Maníaca

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Ficamos deitados na cama. Eu arfava e sorria, totalmente nua e estirada na cama. Stiles respirava ruidosamente, o rosto completamente vermelho de timidez.

— E-eu preciso, quer dizer, vou só... — Depois de poucos minutos, ele se enrolou na frase.

— Não, fica aqui comigo!

— Eu volto daqui uns minutos, prometo.

O olhei sem entender, vendo-o ficar ainda mais corado. Stiles levantou da cama, segurando um travesseiro na frente da cueca, completamente desajeitado, tropeçando no chão e cambaleando em direção a porta.

— Você ainda está com vergonha da cueca?

— Estou, mas acredite, Lydia, esse travesseiro não é para esconder a cueca.

— Então o que... — Ele foi embora antes que eu terminasse a pergunta.

Aquilo me deixou extremamente incomodada, afinal ele tinha acabado de me masturbar, fez com que eu tocasse em mim mesma e minutos depois saia do quarto?

O que pode ser importante o suficiente para ele me deixar sozinha?

Levantei da cama com dificuldade, meus músculos estavam molengas e se recusavam a se mover. Andei nua, sem me preocupar com a exposição, decidida a encontrar Stiles.

Assim que sai do quarto, me surpreendi, percebendo que a luz do banheiro estava acesa.

Será que ele só teve vergonha de dizer que ia para o banheiro?

A porta estava entreaberta, já que continuávamos com aquele combinado de nunca fecha-la, nem mesmo encostar. Curiosa, andei na ponta dos pés e coloquei parte da cabeça na fresta da porta, escondendo meu corpo.

Stiles estava sentado na ponta da banheira de casal que ficava no canto do banheiro. A única vez que prestei atenção naquela banheira foi quando Stiles me apresentou a casa e ficou envergonhado por ser de casal.

Jamais imaginei que aquela banheira poderia ser útil para nós dois ou que seria o lugar onde presenciaria uma cena extremamente íntima e sensual.

O humano estava sentado com as pernas separadas, os ombros claramente tensos, os olhos bem fechados, a boca entreaberta. Pequenas gotas de suor se formavam em seu peito nu e despencavam pelo abdômen, escorrendo pelas pintinhas espalhadas por seu corpo.

O que me chamou atenção, o que me fez prender a respiração, foi que a sua mão direita estava dentro da cueca, se movendo lentamente.

Incrédula, observei que a intimidade de Stiles estava completamente marcada na cueca boxer e que o volume estava tão alterado que o símbolo do Batman parecia saltar em auto relevo.

Fiquei imóvel, prendendo a respiração, fazendo de tudo para ficar invisível, desejando continuar tendo aquela visão excitante.

A mão de Stiles estava escondida na cueca, eu não conseguia ver sua parte intima, mas assistia o movimento lento de sua mão, que subia e descia com uma lentidão assustadora, como se gostasse de se torturar, ou talvez a intenção fosse prolongar o momento.

Apesar de não saber que eu o assistia, o garoto estava corado e até mesmo sua masturbação parecia tímida.

Fiquei chocada ao perceber que aquela cena não me assustou, nem trouxe qualquer lembrança ruim. Achava que teria nojo ou receio com o corpo masculino e que ficaria apavorada se visse uma cena daquelas, mas tudo o que conseguia sentir era admiração e desejo.

A maneira como Stiles se tocava não era nem um pouco parecida com a maneira asquerosa que Kevin fazia, de um jeito que me causava total repulsa, desespero. O humano ficava até mesmo adorável, sentado de um jeito desajeitado, tímido, completamente silencioso e calmo, a expressão concentrada, fazendo um biquinho quando encontrava um lugar bom para apertar.

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