar para desligarmos os aprelhos, uma por que não podemos manter um polícial aqui, e segundo por que ele não vai mas acordar! - diz e me encara.

     — Vocês não podem fazer isso! Eu sou a mulher dele! Eu desido quando desligarem!  - digo já nervosa.

    — Só estou avisando por que vamos fazer isso hoje mesmo! - diz e me assusto.

    — Como? - pergunto horrorizada!

     — Sim vamos desligar hoje mesmo!! - diz e se levanta  e fico estática,  não sei quanto tempo passou só me dou conta quando a conversa passa pela minha cabeça várias vezes e do ai me dou conta que estão matando meu marido, o pai do meu filho!

       Me levanto correndo e correndo passo pelo corredor muitas pessoas se assustam mas paro quando vejo algumas pessoas na porta do quarto, sinto lágrimas descendo no meu rosto,  caminho lentamente até a porta e vejo o médico mexendo nos aparelhos é só ai me bate o despero e tento a todo custo entrar no quarto, mas um policial me segura e meu mundo para quando eu ouço o bipe para completamente e o coração do pai do meu filho para completamente.

     Caiu no chão chorando muito, meu corpo soluça e não sinto mas meu filho mexendo, pessoas passam por mim e o médico me olha com um olhar de pena e fala "sinto muito"! E sai do quarto.

     Me levanto e caminho até a cama e pego na mão de Caio que estáva quente e levo até meu coração.

     — Se eu pudesse escolher! Escolheria morrer no seu lugar e nunca sentir essa dor que está no meu coração!  - digo e do um beijo em sua boca e me vira pra sair do quarto, choro e não sinto mas o chão nos meus pés,  caminho até o lado de fora e pego um táxi destroçada, quando chego na favela quem está me esperando e Hugo.

       Ele nunca pode ir até o hospital por ter polícia lá por que se não não sairia do lado de Caio, quando vou fazer visita ele que me leva e busca mas hoje tinha algumas coisas pra resolver, até por que ele cuida do Morro.

     — Como meu mano está? - pergunta já com o semblante triste por me ver chorando.

     — desligaram Hugo desligaram! A polícia!  - choro e ele enche os olhos de lágrimas e me abraça!

    — Isso não vai ficar assim neguinha!  Não vai mesmo! - diz chorando junto comigo.

     — Hugo o que eu vou fazer agora! Meu filho nem conheceu o pai! - digo chorando e entrando no caro de Hugo.

     — Vamos dá um jeito neguinha! Eu vou vingar meu irmão de fé! 

       Quando chegamos na casa que era de Caio e Catarina está lá com a irmã de Hugo, quando falo Catarina chora copiosamente e Hugo a abraça, senti e fico me lembrando o quanto a gente estava bem e o quanto ele estava de bem com a vida quando estávamos no Morro de JP.

      Assim que JP chegou com Thayla eles me consolaram e eu chorei muito, não estava com fome nem sede, tudo que eu queria era meu Colombiano ali comigo feliz por as iriamos ter um filho lindo e saudável, mas meu mundo tinha acabado. Meu mundo tinha acabado totalmente.

A Mulher Do Chefe #02 - Série Os Chefões Onde histórias criam vida. Descubra agora