Capítulo 3

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A semana seguiu tranquila para cada um. Anahí, Mark e Eric, agora, mais ou menos no meio de sua residência, se saiam muito bem, muito obrigada. Alfonso recém começara a trabalhar em um escritório de Riverside, que havia aberto filial em Chicago, sendo esse um dos motivos que haviam feito ele e Sarah se mudarem para Chicago. E Sarah, no oitavo mês de gravidez, se preocupava em organizar o novo apartamento, e deixar as coisas de sua filha organizadas, para a chegada da mesma.

Acontece que o destino é ótimo em pregar peças, em fazer com que as pessoas pensem que tudo vai finalmente ficar bem, quando na verdade não é assim. Naquela noite de terça feira, as coisas mudariam, e muito... Alfonso e Sarah haviam saído para dar uma volta no centro de Chicago. Jantaram por lá mesmo, e resolveram por olhar algumas lojas de bebê. Foi em meio a uma das avenidas que a discussão começou. Os dois sequer sabiam como havia começado, era algo tão bobo, porém estavam levando-a para um lado tão pessoal, deixando-a tão séria quando não havia a necessidade.

- Ta bom Alfonso. Eu vou pra casa. - Sarah deciciu, parando no meio do caminho.

- Alfonso? - Perguntou rindo irônicamente. - Olha, começamos com os xingamentos? - Ela revirou os olhos, ela nunca o chamava assim, logo, para estar chamado, as coisas tinham que estar muito erradas.

- Adeus. - Disse. - Não me siga, te encontro depois. - Ela se virou e foi embora, e ele, emputecido como também estava, seguiu o caminho oposto dando de ombros, também precisava de um tempo... Grande erro.

O próximo que Alfonso viu, mais bem, ouviu, foi um emaranhado de pessoas gritando, e carros buzinando, no cruzamento da avenida em que ele estava. Por sorte, ou não, o ser humano tem a curiosidade como uma de suas características principais, e ele foi olhar de perto do que se tratava, porém o que viu, pode se dizer que foi, a pior cena de sua vida. Sua mulher, jogada no chão, na frente de um carro, sangrando muito, em diversas partes do corpo, e o pior, desacordada.

- Sarah. - Ele berrou, tentando se aproximar dela. - Me deixem passar, é a minha mulher. - Disse berrando, as lagrimas já tomavam conta de seu rosto, porém ele sequer percebia. - Sarah, meu amor. - Ele finalmente havia chego até ela, e se ajoelhado ao seu lado. - Sarah fala comigo, Sarah. Alguém chama uma ambulância. - Berrou.

- Já foi chamada senhor, se acalme. - Uma mulher que ele sequer viu o rosto respondeu.

- Hey, hey, Sarah. - Ele pôs uma das mãos em seu rosto, e com cuidado, começou a fazer carinho nela. - Vai ficar tudo bem meu amor, tudo bem. - Ele dizia, talvez para si mesmo, tentando se convencer daquilo.

A ambulância chegou, por sorte pouco tempo depois, e Sarah foi levada para o hospital, junto de um Alfonso que se recusou a soltar a mão dela. Poncho foi com ela, segurando sua mão, até onde lhe fora permitido, porém quando os médicos entraram com sua mulher, com a mãe de seu filho, quando ele não a viu mais, desabou de uma maneira incontrolavel, que ainda não havia feito antes. O que ele não percebeu, é que, mais uma vez, o destino brincava com ele, porque por coincidencia ou não, bom, ele, e nós, nunca iremos saber, Sarah havia ido parar bem no Mercy Hospital & Medical Center, hospital onde Mark, Eric, e sim, Anahí, faziam sua residência.

Ele ficou ali, andando de um lado para o outro, as mãos todavia sujas de sangue, o rosto lavado, por cerca de... Ele não sabia ao certo quanto tempo havia passado, porém havia sido um tempo consideravel, e Deus, ele estava desesperado.

- Poncho? - Anahí passava por ali, havia ido conferir algo sobre uma de suas pacientes, quando o viu. - Poncho, hey. - Ela foi correndo até ele, e ao perceber seu estado, tomou seu rosto entre as mãos. - Poncho, me diz o que houve? - Perguntou tentando ficar calma.

- A Sarah, ela... - Ele não conseguia dizer. - Eles não me dizem nada Anahí. - Disse frustrado e desesperado.

- Ta, fica aqui, eu vou tentar ver como ela está, calma ok? - Pediu, porém sabia que ele não se acalmaria. - Hey, hey. - Ela tornou a segurar seu rosto entre as mãos, quando viu que ele começou a chorar novamente. - Eu já venho te dar noticias, mas se acalme, você sabe que as vezes quando eles demoram, é um bom sinal. - Tentou tranquiliza-lo.

Mi Corazón InsisteOnde histórias criam vida. Descubra agora