Cinco

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Capítulo revisado, 2553 palavras.

Capítulo revisado, 2553 palavras

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(Dez anos depois...)

Observo a sala de aula pela última vez. Hoje foi meu último dia neste colégio e já estou com saudades.

O meu contrato de três anos chegou ao fim, e agora eu preciso seguir outro rumo em minha vida. Ser professora foi incrivelmente gratificante. Poder mostrar para cada criança o quanto elas são capazes e que, o mundo não é apenas uma linha reta no Horizonte, existem imensas possibilidades de crescer e ser feliz.

Sou formada em artes plásticas e amo muito a minha função de educadora nessa área, mas sempre sonhei em ser reconhecida por meus trabalhos artísticos, então, tomei a decisão e finalmente poderei abrir o meu próprio ateliê.

Demorei muito tempo para conseguir tal mérito. Abrir o próprio negócio exige muitos sacrifícios, dentre eles, está sendo deixar de lado as aulas com os pequenos e, também, me mudar dessa pequena cidade do interior.

Já está tudo pronto para minha partida. Terminei a última prestação da casa, onde o meu salão para o ateliê se localiza. É um espaço pequeno, contem um salão, escritório e banheiro, mas é amplo o suficiente para mim. Minha nova casa fica em cima do ateliê, lá é um sobrado. Apenas um quarto, um banheiro, sala/cozinha e a área de serviço. Não procuro luxo nem nada do tipo, apenas quero investir na minha carreira e poder concretizar o meu sonho.

Após recolher meus pertences do armário, guardo todos os meus lápis, pincéis e cadernos na caixa, suspirando satisfeita. Eu estou me sentindo tão feliz.

Fecho a porta da sala, enquanto tento equilibrar as coisas na outra mão, mas felizmente, uma boa alma aparece para me ajudar.

— Eu nem acredito que você já está indo embora! — Sílvio - o zelador -, segura a caixa da minha mão e sorri. Ele é um senhor muito simpático e é extremamente adorado pelas crianças. Ele é o caseiro da escola.

— Nem eu, Sil. — fecho a porta e pego de volta a caixa das mãos dele — Obrigada.

Ele sorri e analisa por alguns segundos o molho de chaves em suas mãos. Assim que encontra a correspondente à sala, ele tranca sem mais delongas a fechadura.

— Vou sentir sua falta, menina.

— Eu também.

Foi difícil conter as lágrimas, mas me mantive firme. Sílvio me acompanhou até o meu carro e mais uma vez me ajudou a guardar minhas coisas.

— Que tudo dê certo, Suzana. Foi ótimo trabalhar com você.

O abraço calorosamente. Eu com certeza sentirei falta desse lugar e desse “vovô” postiço.

— Obrigada, e eu digo o mesmo. Nos veremos em breve!

Aceno para ele e Sílvio volta para dentro do colégio. Entro no carro e após fechar o cinto dou partida.

Vestígios De Uma Amizade (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora