Capítulo 32

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Depois da decisão tomada, o contingente inimigo depressa foi contido e o transportador  apreendido.

Perante os nossos olhos estarrecidos vimos os DarkWhites se suicidarem quando perceberam que não haveria mais qualquer hipótese de escaparem. Embora a perda não fosse grande, já que sabíamos que nenhum deles poderia nos fornecer informações nas quais nos pudéssemos confiar, não deixavam de ser vidas que estariam para sempre perdidas. Para além de não pudermos aprofundar o nosso conhecimento acerca desta espécie com uma capacidade tão grande para o mal.

Manobrar o transportador foi uma grande aventura em si mesma. A tecnologia utilizada pelos DarkWhites era completamente diferente da usada pela aliança. Mas o melhor manobrador da frota, como lhe chamou o meu companheiro de vida, não se deixou vencer por essa máquina maldita, em pouco tempo estávamos a caminho da fortaleza onde deveríamos ter o encontro final com o nosso inimigo.

Sabíamos que a nossa chegada seria ouvida a quilometros de distancia, mas não tínhamos outra solução se queríamos impedir que a primeira pedra para o fim do universo como o conhecíamos fosse hoje lançada. Se um contrato de venda do planeta saísse assinado... nada mais poderíamos fazer para impedir a sua posse. Mesmo sabendo das mãs intenções dos  DarkWhites, não poderíamos alegar que este povo tinha um plano para derrubar o universo, especialmente sem provas e quando a aquisição do planeta tinha tido lugar de forma pacifica.

Quando chegamos a fortaleza  não se via viva alma. Conseguimos pousar no patio central sem nenhum problema e depressa saimos a procura do nosso inimigo. O meu companheiro no entanto não me deixou partir sem antes me agarrar pelo braço e murmurar baixinho.

-Fica sempre atrás de mim...irei proteger-te a qualquer custo..e por favor não te armes em heroina  porque eu não saberia viver sem ti .- Dizendo  isso agarrou-me beijou-me profundamente, o que obrigou parte do nosso contingente a desviar os olhos tal a paixão que vibrava de nós.

Como pedido segui atrás dele e aventuramo-nos no patio deserto. Sabiamos que eles estavam escondidos e já contavamos com as primeiras rajadas de tiros que deveriam nos acolher logo que saissemos da proteção da nave...mas nada aconteceu...Mesmo nada ...

O silencio profundo...a imobilidade total ... foi o que nos recebeu...por um instante pensamos que tinhamos sido novamente enganados. Vi refletido nos olhos dos nossos homens a mesma expressão perplexa de incompreenção.

 Será que não os iriamos encontrar nunca? Será que este povo era tão escorregadio, tão matreiro que nunca teriamos qualquer hipotese de os derrotar? Não queria acreditar nisso. O mal nunca deveria derrotar o bem, mesmo que isso parecesse praticamente impossivel.


Nesse momento vi...vi o que iria acontecer...

-Correm...- Gritei. O meu companheiro de vida de vida ainda hesitou mas vendo a minha expressão aflita, renovou a minha ordem.

-Correm...

A sua voz de comando teve um efeito que a minha não tinha conseguido e vi todos correrem em direcções diferentes para longe do transportador aéreo, instantes depois um som estrondoso de algo chegando se fez-se ouvir antes de atingir a aeronave que se explodiu perante nos.

Tudo se passou numa fracção de segundos...se tivessem demorado um nano segundo mais estaríamos mortos. A minha corrida desenfreada levou-me a entrada principal do edifício, logo atrás do meu companheiro que não perdendo tempo a empurrou, abrindo-a sobre um soberbo hall de entrada onde fomos acolhidos pelas primeiras rajadas de tiros aos quais respondemos imediatamente procurando ao mesmo tempo um abrigo para nos protegermos, o que encontramos atrás de um armário de canto.Saquei da minha arma e comecei tambéma  atirar sem saber muito para onde apenas guiada pelo instinto.

