Capítulo 19

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Os dois polícias encarregados das investigações sobre a invasão do apartamento de Elly, foram ao hospital pouco antes de Douglas ter alta.

Fizeram - no repetir todo o confronto, com o invasor. Concordaram, que a reação do homem ao vê - lo foi muito estranha, com certeza ele conhecia Elly e Douglas, não haviam dúvidas. A única dúvida era por que desta invasão súbita? Qual seu interesse no apartamento de Elly?

A polícia teve um atraso com os peritos, por isso o apartamento ficaria interditado por mais alguns dias, seria necessário para colher impressões digitais ou qualquer outro vestígio deixado pelo desconhecido. Diante deste fato Elly, ficou encurralada, sem conhecidos em São Paulo, acabou por aceitar ficar na casa de Douglas. O homem mau escondia sua satisfação.

No carro não conversaram nada, além do necessário. Chegando na casa... Não mansão em um condomínio de luxo de São Paulo, os dois foram surpreendidos pelos pais de Douglas, ainda no hall de entrada.

- Querido!... O que fizeram com você? - Sua mãe, uma bela senhora bem vestida, com grandes olhos azuis festivos, desceu as escadas gritando. Ao encontra - lo se jogou no pescoço do filho, arrancando dele gemidos de dor.

- Mãe... Por favor! Cuidado... Ai!

- Desculpa, meu amor! Nós chegamos há poucos minutos, seu pai insistiu para que nós pegassemos umas coisas para você, mas eu falei...

- Mãe! Eu estou bem... Olha são apenas hematomas, nada de ossos quebrados ou coisa do tipo. Viu?

Ela fazia uma vistoria completa nele, faltando despir o filho para ter certeza de que nada lhe faltava.

- Adelaide, por favor. Vai constranger o menino, na frente da namorada. - Seu pai falou, interrompendo a explosão de cuidados de sua esposa. Elly ficou gelada no mesmo instante, sendo alvo de todos os olhares, sorriu desajeitada.

- Oh, sim. Você é ainda mais linda pessoalmente! - Adelaide soltou o filho e foi abraçar Elly. Numa felicidade inexplicável. - Eu sou do pequeno ato de estupidez de meu filho, mas gora entendo seus cuidados. Você é uma jóia!

- Obrigada.

- Muito prazer em conhecê - la. Eu sou Osvaldo e está é minha esposa Adelaide. - Apertando a mão, que o sogro lhe estendeu simpático.

- Eu sei que sou um pouco escandalosa, mas Douglas é meu caçula. Eu tenho que cuidar dele.

- O menino mora sozinho, trabalha e namora sem que você precise falar um "aí"! - Osvaldo fez um pouco de graça do zelo da esposa.

- Uma mãe deve estar ao lado do filho quando ele precisa! - Retrucou indignada.

- Mulher, seu filho defendeu a namorada e não foi para a guerra no Iraque! Menos, sim?

- Não seja insensível... - Deu um tapa no braço do marido.

- Eu não sou insensível, sou prático. Nosso filho está bem, veja? - Apontando para o filho que ria dos dois.

Douglas passou o braço pela cintura de Elly seguindo para as escadas.

- Mas e eles? - Ela ria de toda aquela situação, os dois discutiam sem notar que eles já subiam as escadas.

- Quando eles começam a brincar...

- Brincar?

- Não os leve tão à sério, Elleonor. Logo estarão bem.

Douglas apertava sua cintura, guiando - a até o quarto preparado para ela. Entrando no mesmo, deixou sobre a cama sua bolsa. Mantendo a mão na cintura.

A Solidão do Perdão   {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora