- Perdão? - Perguntou, achando que poderia ter escutado mal.
- Willian não é meu sobrinho Soph, ele é meu filho. - Contou, e esperando por uma reação dela, que não veio. Ela apenas ficou ali, encarando o chão, pensativa. - Por favor, diga alguma coisa. - Pediu após algum tempo.
- Eu to enjoada. - Falou, indo até a cozinha, e molhando sua nuca.
- Soph. - Apareceu na porta.
- Jesse, eu preciso de um tempo. - Pediu, indo para o quarto, mas ele foi atrás.
- Olha eu...
- Porque você não me contou Jesse? - Perguntou, já que ele estava ali.
- Porque eu claramente não faço parte da vida dele. - Respondeu de ombros.
- Você não quer fazer?
- Ele é meu filho, é obvio que eu quero, tudo que eu mais queria era poder estar ali com ele, em cada etapa da vida dele, mas a mãe dele decidiu assim.
- Bom, se você realmente quisesse, você teria lutado por ele. - Disse enojada. - Sera que você não vai desistir do nosso filho também? Será que eu devo confiar em você quanto a isso?
- Não, você não disse isso. - Ela deu de ombros. - Eu não desisti do meu filho Sophia, eu tomei uma decisão pensando no melhor para ele. Você não me conhecia, e nem conhecia o mundo em que eu vivia antes de você, você pode achar que conhece, mas não, você não conhece. Eu não queria ter que olhar para o meu filho e ver ele no mesmo mundo em que eu estava. E sim, eu lutei pra sair daquela merda toda, só que eu já estava lá, e quando você entra em uma gangue, você não sai mais dela, você se afasta, mas não sai. Eu morava no centro do gueto, cercado de gangues, cercado pela gangue do meu irmão, que morreu, e me deixou uma cicatriz que você já conhece.
- Mas você poderia procura-lo.
- Eu queria que fosse assim. - Deu de ombros. - Me desculpe por mentir, eu sei que eu errei, mas foi a minha decisão anos atrás, você pode por favor respeita-la, e parar de dizer que eu desisti do meu filho. É o meu filho. - Frisou. Ela assentiu.
Ela continuou no quarto, e ele foi para a sala, ficou ali até ter certeza de que ela já estava dormindo, e só então, foi para a cama, ao lado dela.
...
- O que você quer exatamente que eu faça Eric? - Um homem desconhecido, claramente sob o efeito de drogas, conversava com ele, ambos na rua de um bairro um tanto distante.
- É bem simples... - E por ai, Eric começava a colocar uma espécie de "plano" que ele tinha em pratica.
...
- Bom dia. - Sophia acordou, se virando para um Jesse, já acordado e pensativo.
- Oi. - Disse se virando para ela, e dando-lhe um beijo. - Eu vou atrás dele, atrás do meu filho. - Disse decidido, e ela se sentou na cama em baque.
- Tem certeza? - Conferiu.
- Você não quer que eu vá? - Perguntou de cenho franzido, e ela revirou os olhos.
- Não é isso Jesse, só que ontem nós discutimos por causa disso, só quero saber se você está seguro da sua decisão.
- Não estou, mas eu sinto falta demais do meu filho, e após ver ele ontem, vai ser impossível passar mais dois anos sem vê-lo. - Respondeu.
- Tudo bem, quer que eu te acompanhe? - Perguntou, ela iria se ele quisesse, porém também daria espaço se ele também quisesse.
- Hoje eu prefiro ir sozinho. - Ela assentiu. - Mas eu quero muito que vocês dois se conheçam e se deem bem.
- Você sabe onde ele mora? - Ele assentiu.
- Aquele bairro era onde o do pai da Felicity morava, devem estar morando próximos a casa dele. - Sophia assentiu.
- Olha, eu não queria perguntar isso agora mas... - Ela começou, claramente insegura. - Qual... Exatamente, era sua situação com a mãe do seu filho? - Ele esboçou um riso.
