Capítulo 12

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De fato, o local era um encanto à parte. Ao chegarem no lugar favorito de Douglas, foi amor à primeira vista. Elly soube, que voltaria ali, com a filha.

A areia branca da praia cobria alguns metros, até chegar numa rua de pedras. Descendo por ela, chegaram a uma casa simples de mais, para o status social do homem ao seu lado. Ao longe ouvia - se as ondas quebrando na praia de Santos, litoral de São Paulo. Ao lado da casa haviam dois pés de casuarina, tão altos quanto os do sítios do seus avós.

Elly ficou fascinada, a casa parecia ter saído de um desenho animado, tamanha era a simplicidade do designer.

- Gostou? - Douglas tirava duas bolsas da mala do carro

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- Gostou? - Douglas tirava duas bolsas da mala do carro.

- Simples e objetiva. Sim, eu gostei muito. - O vento soprava seus cabelos desfazendo os cachos, dando - lhe uma sensação de liberdade, poucas vezes sentida.

- Não foi projetada para o luxo, e sim, para o aconchego. Vem ver.

Ela não conseguia parar de sorrir para ele, seu charme elegante, sua pose de cavalheiro gentil, misturados ao porte atlético, faziam seu coração acelerar. Não estava disposta, a ter um relacionamento naquele momento de sua vida, porém aquele homem, punha sua determinação em cheque! Seguindo Douglas pela trilha de pedras, admirando as flores bem cuidadas do jardim. Abrindo a porta, ele ficou de lado deixando, que ela entrasse primeiro.

Cortinas brancas cobriam as janelas de vidro, com vista para o lindo jardim. Com um toques rústicos a casa convidava à intimidade, ela sentiu vontade de tomar o café com bolo que Rosa fazia toda tarde. Tudo na casa era de uma beleza tímida, comovente. Parecia ter abrigado uma família numerosa e feliz.

- Não posso, negar, que é muito aconchegante.

- Meu avô criou meu pai e meus tios, aqui. Meu pai, fez uma reforma há alguns anos, mas manteve a idéia principal. - Subindo uma pequena escada para chegar ao segundo andar, onde existia apenas duas suítes, tão simples quanto o resto da casa.

- Eu vou ficar com o quarto dos meus avós e você com o antigo quarto dos meus tios. - Abrindo a porta para ela entrar.

- Não parece um quarto de criança. - Brincou olhando ao redor.

- Foi reformado. Mas tem dois sofás cama e uma cama embutida na de casal. Meu avô gostava de reunir os filhos, para festas como ano novo ou aniversário de casamento.

- Então, ele manteve opções para os filhos dormirem juntos no mesmo quarto. Por que não fez quartos extras?

Douglas gargalhou divertido com a pergunta dela, a mesma, que um dia ele fez ao velho rabugento.

- Se ele fosse vivo meu avô diria: "eles são irmãos devem saber dividir o quarto, mesmo depois de adultos."

- E os casais? - Ela ficou graciosamente vermelha.

A Solidão do Perdão   {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora