Universo sem fim ( completo)

Capitulo 23

Anton saiu da sala depois da cerimonia sem saber o que pensar. Não conseguia chegar a nenhuma conclusão.

Ele tinha  consciência de que o universo guardava muitos segredos, mas  apesar de ter percorrido uma parte considerável do firmamento nunca tinha visto ou descoberto nada que o deixasse tão surpreendido como tinha ficado com o que tinha acabado de presenciar.

Durante as  diversas viagens nas quais tinha participado, ele  viu coisas com as quais nunca tinha sonhado. Seres que conseguiam mover coisas com as mãos, outros respirar debaixo de agua ou até mesmo voar. Mas até agora nunca tinha visto nada parecido com o movimento de luz e energia que acontecia na cerimonia de casamento dos Atalayanos.

Varias ideias martelavam na sua cabeça e uma delas era recorrente. Será que os povos com os quais tinham convivido nestes últimos anos também escondiam segredos como estes?

Será que este era o único poder que possuíam os Atalayanos ou pelo contrario, muito estava a ser escondido?

Este foi o momento em que a bolinha de pelo cor de rosa do capitão decidiu gemer mais uma vez e sair do bolso do meu fato onde tinha se escondido durante os momentos finais da cerimonia. Anton tentou ser o mais delicado possível quando a tirou de lá e a levou até ao nível do seu olhar. Os olhos pequeninos de um verde intenso do pequeno animal pareceram captar a alma do jovem oficial, e se apoderar do seu ser. Anton por uma razão para ele desconhecida decidiu,  nesse preciso momento defender, ao custo da sua própria vida se fosse preciso este ser que para ele revestia uma beleza extrema. 

Sem demora voltou para a sua câmara e cuidou da bolinha de pelo que não mostrava nenhum sinal de se encontrar ferido e cujos gemidos pareciam se terem acalmado, o que não deixava de ser estranho.

Já quando se encontrava deitado com a bolinha encostada a sua cara, Anton relaxado disse:

-Boa noite, princesinha...

-Oa noite ton...

Anton saltou automaticamente do seu leito e procurou todos os cantos da sua câmara tentando saber de onde a voz tinha vindo. Após escassos segundos verificou que estava sozinho e desalentado voltou a deitar-se e novamente a bolinha de pelo se enroscou nele.

-Poque saiste da nana, Ton?

Foi só necessário um nano segundo para que ele finalmente entendesse....

- Como é possível que fales?- Perguntou olhando para o pequeno animal, estarrecido com a descoberta.

-não falo Ton! Não da foma que vocês  fazem ...acho que falo na tua cabeça e só tu entendes.

- Falavas com o capitão?

-Tentei, mas ele não repondia...deve queler diser que ele não me ouvia....-Não pude deixar de notar a  tristeza na sua voz perante tal facto.

-E como é que EU te consigo ouvir?

-Não sei!  falei e tu ouviste...

-Ok!não é a melhor resposta do mundo mas vou ter de me contentar com ela...não é?

-sim...

- Suponho que agora vais me dizer como te chamas?

- Não tenho nome...nunca pecisei...apenas sou eu...

-Nunca precisastes? Os teus amigos e família, como te chamavam eles?

- Não tenho família ou amigos...

-Mas como pode ser isso?- Notava-se claramente toda a incredulidade de Anton na sua voz.

- Não sei...num momento não existia e no outo ...

-Mas sabes te comunicar, quem te ensinou?

- Ninguém ...O que sei, existiu comigo....sei que sou uma efhinael e que fui quiada para combaté os darKwhite e que tu e o capitão vão me ajudar nisso e que a atalayana também tem um papel impotante...ela salva nos - Nesse momento ela parou.

- Quem são esses darKwhite? Nunca ouvi falar deles.

- Meus inimigos, claro!!

-E porque são teus inimigos?

-Poque vieram para destuir o universo como o conhecemos e tenho que combate-los...não posso deixa que eles matem tudo...não posso... seria muito cuel...tenho que combate-los...mata-los...- A bolinha de pelo estava a ficar furiosa como se o simples pensamento da existência desses seres fosse ofensiva para ela, a agitação da sua voz era patente e precisava acalma-la.

- Calma efhi, se esses seres são assim tão maus prometo que me junto a tua causa para combate-los.

-Eu sei que vais, estas destinado a fazê-lo...não tens scolha, eu também não tenho scolha, temos que fazé isso....estas destinado a ajuda-me...- ela não parava de repetir o mesmo e tive de acalma-la, não sabia porquê mas tinha que protege-la.

-OK, não te preocupes efhi, quando chegar a hora estarei contigo.- As palavras pareceram ter o efeito pretendido e a bolinha de pelo ronronou e aconchegou-se ainda mais a Anton.

-Agora quero domir...muito cansada...tive que ajudar o capitão a viver ...muito cansativo..- Estas foram as ultimas palavras dela antes de se ouvir um suave ressonar.

Anton não sabia o que pensar de todas as revelações que efhi lhe tinha feito...quem seriam esses darKwhite que ela tinha que combater, porque é que nunca tinha ouvido falar deles?  Como é que  comunicava através da mente e como somente eu conseguia compreende-la.

Sentia que todas as certezas que até algumas horas atrás reinavam na minha vida tinham desaparecida com todos os acontecimentos da noite.

Desconfiava que muita mais coisas estavam para acontecer e que o futuro infelizmente estaria a preparar algum acontecimento importante. Não sabia como estava o capitão, se ia ficar bem ou quanto tempo ia demorar para se recuperar. Não sabia que criatura era esta que dormia junto a mim, mas sabia que ela era importante ...muito importante...

Sabia que estava casado mas agora já nem isso sabia o que isso significava.

Sabia apenas que  Kirk tinha entrado em contacto durante a nossa viagem de regresso tendo mostrado grande urgência em falar com o capitão e quando não foi possível recusou a falar com outra pessoa.  Sabia que só poderia ser importante,e esperava que o que quer que fosse pudesse se resolver mesmo sem a intervenção de capitão.