Inacreditável

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Stiles Stilinski

Lydia Martin me beijou, duas vezes.

Meu Deus! Lydia Martin me beijou!

Beijo de língua!

Se controla, Stiles! Ela vai acabar percebendo.

Encarei a garota ao meu lado, seus lábios grossos se moviam. Parecia dizer alguma coisa, mas não conseguia escutar, pois me distrai ao meu pensar que aquela boca aprisionou meu lábio inferior e que eu tive a oportunidade de, finalmente, morder aquela carne macia com sabor doce.

Ela me beijou. Ela me beijou. Ela me beijou.

Dá para acreditar que ela me beijou e disse que está apaixonada por mim?

Não é possível. Será que isso está mesmo acontecendo?

Por instinto, encarei minhas mãos e contei lentamente meus dedos. Quando alcancei o décimo dedo, não consegui conter a risada de felicidade, aquilo não era um sonho.

Minha caminhada foi interrompida quando mãos pequenas se espalmaram no meu peito. Eram as mãos dela contra o tecido de minha blusa, sorri e a encarei, estava parada a minha frente com uma expressão confusa.

Ela era tão, mas tão linda. Amava o cheiro de sua pele, a cor de seus cabelos, as curvas delirantes de seu corpo, os lábios grossos, os olhos verdes e por Deus! Como amei o sabor de sua boca, era muito melhor do que eu imaginava, me sentia entorpecido, desejoso por mais.

Como era possível uma mulher tão linda me beijar e dizer que está apaixonada por mim?

— Stiles! — Só percebi que Lydia falava alguma coisa, quando ela praticamente gritou meu nome, os olhos arregalados.

— O que foi? — Perguntei, confuso, balançando a cabeça, tentando me lembrar onde eu estava.

— Desde que a gente saiu da praia, você não escuta o que eu falo! Só fica com essa cara de desligado e começa a gargalhar do nada! — Percebi pela histeria em sua voz que eu devia estar fazendo isso por um longo tempo. — Nós estamos andando em círculos pela mesma rua, você não reage a nada e não para de andar! Eu já estava com medo de.... Não sei, você ter tido uma crise ou algo do tipo.

Senti minhas sobrancelhas se franzirem. Olhei para o lado e percebi que ainda estávamos na rua bem próxima a praia. Eu ainda não tinha a levado a um restaurante?

— Desculpa, só estava distraído. — Falei baixinho, voltando a encara-la.

Eu me tão sentia insignificante diante da mulher assustadoramente linda, que encolhi os ombros e desviei o olhar, encarando o chão.

— No que você estava pensando todo esse tempo?

— No nosso beijo. — Disse por impulsividade, sem pensar antes. — Quer dizer, nossos beijos já que foi mais um de um.

Mordi a boca, tentando me impedir de falar mais besteira e comecei a pular no calcanhar para me acalmar. Meus olhos fugiam do rosto de Lydia, constrangido, sem saber como reagir.

Ela abriu um sorriso grande, sua expressão se suavizou imediatamente.

— Eu passei tanto tempo com medo, insegura, com você cuidando de mim, que esqueci completamente o quanto consegue ficar envergonhado e atrapalhado.

Ela soltou uma risadinha digna da verdadeira Lydia.

Ótimo! Eu consigo fazer a garota agir com segurança, sem medo ou vergonha, pelo menos comigo, começando a parecer mais com a antiga Lydia confiante e eu, automaticamente, volto a agir como o retardado apaixonado que só faz e fala besteira perto dela.

Aniquila-meOnde histórias criam vida. Descubra agora