Sete

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Capítulo revisado, 3145 palavras.

Segunda-feira, manhã de sol, já eram quase oito horas e eu estava ansiosa esperando o funcionário que me buscaria

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Segunda-feira, manhã de sol, já eram quase oito horas e eu estava ansiosa esperando o funcionário que me buscaria.

Como era meu primeiro dia, vesti uma roupa confortável, um vestido de mangas longas azul-claro, sem estampas, uma sapatilha também azul e preferi deixar o cabelo solto, aliás, ele estava curto demais para fazer algum penteado. Não passei maquiagem alguma, peguei uma bolsa larga, guardei uma blusa de frio, um par de chinelos, escova de dentes, de cabelo, meu celular, e também alguns livros.

Fiquei sentada na sala, batendo o pé, até que tocaram a campainha. Sorri largo e me levantei pegando minha bolsa e tranquei a porta. Guardei a chave no esconderijo, caso André volte, até agora ele não me mandou nem sequer uma mensagem, eu tentei ligar, mas só cai na caixa postal. Ah, mas quando ele voltar ele vai me ouvir, e muito!

Um rapaz moreno e baixinho, bem menor que eu, me esperava na porta do ateliê. Seu olhar era de curiosidade, ele estava varrendo o local com os olhos e um sorrisinho torto de quem estava gostando do que via.

Abri a porta o assustando, e ele logo arrumou a postura, ficando com uma feição séria e autoritária. Aquilo me deu vontade de rir, mas me contive.

Sem nem me cumprimentar, me entrega, ou melhor, ele joga uma sacola nas minhas mãos. Nela está uma espécie de uniforme da mesma cor que o dele — camisa social branca e calças preta.

— Muito bons. — diz, enquanto olha outra vez para o interior do ateliê e depois olha pra mim.

Limpo a garganta e cruzo meus braços.

— Bom dia? — digo, esperando que ele se tocasse que estava agindo sem educação.

—Oh! desculpe-me. — exclamou, passando a mão sobre o cabelo preto — Me chamo Alace, sou o responsável por você, — fez uma continência para mim como se eu fosse uma majestade ou algo do tipo — Aí está o seu uniforme, precisamos ir imediatamente!

—Está bem, mas… — olhei dentro da sacola — Fernanda não me disse nada sobre uniforme.

— Senhora Almeida, pra você! — me repreende.

— Me desculpe, mas o mal-educado aqui não sou eu! — rebato, aquele cara conseguiu me irritar logo cedo.

— Vamos logo! Já são… — verifica o relógio de pulso — sete e cinquenta e cinco. Temos que ir, antes que a Senhora Almeida saía para o trabalho.

— Tá, calma! Vou me trocar. — fui para o banheiro correndo e tranquei a porta.

Aquela roupa ficou muito justa em mim, mas tive que vesti-lá.

— Uau! — Alace estava analisando uma foto minha de quando eu era pequena, que estava em cima do balcão. — Nem parece que essa garotinha se tornou essa… — ele ficou calado quando percebeu minha presença e me encarou.

Vestígios De Uma Amizade (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora