Medos

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Outubro de 2015


- Só existe você, Luna. Qualquer lembrança dela se foi. - ele promete.

- Então deixe eu te dar novas lembranças. - aperta-o contra si, fazendo-o erguê-la e pressioná-la contra a parede. O rapaz percorre uma linha invisível com os lábios até a clavícula e ela crava sua mão na nuca dele, contendo um gemido. A umidade que traça um caminho em seu pescoço causa-lhe arrepios. 

Ao lançar o pingente pela janela, Gabriel trouxera a ela uma segurança a qual crescia dentro de si, como se seu coração pudesse explodir a qualquer momento, por estar tão preenchido.

- Meu Deus, você é tão linda. - Gabriel sussurra em seu ouvido, pressionando os dedos ainda mais nas pernas dela. Carrega-a até a cama, curvando-se para que ambos se deitem ali. No entanto, Luna posiciona uma mão contra seu peito.

- Não. - a voz lhe corta o raciocínio fazendo-o se afastar, confuso.

Ajoelhado diante dela, ele a vê incendiá-lo com o olhar. A delicada mão continua repousada sobre seu peito, franzindo sua camisa com tamanha força.

- Luna...

- Shh. - aproxima-se novamente, suavizando o toque sobre ele. Seus dedos que antes se agarravam à peça de roupa descem até chegar à barra da camisa.

Gabriel entende o sinal ainda que intrigado e corresponde despindo-se parcialmente. Em seguida, é ela quem o empurra em direção ao travesseiro, posicionando-se sobre ele. E naquele momento, ao vê-lo admirá-la embasbacado, um sentimento de poder lhe vem à mente, encorajando-a. O dono dos olhos azuis cintilantes está completamente hipnotizado por ela. É ela quem está no controle. As grandes mãos dele sobem por sua cintura, deslocando-se em direção aos seios, o que por alguns segundos a faz vacilar, mas em seguida recompõe-se, unindo seus dedos aos dele e afastando-o, até que os braços do rapaz estejam presos ao travesseiro. Seu rosto está muito próximo ao dele, o que lhe permite perceber que ambos tinham a respiração descompassada.

- O que pretende fazer comigo, moça? - sorri. No entanto, não obtém resposta. Não verbalmente.

Luna beija-o lentamente, mordendo seu lábio inferior. À medida em que o nota mais ofegante, inicia uma trilha de beijos em seu tórax, depositando cada beijo com o máximo de carinho e atrevimento. Ao chegar à altura da calça, ela desabotoa a peça com habilidade. Não há tremor em suas mãos ou qualquer tipo de hesitação, nem uma dúvida sequer do que está prestes a fazer. Apesar de nunca ter feito isso, ela tem certeza de que quer experimentar. Quer tê-lo em seu controle nessa noite.

Assim que abre o zíper se depara com o volume que se fizera por baixo da roupa íntima do rapaz. Ela puxa o tecido, descobrindo-o por completo e envolve-o em sua mão. Ouve um gemido rouco assim que começa a massageá-lo e isso é o bastante para que ela o cubra com os próprios lábios. Percebe que Gabriel segura o lençol, apertando-o conforme sentia-a domá-lo com os lábios macios e a língua.

Continua com o gesto, acostumando-se à nova sensação. Não imaginava que poderia sentir tanto prazer simplesmente tocando-o daquela forma. Havia algo de empoderador ao saber que estava levando-o a loucura, deixando-o sem ar, sem precisar de nada a não ser ela mesma. Por isso não quer parar. Quer vê-lo se render completamente ali mas Gabriel não parece pensar da mesma forma, pois ele toca em seus cabelos, deslizando os dedos por seu rosto. Ela para e o observa, com um sorriso um tanto quanto audacioso.

- É melhor a gente ir com calma. – ele ri. – Ainda quero fazer muitas coisas com você nessa cama.

- Depois de mim. – ergue a sobrancelha, desafiando-o, e finalmente puxa as roupas de baixo do rapaz por completo, posicionando-se sobre ele novamente. – Só preciso que me ajude a tirar tudo isso. - aponta para o tecido que ainda a cobre.

A Estrada PartidaOnde histórias criam vida. Descubra agora