Vinte e Dois

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Capítulo revisado, 2125 palavras.

Às vezes nós não entendemos as nossas próprias decisões

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Às vezes nós não entendemos as nossas próprias decisões. Quanto mais tentamos fazer o que achamos certo, mais nós erramos e deixamos de lado o que realmente importa.

Quando cheguei em minha casa, me senti uma tonta, como nunca. Eu não sou mais uma menina, não tinha motivos para fugir de Heitor daquela maneira. Mas infelizmente, foi exatamente isso que fiz. 

Me surpreendi com a sua mensagem e me senti aliviada, pois, de certa forma, eu sei que ele não estava chateado e nem nada do tipo. Demorei para responder, já que eu não sabia ao certo o que dizer. Mas no final, resultou em um convite para que ele venha até aqui, apenas para esclarecemos tudo. 

Confesso que não dormi muito bem, fiquei relembrando a nossa noite e principalmente do nosso beijo, ou melhor, dos beijos. Quem eu queria enganar? Eu o amo e isso nunca mudou e nem mudará dentro de mim. Está mais que na hora de para de esconder tudo que sinto e me arriscar no que é novo. 

Por volta das nove horas da manhã, eu acordei, me sentindo ansiosa. A qualquer momento Heitor chegaria para a tão esperada conversa. O dia estava parcialmente nublado, mas não fazia frio.

Rapidamente, após tomar café, arrumei meu quarto, varri o restante dos cômodos e fiz uma faxina na cozinha. Eram ainda onze e quarenta quando terminei de jogar o lixo para fora. 

Não combinamos horário, o que me deixava ainda mais nervosa. E se ele chega e eu nem arrumada estava? Ignoro meus pensamentos, sorrindo para mim mesma, indo logo tomar um banho rápido. 

Escolho uma roupa simples: um vestido básico, justo na cintura e solto até os joelhos, preto com flores nas bordas. Meus cabelos ainda estão um pouco molhados, mas eu os amo assim, pois formam leves cachos nas pontas e eu adoro. Me olho no espelho e enrugo a testa. Tem algo errada, algo está faltando...

Observo ao redor e de imediato encontro o que tanto procurava. Já faz alguns dias em que achei perdida na minha bolsa, a pulseira que Heitor havia me dado de presente, no mesmo dia em que nos dois nos beijamos pela primeira vez. Ela estava com a correntinha quebrada, mas o pingente estava intacto. Resolvi criar um colar com ele, mas eu não o usava frequentemente. Ele é o símbolo dos Vingadores, não combina com quase nada, já que suas cores são: prata, vermelho e dourado. Além disso, é um presente que significa muito para mim, e do jeito que sou, não poderia correr o risco de perde-lo. É um verdadeiro milagre ele ainda estar comigo. Lembro perfeitamente que eu o deixava em minha caixinha de bijuterias, trancada com chave, no guarda-roupa de meus pais. Eu realmente não me entendo às vezes. Não sei nem como ele foi parar na minha bolsa, aliás. 

Coloco o colar, no exato instante em que ouço o som da campainha. Um sorriso cresce em meus lábios e eu respiro fundo; nada de pânico, nada de nervosismo, se controla, Suzana. 

Vestígios De Uma Amizade (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora