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*Ana Gabriella Narrando*

Estavamos descendo pra praça, a senhora que ficou com as crianças tinha ido pra lá e já queria pega meu Gui e o mimar muito, colombiano falava no rádio a todo estante, o que parece que ainda não deu fim para Aaron, de longe vejo meu filho no carrinho e a senhora ao lado, caminho mais rápido e já o pego do carrinho e o beijo me sento em um banco e ficamos conversando em quanto as crianças brincavam, algumas horas mais tarde já estava escurecendo quando Thayla catou as duas filhas e se foram, deixando JP pra traz, eles estavam em reunião e não sabia o que estavam conversando.

Vi uma movimentação estranha na escadaria e olhei vendo uma cabeleira loira e logo reconheci, era minha irmã, ela estava com um short e um top e seus cabelos estavam bem bagunçados e estava descalço, pego Gui e caminho rapidamente até ela, um vapor segura ela pelos braços e diz algo que a faz se afastar e arregalar os olhos.

- O que está fazendo menor? - pergunto e ele me olha assustado.

- Essa doida disse que precisava subir! Só que chefe disse que não era pra deixar ninguém subir, nem se fosse gostosa! - disse olhando ela de cima a baixo.

- Ela e minha irmã pode deixar ela subir! - digo e ele me olha e abaixa a cabeça.

- Desculpa patroa foi mal aí! Não sabia mesmo! - diz e deixa ela passar.

- O que faz aqui e desse jeito? - pergunto e ela me olha assustada!

- Invadiram a nossa casa, meu pai não estava lá, mamãe deixou um bilhete dizendo que foi pra Itália, estou sozinha, quando vi que estavam invadindo sai pela escada de emergência! - diz chorando - Eu não sei o que fazer!

     - Preciso que fique calma! O colombiano pegou seu pai! Ele estava tentando matar o colombiano! E a mim! - digo e ela chora mais!

      - Meu pai envolvido com tráfico de drogas? - diz me olhando - você tá de brincadeira?

      - Não! O colombiano tá com muita raiva! Acho melhor você ir pra Rocinha a Thayla vai te ajudar! Vou ligar pra ela! Você aqui enfrentando o colombiano não vai presta! - digo e pego meu celular.

     - OLHA O QUE VOCÊ TA FALANDO? ELE E SEU PAI! COMO PODE FICAR AINDA COM UM CARA QUE VAI MATA SEU PAI? VOCÊ É PIOR QUE ELE! - grita e me empurra.

      - Ele nunca foi e nunca será meu pai! Ele e um monstro! Vou ligar pra Thayla! - digo discando.

      - Não precisa! Vou ficar longe de você e sua família perfeita! Só espero que um dia o colombiano não acabe com esse conto de fadas que você criou! - diz e se vira descendo o morro rápido!

         Ela era filha do monstro mas nunca deixaria ela na rua!

     - Menor! Segue ela e ver se ela vai ficar bem! - digo para o vapor que estava do outro lado da rua me olhando.

        Gui tinha dormido no meu colo então chamo a senhorinha que cuidava dele e fomos pra casa.

         Colombiano narrando......

       Tudo que eu queria naquele momento era voltar pra a minha mulher é tentar esquecer um pouco de tudo que vivemos nos últimos meses.

    — Então o que você vai decidir? A gente só está esperando uma única palavra e vamos acabar com ele! - diz JP me olhando.

     — Faz o que vocês quiserem! Vou voltar pra minha mulher e meu filho! - digo me levantando.

     — Então pode deixar que irei fazer o trabalho completo! - Carlos Henrique fala sorrindo e some porta a fora com JP

     Continuo sentado pensando em tudo que se passou, agora quero só ficar de boa e fazer um irmãozinho para o Gui.

   Sou tirado do meu desvaneio por menor que entra com tudo na minha sala.

     — Que foi menor? - pergunto

      — A irmã da patroa tava aqui agora pouco! Mas elas tiveram uma discussão e a loira saiu doida! Patroa mandou eu ir atrás mas perdi a locona de vista! - diz tudo bem rápido.

    — Só localiza ela e depois passa as informações pra mim! - digo me levantando.

     — Certo chefia! - diz e sai.

       Tenho uma leve impressão que só vai me trazer problema!

       Subo na minha moto e saiu arrastando, só quero chegar em casa e ter uma noite maravilhosa com minha mulher. Estaciono na minha garagem e entro em casa assim que piso dentro ouço Guilherme chorar, subo as escadas correndo e paro na porta e vejo Ana balançando ele pelo quartinho dele.

     — Calma filho! A mamãe não sabe mas o que fazer! Calma! - diz beijando Gui que não para de chorar.

      — O que houve? - pergunto da porta.

     — Gui chegou quentinho da rua, então dei uma banho nele e desde então não para de chorar! - diz ela com os olhos cheios.

     — Não quer levar ele no posto? - pergunto.

     — Não sei! Calma filho! - diz beijando Gui que continua chorando.

     — Vem cá filho! - digo pegando ele que vem, beijo sua testa e aperto sua barriguinha e ele geme mais. — Acho que ele tem dor de barriga!

      — Então vou fazer um chá pra ele! - diz ela descendo correndo.

      — Ei filho vai com calma com a mamãe! Ela ainda tá aprendendo! - digo colocando ele com a barriguinha no meu peito.

      Caminho com ele até o quarto, vou pro banheiro e coloco a banheira pra encher, volto pro quarto e tiro minha roupa e a sua e volto ao banheiro, entro na banheira e coloco ele deitado no meu peito e ficamos quietos, ele se acalma e começa a cochilar, esse e meu garoto!

     — Caio! Caio cadê você? - grita Ana depois de alguns minutos.

    Ela entra no banheiro e suspira.

     — Pensei que tinha saído! - diz e senta na beirada da banheira, passa a mão nas costas de Gui que geme mas não acorda.

      — Ele tá bem mais calmo! - digo beijando sua testa.

      — Não sou uma boa mãe né? - me pergunta.

      — Claro que não! Você e ótima, só está aprendendo e isso e super normal, já que e seu primeiro filho! - digo sorrindo pra ela.

     — Quero ser uma ótima mãe, e que Gui nunca tenha dúvida que eu o amo! - diz olhando para a mamadeira com o chá dentro.

    — Ele vai saber pode ter certeza! Que chá e esse? - pergunto.

     — erva doce! Minha irmã mais velha dava aos filhos dela! - digo sorrindo.

     — Humm!  Não vai matar meu filho! - digo saindo da banheira e enrolando Gui em uma toalha fofinha

     — Claro que não!  Nunca faria isso! - diz pegando Gui, enquanto caminho para o box.

A Mulher Do Chefe #02 - Série Os Chefões Onde histórias criam vida. Descubra agora