A Procura

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Outubro de 2015

"Onde você está?!"

Kate envia a mensagem a Louis no instante em que sai de casa enquanto caminha apressadamente em direção ao bloco de apartamentos do amigo. Se Gabriel estava arrasado daquela maneira e sozinho, era sinal de que algo de errado havia acontecido entre ele e Luna, constata. Não era preciso raciocinar muito para chegar àquela conclusão e, ver o calouro agora seria a melhor maneira de tentar descobrir o que ocorrera.

"No prédio principal. Tenho aula daqui a pouco."

A resposta imediata a faz digitar ainda mais apressadamente.

"Luna está com você?"

Para seu alívio e ironicamente preocupação também, chega uma nova mensagem em menos de um minuto.

"Não. Ela ainda não chegou."

Droga. Suas suspeitas estavam se concretizando. Acontecera algo que só dizia respeito aos dois mas que, nem por toda a sensatez que Kate era capaz de carregar consigo, requeria uma intervenção.

"Você precisa me encontrar agora! Que se dane essa aula! Estou indo pra sua casa"

Louis jamais a ignoraria depois de uma mensagem dessas e ela tinha certeza disso. Por isso, enfia o celular no bolso sem esperar resposta e corre.

__________

Após aguardar por quase 10 minutos intermináveis, em frente ao bloco de número 15, Kate vê Louis se aproximar, assustado. Ela podia perceber o quanto ele correra, ao ver seu peito se encher de ar com tamanho vigor.

- O que foi que aconteceu? – indaga, esbaforido.

- Acho que sua amiga e meu irmão terminaram.

- Como assim?! – incrédulo, ele a encara como se ouvisse a história mais absurda de todas. – Eles estavam tão bem, Kay!

- Bom, então é melhor criarmos uma teoria melhor sobre o motivo do meu irmão estar sozinho em casa, deitado em posição fetal e incomunicável. – cruza os braços, irritada.

- Ele tá mesmo assim?!

- Ele tá péssimo.

- Meu. Deus.

- Será que tem como a gente subir e conversar sobre isso direito?

- Claro! Aliás, devemos conversar.

Os dois sobem até o apartamento e se trancam no quarto.

- A Luna conversou com você hoje?

- Sim. De manhã nós tivemos aula e ela estava radiante. – frisa, inconformado.

- Bom... Então já sabemos que seja lá o que tiver acontecido, foi muito recente. Há quanto tempo está sem falar com ela?

- Acho que há umas duas horinhas. Quer que eu mande uma mensagem?

- Ainda não. Se o que aconteceu for algo grave, acho bem difícil ela querer te responder.

- Então o que que a gente faz?

- Dê um tempo a ela. Espere pra ver se ela não te conta nada e depois você a procura.

- Tem certeza? – ergue uma das sobrancelhas, inseguro.

A Estrada PartidaOnde histórias criam vida. Descubra agora