Capítulo 30

353 19 3
                                    

- Mas você não está chateado? - Perguntou surpresa, e esboçando um leve sorriso. 

- Como eu poderia estar chateado com uma vida? É vida Soph. - Respondeu agarrando-a pela cintura. - Eu entendo que nós acabamos de nos conhecer, que mal sabemos um do outro, mas nós vamos nos conhecendo enquanto conhecemos ele. - Ele passou a mão na barriga ainda plana de Sophia. 

- Pode ser ela. - Comentou sorrindo. 

- Pode, pode ser ela. - Concordou, testando se gostava da ideia, seu sorriso aumentou. - Deus, eu te amo Soph. - Disse puxando-a ainda mais para perto de si, e beijando-a. 

- Eu também te amo, vem cá, me abraça, eu ainda to histérica com essa noticia. - Ele a abraçou com cuidado, e só ali, no abraço dele, foi que ela começou a se acalmar e se acostumar com a noticia. 

...

- Oi mamãe. - Uma Blair animada saia correndo da porta de sua sala, até onde seus pais a aguardavam no patio. - Oi papai. - Disse soltando a mochila e abraçando os dois. - Porque vocês não vieram me buscar ontem? - Perguntou curiosa, mais curiosa ainda pelo fato de estarem os dois pais ali, ela não estava acostumada a isso. 

- Porque eu... - Maite ia começar a falar, porém Mane a cortou no meio do caminho. 

- Porque sua mãe e eu tínhamos um jantar marcado, dai o tio Poncho ficou com você. 

- Jantar? Vocês estão namorando? - Perguntou esperançosa. Ela entendia a situação dos pais, e nunca os perguntara o porque de não estarem juntos, porém quando ambos apareciam ali dizendo que haviam saído juntos, aquilo lhe dava mil motivos para imaginar uma vida onde os três morassem juntos como uma família.

- Você gostaria se nós namorássemos? - Mane perguntou, e a filha assentiu. - Bom, nós... - Como explicar aquilo para uma criança. - Estamos nos conhecendo. - Tentou. 

- Mas vocês já se conhecem. - É, não havia funcionado. 

- É que nós passamos muito tempo sem nos ver Blair. - Maite se intrometeu tentando explicar. - Muitas coisas aconteceram nesses cinco anos, e nós dois estamos aos poucos conhecendo um pouco da história um do outro durante esses cinco anos. - Explicou, e viu a ilha parar pensativa, porém assentir em seguida. 

- Mas, você e a sua mãe vão ficar lá em casa por alguns dias, o que você acha disso? - Mane perguntou. 

- Eba. - Pulou animada. - Porque? 

- Bom, estourou um cano na casa do seu tio, e eles tiveram que sair de lá por uns dias. - Mane inventou. - Vamos embora? - Perguntou pegando a mochila da filha. - O que você acha se formos jantar fora hoje, só nós três? - Sugeriu. 

- Vamos. - A menina foi para o meio dos pais, e pegou na mão de cada um. 

...

Anahí e Eric, na clinica, mal estavam fazendo consultas por aqueles dias, deixaram tudo nas mãos dos outros médicos que trabalhavam para eles, e se trancaram no laboratório e na sala de pesquisas que tinham, os dois recebiam visitas diariamente dos demais médicos que também fariam parte daquela cirurgia, assim como também se locomoviam constantemente ao hospital em que dentro de uma semana essa cirurgia aconteceria. Era a quinta noite que os dois passariam na clinica em frente aos livros e a dois cadáveres que ficavam no laboratório. 

- Deus, eu não aguento mais. - Anahí comentou se levantando e indo até a maquina de café. 

- Não toma mais café não, deita ali no sofá e dorme. - Eric sugeriu. - Deixa que eu continuo aqui por mais um tempo, e amanhã te passo tudo.

Mi Corazón InsisteOnde histórias criam vida. Descubra agora