(Em Revisão)
Uma mudança de cidade era a realização de um dos maiores sonhos de Suzana; uma artista plástica, super dedicada e que ama o que faz. Conseguir abrir o próprio negócio não foi tarefa fácil.
Mas o destino prega uma peça ou tal...
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Hoje, eu poderia dizer com total certeza que fora o melhor dia da minha vida, depois do nascimento dos meus filhos, é claro.
Após o café da manhã, liguei para alguns colegas em que confio e tenho como irmãos de longa data, e procurei me informar sobre algum emprego temporário, pelo menos para poder reestabelecer a minha situação. E, de uma forma milagrosa, para o primeiro em que liguei, foi garantido uma entrevista na próxima segunda, com a vaga para o setor administrativo de uma empresa do centro.
Só Deus sabe o quão feliz fiquei!
Com a chegada do almoço e posteriormente o seu término, levei Stéfany ao hospital, onde visitamos Bruno. O Dr. Luiz me passou tudo sobre meu bebê, e fiquei aliviado ao vê-lo. Ele está muito bem, reagindo à medicação e, por mais incrível que pareça, dormindo sem dificuldades, mesmo em um ambiente estranho. A ama de leite é uma mulher muito gentil, a conheci, assim com a sua família, e lhe agradeci umas centenas de vezes durante a conversa.
No final da tarde, Stéfany e eu caminhávamos enfrente à calçada de casa, quando avistamos um cartaz que anunciava uma peça teatral, cuja história principal era sobre todas as princesas da Disney. Ela ficou eufórica, e pediu que fossemos no espetáculo. Eu estava tão contente no meu dia que eu não poderia negar. Acessei o site da Cia. De Teatro e me informei sobre os horários e ingressos disponíveis.
Por sorte, ainda restavam muitos para o espetáculo das dezessete horas. Tínhamos exatas duas horas para nos aprontar-nos e irmos até lá. Stéfany pediu ajuda à Inês, que prometeu deixá-la tão linda quanto uma das princesas. Durante a conversa, minha menina pronunciou o nome de Suzana, o que foi suficiente para agitar todo o meu ser.
Suzana… como será que foi o seu dia? Confesso que fiquei ansioso para que o fim de semana fosse embora mais rápido, só para poder chegar logo a segunda-feira, dia do qual era de seu expediente.
E por falar nela, a mesma surgiu em minha frente quando eu e Stéfany estávamos prontos para ir ao teatro.
Quando minha filha abriu a porta, revelando a figura de Suzana, meu peito se encheu com uma sensação nova, ou talvez bem antiga... Era uma sensação de calor, um calor bom, com paz e nostalgia, eu diria.
Ela estava linda, como sempre. Com um sobretudo vinho, cabelos soltos sobre os ombros, calças-leggie preta e botas. Uma verdadeira princesa. É, talvez eu esteja sendo um pouco patético em pensar tudo isso, mas eu não tinha culpa, não poderia evitar, afinal, era esse o efeito que ela causava em mim.
Suzana teve a coragem de dizer que não estava arrumada para ir conosco, após Stéfany a convidar. O seu sorriso tímido e a coloração avermelhada que se formou em suas bochechas, mesmo tendo a pele bronzeada, foi a coisa mais linda que nunca me canso de presenciar.