O meu companheiro conseguiu eliminar os que se encontravam escondidos atrás das grades das escadas, enquanto os outros depressa eliminaram os restantes. 

A casa ficou silenciosa, ouvia-se lá fora o barulho do conflito que se desenrolava, mas aqui ...nada. O meu sexto sentido dizia-me que algo estava para acontecer mas o tempo corria e nada se passava. Com um sinal de mão do capitão Kirk, os seus homens sairam dos locais onde tinham encontrado abrigo e dois a dois dirigiram-se as portas que se encontravam em diversos cantos do hall espalhando-se e explorando os arredores.

- Temos absolutamente que encontrar o documento. Ele deve estar onde o meu pai estiver. Procurai-o e só voltem a minha presença quando o tiverem.

Ouviram-se uns "sim chefe" dos quatro cantos da sala.

E nesse momento senti novamente aquela estranha sensação, e somente tive tempo de levantar a minha arma e aponta-la na direção de onde eu sabia que viria o perigo. Um nono segundo depois disparei e matei o meu primeiro ser vivo. A dor que eu senti foi profunda e quase dilacerante. Aquele ser que jazia aos meus pés e a quem eu tinha esvaziado de sua essencia era un elemento essencial do universo e por minha causa já não era...pelo menos não nessa fora energética, e não que isso pudesse apaziguar o sentimento de culpa que me tinha invadido.

Apesar da dor foi obrigada a seguir en frente, quando o meu companheiro me pegou pela mão que apertou delicadamente e me fazendo seguir atrás dele, mas não sem antes dizer. 

-Eu sei...

Por estranho que pudesse parecer encontrei conforto nessa afirmação. Ele realmente sabia o que eu sentia, e saber que poderia partilhar com ele até o mais infimo pensamento poderia para outros representar uma ameaça mas para mim significada partilha, compreenção, aceitação. E i

Depois de ver o capitão seguir sozinho por uma das portas que se encontrava a nossa direita, decidimos enveredar por aqula que se encontrava a esquerda.  Percorremos um corredor que parecia não ter fim. O meu companheiro foi abrindo todas as portas que se  ofereciam a nos a  medida que o percorriamos, mas nem viva alma encontramos.  Chegamos a cozinha, uma peça imensa que dava claros sinais de ter sido usada recentemente por um numero infidavel de individuos.  Prato com restos de comida , copos e jarros vazios se espalhavam sobre mesas compridas. Nos fogões panelas ainda fumegavam. 

-Ou foram embora ou se esconderam. Que achas?

-Estão cá. - Afirmei convicta.- Sinto a presença do mal nesta casa!- Nada podia ser mais verdade e a medida que nos tinhamos aproximados da cozinha essa sensação tinha vindo a aumentar gradualmente.

- Mas onde? 

-Ali! - Apontei para um armario. O capitão atravessou a porta da cozinha, acompanhado por aluns dos seus homens, e ao ver-nos ali sozinhos depressa deduziu.

- Também não encontramos ninguém!! Eolha que percorremos tudo e aparte alguns guardas que depressa eliminanos não encontramos sinais de nenhuma das força enimigas. Será que nos enganamos?

-Não!! Eles estão aqui! Essas criaturas são manhosas, eu sinto que elas estão aqui escondidas ...a nossa espera.

-Mas onde? Já corremos tudo.

Com um sinal da cabeça indiquei-lhe o mesmo armario que a pouco apontava ao meu companheiro. O capitão Kirk não duvidou um instante da minha firmação e mandou um dos seus homens chamar reforços. Enquanto isso ele e o meu companheiro aproximaram-se do armario e depois de o observar descobriram que ele se encontrava assente em cima de rodas e devagar o foram afastando até que uma abertura na parede apareceu a nossa frente seguida de uma escadas que pareciam desaparecer na escuridão. Tinhamos encontrado a cave e era lá onde eles se encontravam escondidos.










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