- Nós namorávamos quando ela ficou gravida, e continuamos juntos até ela me mandar embora, mas Soph, se passaram dois anos, e no fim, ambos sabíamos que estávamos juntos apenas pelo Will. - Sophia assentiu. - Eu nunca amei nenhuma mulher como eu amo você. - Ele se sentou de frente para ela, pegando seu rosto entre as mãos. - Desculpe por ter mentido, mas agora que você sabe a verdade, tudo que eu mais quero no mundo inteiro, é que você conviva com o meu filho.
- E tudo que eu mais quero no mundo inteiro, é que o seu filho faça parte da nossa vida, da nossa rotina, de tudo. - Ela deu um selinho nele. - Eu te desculpo, e eu te amo. - Outro selinho.
Jesse saiu logo após o almoço, sabia que o filho estaria na escola, e queria conversar com Felicity antes. A ideia era parar na casa do pai de Felicity, e perguntar onde a filha deste estava morando, porém tamanha foi sua surpresa quando a mesma abriu a porta.
- Jesse? - Falou surpresa.
- Oi Fel. - Cumprimentou.
- Hmm, eu... Meu Deus, Jesse. - Ela o abraçou. - Entre por favor. - Pediu, após os dois se separarem.
- Você está morando aqui com seu pai agora?
- Meu pai faleceu a seis meses Jess. - Contou cabisbaixa.
- Sinto muito. - Disse sincero. - Desculpe ter sumido. - Pediu.
- Eu te mandei embora, não tinha esse direito, mas o fiz, eu só não queria que o Will...
- Eu sei. - Ele assentiu. - Eu também não. - Ambos se entendiam. - Mas eu deveria ter voltado e insistido, eu deveria ter lutado...
- Olha... - Ela suspirou. - A dois anos atrás, nossa vida era uma bagunça, não se culpe, nós dois erramos tomando decisões que pensamos ser o melhor para o Will. - Ele assentiu.
- Eu quero participar da vida do meu filho Felicity, eu quero cria-lo. - Disse.
- Ele sente sua falta. - De certa forma, ela concordava com Jesse.
- Fel eu... - Oliver Queen, um terceiro membro da gangue na qual Jesse e seu irmão faziam parte, um terceiro ladão, um terceiro assassino. - Jesse? - Perguntou de cenho franzido, entrando na sala com certa intimidade.
- O que ele faz aqui? - Perguntou olhando para o nada.
- Nós estamos namorando Jesse. - Oliver respondeu, estudando a reação de quem um dia havia sido seu amigo, e companheiro de gangue.
- Você me expulsou da minha casa, você me afastou do meu filho por não aceitar a minha participação mínima naquela gangue, e você está namorando esse desgraçado? - Perguntou com a voz alterada.
- Jesse, as coisas não são assim. - Felicity falou.
- Eu não quero saber. - Ele se virou para Oliver ainda mais alterado. - E você. - O primeiro soco veio sem nenhuma palavra, seguido do segundo e do terceiro, e Oliver caiu no chão.
- Jesse, pare. - Felicity berrou, porém Jesse continuou. Oliver bem tentava se defender, e até conseguiu dar dois ou três socos no peitoral de Jesse, porém haviam sido iníteis, Jesse continuava a socar o rosto de Oliver.
- O meu irmão está morto, e você está aqui, tentando fazer com que o meu filho seje morto. - Berrou para um Oliver que começava a fraquejar.
- Eu chamei a polícia. - Felicity berrou.
- Meio irônico não? - Berrou. Por sorte, uma viatura estava próximo dali, e em dois minutos os policiais entraram na casa, encontrando Jesse ainda em cima de Oliver, e Felicity no chão, era a segunda vez que fora empurrada, tentando apartar os dois.
- Jesse Lee Soffer, o senhor está preso por agressão. Tem o direito de permanecer calado. - E Jesse era algemado e levado até a delegacia.
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Mi Corazón Insiste
FanfictionComo os erros do passado podem influenciar no futuro? E o que podemos fazer para concerta-los? Alfonso Herrera descobriu da pior forma que os erros do passado, podem mudar o rumo de toda uma vida. Já na faculdade ele tinha sua vida toda pensada desd...