Capítulo 2

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O coração dela batia descompassado com a expectativa do primeiro dia de trabalho. Descendo do táxi Elly aspirou o ar em varias golfadas, como quem toma fôlego para mergulhar de cabeça em queda livre.

Estava acostumada a encarar desafios, no tempo que morou em Nova Yorque, fez um estágio na filial da empresa que a contratou logo em seguida ao termino da experiência. Quatro anos depois agarrou chance de voltar a morar no Brasil, para que junto ao vice presidente começasse a implantar um novo estilo de comunicação com o público.

Elly entrou no prédio com grandes portas automáticas, no amplo salão havia uma recepcionista morena com um rosto angelical, seus sorriso se alargou amistosa ao vê - la.

- Bom dia, senhorita Elleonor Valdez. Seja bem vinda à W. S. Corporation Ltd esperávamos pela sua chegada na semana que vem.

- Bom dia, Maia. Eu antecipei meus planos. Como estão os preparativos para o casamento? - Elly apoiou o cotovelo no grande balcão espelhado esperando a resposta.

- Estão ótimos, obrigada.

As duas se conheceram durante uma das rápidas viajens que Elly fez ao Brasil há alguns anos em uma festa de fim de ano. Maia fora convidada por um dos executivos, que pensava em ter noites quentes com a bela morena, dias depois Elly a convenceu a por fim no relacionamento sem futuro antes de se magoar. Ficou duvidosa por dias, até que viu o mau caráter aos beijos com uma secretária do RH. Isso afirmou a recente amizade das duas.

- Em dois meses serás a senhora Henrique Castro e Silva. Feliz?

- Muito. Vem jantar comigo hoje a noite lá em casa, Henrique vai fazer seu prato favorito.

Elly pôs a mão na boca surpresa com o carinho dos amigos.

-Ele vai fazer macarrão à bolonhesa, popularmente conhecido como "macarrão com carne miúda"?

Maia debruçou sobre a mesa para lhe compartilhar um segredo.

- Com musse de maracujá de sobremesa.

- Não poderia querer amigos melhores.

Maia estendeu um crachá de visitante para Elly.

- É provisório, o oficial chega na próxima segunda.

- Obrigada. Vamos trabalhar?

- Você é fissurada em trabalho precisa namorar.

Elly fez uma careta para a amiga antes de entrar no elevador. Ainda sorria quando o elevador parou no sexto andar, a porta abriu dando passagem a um homem alto, vestindo blazer e jeans carregando uma pasta preta entrou no elevador. Elly ainda sorria espontânea, porém quando o viu ficou séria.

- Ho por favor, não faça isso. - Sua voz era um veludo suave.

Assustada Elly deu um passo para trás encarando - o com seus grandes olhos verdes em alerta.

- Fazer o que?

- Apagar esse sorriso. Uma mulher com um sorriso tão quente com certeza é ainda mais quente na cama. - O homem tentava ser sedutor, no entanto só conseguiu ser inconveniente. Certamente esperava que a mulher a sua frente se derretesse diante do "elogio".

A Solidão do Perdão   {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora