(Em Revisão)
Uma mudança de cidade era a realização de um dos maiores sonhos de Suzana; uma artista plástica, super dedicada e que ama o que faz. Conseguir abrir o próprio negócio não foi tarefa fácil.
Mas o destino prega uma peça ou tal...
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Na manhã seguinte, eu acordei antes de Heitor. Mas calma lá, ontem à noite, apesar de nossas declarações e clima romântico, nós apenas dormimos. Não estava com cabeça nem para ficar aos beijos com ele, quanto mais à… bom, você deve imaginar o que.
Desvencilho-me das cobertas, tocando o chão gélido na ponta dos pés, não quero que ele acorde agora. Heitor passou boa parte da madrugada conversando comigo, me consolando, sou grata a ele por essa dedicação toda a mim.
Sinto que pelo resto do dia ficarei com torcicolo, pois dormi de mau jeito sobre Heitor, já que o mesmo me abraçou como se eu fosse um pote de ouro. Mas que o abraço dele durante toda à noite de sono foi bom, isso foi.
Massageio meu pescoço enquanto sigo até o banheiro. Analiso minha face no espelho fazendo uma breve careta; meus cabelos parecem mais um ninho recém-construído e meus olhos estão inchados devido ao choro, e também às poucas horas dormidas. Mas, eu me sinto bem, ainda dói saber que perdi tudo, porém ficar de "luto" não trará nada de volta.
Após fazer minhas necessidades, procuro no armário alguma escova de dente extra, lembro-me que ontem eu utilizei uma, porém não guardei no mesmo lugar, sou péssima em ter memória para determinadas coisas.
O meu quarto de babá não é suíte, então eu usava o banheiro de hóspedes, e no calor das emoções de ontem eu nem me lembrei de pegar escova de dente, nem nada do tipo, as únicas coisas que trouxe foram as que estavam em minha bolsa; os meus cremes de mão e facial, um pó compacto, batom e um enxaguante bucal, do qual anda comigo para aonde vou. Sendo assim, precisei que Heitor me emprestasse uma escova.
Finalmente a encontro, e estava no mesmo lugar. Realmente preciso de cuidados médicos quanto ao meu cérebro.
Quando termino, dou um jeito na cabeleira o prendendo em um coque, meus fios estão crescendo novamente e estou pensando em corta-lo outra vez.
Volto até a cama, mas, Heitor já não estava mais nela. Estranhei no primeiro momento, porém ele aparece em meu campo de visão, saindo do closet com uma muda de roupa em mãos.
Esse doido dormiu apenas com uma bermuda, será que ele não sente frio não?
Assim que seus olhos me encontram ele instantaneamente sorri.
- Bom dia, minha linda.
- Bom dia! - me sento na beira da cama, retribuindo um sorriso a ele.
- Como está se sentindo?
- Melhor. A propósito, obrigada.
Heitor parece surpreso com o meu agradecimento.
- E o que eu fiz? - ele apoia a camisa no ombro, cobrindo boa parte do seu peitoral, - me permitindo se concentrar mais na nossa conversa, - e se senta na minha frente.
