Capítulo 33

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Passámos pela porta e descemos as escadas que se apresentaram a nos. Vinte degraus ...contei-os enquanto seguia devagar no meio desses bravos guerreiros que eram os homens do meu companheiro. Eles estavam a lutar por uma causa que não era a deles, por um planeta ao qual não pertenciam, preparados para sacrificar a vida por um povo do qual nada conheciam.

Embrenhada nas minhas divagações quase não percebi quando as escadas acabaram sob os meus pés e começamos a seguir atravês de um corredor escuro, estreito, humido e interminavel.

Definitivamente não estavamos na cave.

-Kirk faz idéia onde esta passagem vai nos levar?

-Não faço idéia, sei que vai parecer estranho mas eu nunca soube que havia uma passagem na cozinha.-A cara dele mostrava um verdadeiro desalento.- Desde a separação dos meus pais pouco convivi com o meu progenitor e,embora o viesse visitar muitas vezes, nunca ficava por muito tempo. Certas zonas da fortaleza, como a cozinha, nunca despertaram o meu interesse. Hoje arrependo-me de não ter sido mais chegado ao meu pai, se assim fosse nunca o teria deixado chegar até esse ponto...vender o nosso planeta ...nem acredito que ele tenha feito tal coisa....

-A culpa não é tua ...Acredito que ele tenha tido alguma razão para isso.

Enquanto o meu companheiro conversava, o corredor se estreitava a nossa frente até que apenas permitisse a passagem de uma pessoa de cada vez.

-Temos que ter cuidado...quando sairmos desta passagem ....seja lá onde e daqui a quanto tempo for, mantêm-te bem protegida atrás de mim. Esta passagem tão estreita foi feita de forma a que quando sairmos, cada um de nós se torna um alvo facil. - O meu companheiro colocou em voz alta o que eu já receave em ouvir.

-Kirk os seus homens teêm algum tipo de escudo para se protegerem? Se não tiverem o meus homens passarão a frente paras os protegerem.

- Não se preocupe, os nossos fatos prevêm todo tipo de equipamento extra, nomeadamente um escudo de energia.

-Perfeito... porque acho que vamos precisar deles! Eles não se teriam dado ao trabalho de nos obrigar a passar por aqui se não estivessem a nossa espera no final deste tunel.

Ninguém falou ....não era necessário...todos nos sabiamos quem eram os "eles" aos quais ele se referia. A parte do meu companheiro e do Kirk ninguém ousava falar e o resto do percurso foi feito no mais profundo silencio.

Uma luz ténua começou a despontar pequena...apenas vizivel no inicio para pouco apouco se tornar quase incandescente após os minutos, que me pareceram interminaveis, passados na quase escuridão. Os passos dos guerreiros que seguiam a nossa frente acabaram finalmente por para a escassos metros da saida. Kirk por gestos indicou-lhes que deviam activar o escudo de protecção e finalmente deu o sinal para avançar.

Vi todos sairem a minha frente e procurei dentro de mim uma indicação, uma premonição ou uma visão ...e o que vi só me trouxe mais confusão...vi luz...uma explosão de luz e muito poder ...

Nenhuma visão poderia me ter preparado para o que vi a seguir. O primeiro passo que dei para o exterior daquele tunel, foi o passo que mudou para sempre a minha vida.

No primeiro momento, a luz forte do dia, desaparecida dentro daquele tunel por tanto tempo,ofuscou os meus olhos e fiquei cega por aquilo que me pareceu uma fracção de segundos. Qaundo a minha capacidade de ver voltou o que eu vi foram armas....todas elas apontadas a nós. Empunhadas por pessoas que pareciam ainda mais assustadas de que nós, mas que não deixava de ser um pequeno exercito.

 A gente deste planeta aquela mesmo que pretendiamos proteger estava ali parada de armas em punho, homens, mulheres, jovens menos jovens....nenhum gerreiro...apenas pessoas...kolomanos e...todos sem excepções estavam armados ...preparados para nos enfrentar, mas o que mais me impressionou foram as expressões daquelas caras...assustadas mas determinadas...podiamos ver que estavam preparadas para tudo até para morrer.

Passados alguns segundos sem que nenhum dos lados fizesse qualquer movimento, Keirk avançou devagar cabisbaixo, desanimado, podiamos ler claramente nas linhas do seu rosto o que se encontrava na alma e no semblate de todos, estufação. Tinhamos estado preparados para tudo menos para esse claro disposicionamente a favor do enimigo. Esperavamos encontrar um exercito  de inimigos e o que restava do seu povo acorrentado ou no minimo num estado de submissão e nunca este exercito preparado para nos enfrentar, ele colocou em voz alta  o que todos nos nos perguntavamos.

-Porquê?

O que parecia ser o mais velho começou a afastar-se, movimento rapidamente seguido por todos os outros e sem palavras a razão de tal atitude totalmente incompreensivel foi nos desvendada.

Eles protegiam um bem precioso...No seu seio podiamos ver o verdadeiro inimigo, não mais do qque dois punhados deles...mas cada uma segurava uma criança, até mesmo bébés que choravam baixinho assustados com armas apontadas as suas cabeças.

Chorei por esses pais....era uma maldade sem fim que eu via a minha frente. Os blackWith usavam o bem mais precisoso desses entes para obrigalos a obediencia. Podia ver nas suas faces a frieza e a total falat de remosrsos. Sabia que se fosse necessário eles matariam sem qualquer sinal de piedade esses seres inocentes. A brancura das suas peles cada vez mais translucida aos meus olhos  cada vez mais se parecia com a textura fria e sem vida das estatuas que existiam somente ...não transmitindo nenhum sentimento. 

-Nos ajudar...nos poder ....nos defender bébés...- A voz pequena mas cheia de força de Ephy se fez ouvir.

-Como...

-Luz...a tua luz 

Não sabia do que ela falava, a minha espécie tinha varios poderes mas os que me tinham sido confiados eram somentes os da essência...as do ar pertenciam a outra casta.

-Não essa luz ... a alma ...a luz da alma 

Percebi então o que ela me quiz dizer...

-Mas não consigo ...eles são muitos ...

-Eu ajudar-te ...Ephy ajudar-te sempre ...-e sem mais ela saltou para o chão e subiu rapidamente para o ombro de Anton a quem sussurou algumas palavras que o deixaram obviamente transtornado. Vi-o no entanto acenar em sinal de assentimento para depois depositar um leve beijo na penugem delicada dessa criatura divina que se tinha tornado minha amiga em tão pouco tempo. Estranho vê-la rolar pelo chão ...aparentemente insignificante...

Ela voltou para a minha beira e fixando-me  perguntou ...

-Pronta?

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