Dezenove

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Capítulo revisado, 1792 palavras.


Após deixar Stéfany confortável, segui até meu quarto e fiquei pensando se aceitava ou não o convite de Heitor

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Após deixar Stéfany confortável, segui até meu quarto e fiquei pensando se aceitava ou não o convite de Heitor. 

Que mal teria? Bom, nenhum, não é? Eu e ele voltamos a ser amigos, e um passeio a dois será bom, recuperar nosso tempo perdido e saber mais um sobre o outro. 

Confesso que isso me deixou nervosa. Hoje o meu dia não fora um dos melhores e, por ironia talvez, o seu encerramento esteja rumando a momentos maravilhosos. Primeiro com a visita de meu pai, depois com a ida ao teatro, nunca ri tanto com a companhia de crianças como naquele espetáculo, e a companhia dele, meu querido Heitor. 

Me deixa feliz o ver assim, se aproximando da filha, sendo gentil e atencioso. Sei que ele é um ótimo pai e precisa demonstrar isso. 

Tomei um banho rápido e decidi trocar de roupa, aceito de vez esse convite, sentindo o nervosismo crescer dentro de mim. Escolho um de meus vestidos, o meu preferido: vermelho, de longas mangas, com a cintura justa e rodado, não é curto, fica pouco abaixo do joelho. Calço o primeiro par de sandálias que avisto, penteio meu cabelo e passo apenas um rímel. Não sou fã de maquiagem, minha pele é oleosa e se irrita com facilidade, evito tudo que seja do tipo. 

Quando encontro Heitor em frente a porta de seu quarto, qualquer sentimento estranho, preocupação ou que seja simplesmente desaparece. Ele está com o semblante feliz, arrumado e cheiroso… cheiroso demais, eu diria. 

Pelo percurso, ele parece curioso em saber o motivo de minha visita, pensei que ele iria reclamar, mas para minha surpresa ele parece não estar incomodado. Lhe conto sobre a discussão com André, era bom compartilhar um pouco dos meus problemas para alguém, e eu confio nele, agora eu sei que confio.

— Onde estamos? — indago, curiosa. Ele não disse nada e eu odeio ficar ansiosa. Ele estacionou em frente ao que parece ser apenas uma casa, mas na entrada eu pude avistar um letreiro: 

Bar do Tio Djalma. 

Um título meio brega, pensei, mas guardei isso só para mim. 

Heitor apenas sorri e pede para que eu desça, ele faz o mesmo e me guia até a entrada. Ignoro o frio em minha espinha ao sentir sua mão em minhas costas, e concentro minha atenção em andar sem tropeçar pelo caminho de pedras. 

Lá dentro, era magnífico. A casa, que é um bar, é decorada em estilo americano, o balcão, as mesas de jogos, um palco de karaokê, os empregados de mesa e o resto, tudo maravilhoso e chamativo. As cores eram em vermelho, azul e tons diversos de verde. O ambiente está escuro, com algumas luminárias embutidas no teto, dando um charme sofisticado. Ao fundo, ouvia-se um som de algum sucesso de bossa nova, bem baixo, e esse era um de meus gêneros de música favoritos. Haviam poucas pessoas presentes, alguns casais, ou grupinhos de amigos. Nada de zona ou pessoas caindo de bêbadas, mas ainda assim se via a diversão em seus risos, sorrisos, taças erguidas para brindes e de mais gestos. Nunca imaginei encontrar um bar tão tranquilo como este. 

Vestígios De Uma Amizade (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora