Quatorze

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Capítulo revisado, 2886 palavras.

Assim que cheguei em casa, logo que entrei, me deparo com Fernanda no sofá

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Assim que cheguei em casa, logo que entrei, me deparo com Fernanda no sofá.

Ela me olha e sorri cinicamente - Aaah, como sinto vontade de vomitar agora.

Sigo para a cozinha à procura de Inês, mas sem sucesso; Fernanda me abraça de surpresa por trás, beijando meu pescoço. Ouço sua voz sonolenta, por estar completamente bêbada. Aquele cheiro de cerveja impregnando em meu nariz me fez sentir ânsia outra vez.

- Meu amor, que bom que chegou. E as crianças? - finalmente me soltou, se sentando em cima da mesa.

- Dá pra você sair daí? - ela cruza as pernas, me provocando, deixando a mostra boa parte de suas coxas. Mas felizmente ela não tem mais poder algum sobre mim. - Já fez suas malas? - pergunto, desviando meus olhos dela.

Passo a mão em meu rosto e em meu pescoço para tirar aquele excesso de saliva que ela depositou ao me beijar. Limpei minhas mãos com um guardanapo e as lavo.

Não posso perder a cabeça e fazer uma besteira com essa mulher.

- Ainda quer que eu vá? Não me ama? Nossa, quanto rancor por uma briguinha. - ela ria ao falar, o efeito do álcool a deixar ainda mais insuportável.

- Quero você fora daqui, e não, eu não amo você, nunca amei mesmo.

- Pois eu também não amo você! Você é um bacaca, fazia tudo que eu queria.

Essas palavras não me deixaram surpreso, pelo contrário, fiquei aliviado. Me aproximei de seu rosto, fazendo seu sorriso se desmanchar, ela ficou tensa com a minha presença, está na cara que ela ainda se intimida perto de mim. Fiquei próximo ao seu ouvido para poder dizer:

- Pois bem! então já pode ir mesmo! - me afasto e vejo a raiva em seus olhos.

Agora foi a minha vez de sorrir, mesmo não achando graça.

Subo para o meu quarto, já abrindo a porta do closet; pego todas as roupas de Fernanda e as jogo na cama: sapatos, maquiagens, perfumes, tudo mais que pertencesse a ela.

Inês estava trazendo umas roupas passadas - eram minhas -, ao ver o que eu estava fazendo, ela apenas pegou uma grande e única mala, e me ajudou a guardar tudo. Me sentia tão mal em ter chegado a esse ponto, meus filhos eram os que mais iriam sofrer em relação a isso.

Depois que tudo estava guardado, levei a mala para a sala. Fernanda falava ao telefone. Fiquei quieto atrás de uma coluna da parede sem que ela percebê-se minha presença.

- Está ótimo, vou direto para sua casa, conseguiu as passagens? - ela deu um grande sorriso após ouvir a resposta. - Ok, até mais, meu lindo, te adoro!

Fernanda desligou e jogou o aparelho no sofá, então deduzi que era o telefone fixo. Depois, pegou a bolsa que estava na mesa de centro e ficou de pé, arrumando os longos cabelos. Aproveitei e caminhei até onde ela estava. Quando se virou e me viu, veio até mim, pegando a mala, ainda meio zonza, mas conseguiu se dirigir até a porta.

Vestígios De Uma Amizade (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora