Capítulo 54

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Riley acordou no outro dia perto das nove, e saiu procurando Anahí pela casa. Foi no quarto do pai, no antigo escritório, que agora se transformava no quarto de seu irmão, nos bamheiros, e nada...

- Papai. - Chamou assim que entrou na sala, ainda coçando o olinho. - Cade a tia Any? - Perguntou com um leve esboço de desapontamento.

- Ela precisou sair. - Disse sério.

- Ah, poxa. - Então viu o pai rir.

- Ela foi comprar nosso café da manhã, volta em cinco minutos criança. - E ela suspirou aliviada. - Você deveria ter visto sua cara.

- Não é justo você fazer isso papai. - Disse com uma expressão emburrada, porém, ela ria junto.

- O que não é justo, é você só perguntar pela Anahí, e nem me dar um beijo de bom dia. - Disse ofendido, era brincadeira, é clatro. Ele viu Riley correr até ele e le a pegou no meio do caminho, erguendo-a.

- Boa dia papai. - Ela deu um beijo estalado no rosto dele, porém não durou muito, porque ela escutou o som da chave na porta. - Tia Any. - Se soltou do pai, e foi até a porta. - Oi tia Any. - Disse assim que ela entrou.

- Oi meu amor. - Disse com a boca cheia, estava mastigando um Donuts. Ela se abaixou, e pegou Riley no colo, indo até a cozinha com ela. - Quer um Donuts? - Perguntou terminando de engolir.

- Quero. - Responeu rindo. - Sua boca ta toda suja tia Any. - Disse, e Alfonso via a cena ao lado das duas.

- Opa. - Ela se limpou. - É que eu fiquei com desejo e não consegui esperar até chegar em casa pra comer. - Se explicou.

- Desculpe ficou com o que? - Alfonso perguntou encantado.

- Fiquei com desejo. - E ele foi para trás dela, pousando uma de suas mãos na barriga dela.

- Eu amo você. - Disse no ouvido dela, que sorriu.

- Vamos tomar café pessoal. - Riley chamou, pulando do balcão e indo para a mesa.

- Vamos. - E os três tomaram café, e ficaram o resto da manhã na sala, assistindo ao desenho que Riley havia escolhido, mas que antes mesmo da metade dele havia ficado para trás, porque os três começaram a conversar sobre tudo um pouco, e simplesmente se imergiram naquela conversa.

Alfonso e Anahí não perderam muito mais tempo, dois dias depois, já estavam organizando a volta dela para o apartamento de Alfonso, dessa vez, era uma mudança completa, tanto, que Anahí alugaria seu apartamento, por isso, estavam tirando ainda mais coisa de lá. Riley estava lá, no meio dos dois, curtindo cada momento, ela bem tentava os ajudar, mas em meio a tantas malas e caixas, ela mais se divertia do que ajudava. Foram terminar a mudança quando já era de noite, então Alfonso pediu algo para comer, e os três ficaram na sala, Riley brincando no chão, e os dois na cozinha.

- Agora é pra sempre. - Alfonso ofereceu uma taça com um suco para ela. 

- Pra sempre. - Os dois brindaram.

- Mãe, onde está o outro quebra cabeças? - Riley perguntou distraída, Anahí havia dado de presente a menina uma cixa com diversos quebras cabeças, e ela estava entretida com isso desde então. Ela não havia percebido o que havia dito, mas Alfonso e Anahí sim, e a olhavam sem reaçã

- Está no seu quarto Ri. - Respondeu, encarando Alfonso em seguida. - Eu não...

- Ei, está tudo bem, ela só te falou o que ela sente. - Tranquilizou.

- Mas...

- Você não quer que ela te chame de mãe?

- Poncho, tudo o que eu mais quero é ser a mãe dela, mas eu não sei se isso é certo. - Deu de ombros.

- A Maureen ta vindo pra cá essa semana, eu vou falar com ela e com a Sophia, independente do que eu queira, essa não é uma decisão que eu deva tomar sozinho. - Anahí assentiu.

Dito e feito, no dia seguinte Alfonso estava lá, jantando com Sophia, Jesse, Maureen, e é claro, Mason, que agora estava entretido com seu pé em seu bebê conforto.

-Maureen, Sophia, eu preciso conversar algo com vocês, é meio sério.

- Ok, essa é a nossa deixa não é filhão. - Jesse comentou, tirando Mason do bebê conforto, e indo em direção ao corredor.

- Tchau carinha. - Alfonso deu um beijo rápido no pé do bebê.

- Aconteceu alguma coisa? - Maureen perguntou preocupada.

- Bom, eu não sei como vocês duas vão tomar isso mas... A Riley, sem querer, sem perceber na verdade, chamou a Anahí de mãe. - Contou, e estudou a reação das duas. - Eu tenho uma opnião sobre isso, mas não é algo que eu possa decidir sozinho, afinal, vocês duas são tão mães da Ri quanto eu sou pai, e se ela é a criança maravilhosa que é hoje, vocês tem tanto mérito nisso quanto eu.

- Bom... - Sophia começou. - Quando foi comigo, era diferente, eu sou irmã da Sarah, eu não conseguiria sabe, mas eu sei o quanto a Riley é louca pela Anahí, e se ela a chamou de mãe, é porque ela sente esse amor por ela.

- Eu tenho certeza de que você nunca vai deixar de falar da Sarah para a sua filha, mas ela precisa de uma figura feminina a quem possa chamar de mãe, nós sabemos que ela sempre sentiu falta disso. - Maureen completou.

- Eu amei a Sarah, e eu vou fazer com que a minha filha saiba disso, e que ame ela também.

- Nós sabemos, e nós vimos nesses ultimos seis anos, você sempre fazia questão de que a Ri soubesse quem é a Sarah, e ela chamara Anahí de mãe, não vai tirar esse posto da minha irmã.

- Não, não vai. - Disse seguro.

- Bom, por mim tudo bem então. - Sophia concordou.

- Por mim também.

- Obrigada gente. - Alfonso agradeceu emocionado, como sempre ficava ao conversar sobre a mãe de Riley com elas.

Mi Corazón InsisteOnde histórias criam vida. Descubra agora