Capítulo 20

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No dia seguinte os dois não foram trabalhar, ficando em casa com Osvaldo e Adelaide curtindo o clima familiar agradável.

Douglas sofreu com a indiscrição da mãe, que desenterrou as histórias mais absurdas dele na infância. Elly gargalhava, e ao lado da sogra fazia chacota do seu namorado, que mesmo sendo alvo das brincadeiras não se importava, por vê - la sorrir esquecida dos problemas.

Ele gostava de tê - la em sua casa, ouvir sua risada à mesa do café sempre de bom humor de manhã, o instigando a falar no seu horário de maior concentração. Ele não acordava de mau humor, só preferia o silêncio. Mas aquela mulher o quebrava em mil pedaços, e ainda que distante Douglas acordava sorrindo com o pensamento nela. Seu entrosamento com seus pais foi imediato, sem nenhum tipo de constrangimento. Ela lhe parecia estar em casa...

O que ele não tinha noção dos pensamentos de sua namorada! A idéia que vinha formigando em sua mente tirando o sono na última noite. Ela sabia que ele seria contra, então não fez menção dos seus planos.

Toda sua paciência fora recompensada, na tarde do terceiro dia em que estava na casa de Douglas. Adelaide e Osvaldo foram ao cinema, dizendo que precisavam tirar um tempo para namorar. Seu querido saiu para pegar uns papéis no escritório. Aproveitando a deixa, Elly pegou celular, carteira, boletim de ocorrência pôs tudo na bolsa e desceu para esperar o taxi.

- Oi querida, vai passear? - Em voz amigável, de Sussu deixou transparecer uma nota de apreensão.

- Sim. Algum problema? - Disse sorrindo.

- Nenhum. - Em um gesto pensativo, a senhora apertou entre os dedos os lábios, como se organizasse as palavras na cabeca. - Espero que compreenda, meu menino é... Um pouco cuidadoso.

- Eu sei, Sussu. O nosso Douglas é um cavaleiro de armadura brilhante, pronto para o combate! - Brincou com o olhar sonhador.

Antes que Sussu respondesse um homem que parecia o Hulk num terno preto, entrou na sala.

- Boa tarde, senhorita Elleonor Valdez. Eu sou Fábio, seu segurança particular. Tenho ordens do senhor Douglas, para acompanha - la caso queira sair. - A voz grave combinando com a aparência explodiu na sala, fazendo Elly piscar varias vezes de surpresa.

- Como assim? Eu posso ir sozinha. - Relembrando o constrangimento passado ao lado dos seguranças de seus pais, todos brutamontes ignorante, a seguindo em todo canto.

- Querida, é para seu próprio bem. Ele só esta preocupado com a sua segurança. - O modo como Sussu falava lembrava Rosa, quando queria convencê - la a ir ao balé.

Elly olhou os dois, e decidiu seguir em frente, mesmo com um cão de guarda em seu encalço. Depois arrancaria as orelhas de Douglas. Coçou a nuca em seu tique nervoso, respirando sôfrega.

- Resolvo isso quando eu voltar, por que eu estou com pressa. Vamos. - Deu um beijo em Sussu e partiu com o segurança a seguindo. Um carro a esperava, então cancelou o táxi. Por enquanto resolveu manter o foco na sua missão.

 Por enquanto resolveu manter o foco na sua missão

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A Solidão do Perdão   {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora